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Expectativas a desejar na Páscoa 2021

Vendas devem repetir desempenho de 2020

Em meio à pandemia, as expectativas também não são grandes. Pelo segundo ano consecutivo, a Páscoa é uma das festividades mais afetadas pela Covid-19. Conforme o empresário Michael Molon, da Chocolate com Arte, 2021 deve ser um pouco pior ou se igualar com 2020. “A expectativa para a Páscoa de 2021 não é das melhores. Na verdade o que a gente esperava é que as pessoas iriam, sim, comprar presente, mas com um valor um pouco menor do que nos outros anos”, revela. 
Michael ainda relata que o que afetou drasticamente a empresa neste ano foi fechar as lojas. “Como a nossa venda acontece muito mais nas lojas de revenda, isso nos prejudicou bastante, porque o comércio não sabia se ia poder abrir, então isso fez com que os pedidos dessas lojas fossem menor”, informa, ressaltando que a falta de matéria prima – papel e plástico – também está impactando a comercialização. “Estamos sofrendo com a falta de embalagens – chocolate temos em estoque. Estamos nos virando com o que tem. Como a nossa indústria é pequena, trabalhamos com um estoque mínimo”, revela, tendo dificuldades para inovações. “O ano passado a gente teve várias inovações, como ovo de pelúcia e os kits confeiteiros que é destinado ao público infantil. Neste ano mantivemos a mesma linha do ano passado com algum diferencial, sempre tentando modificar um pouco do ano anterior. Mas não teve grandes mudanças esse ano por questão de incerteza de como seria tudo isso”, explica Molon. 
Conforme o empresário, a Páscoa sempre acontece nas duas últimas semanas. “Estamos vendo um aumento. Esse último final de semana foi muito bom e essa semana acredito que vá ser muito boa também, mas esse ano vamos ter uma páscoa mais magra”, finaliza.

Investimento de R$ 134,29 por pessoa

E o sentimento de Molon se reflete na pesquisa encomendada pela CDL Caxias do Sul, que mostra que as vendas de Páscoa de 2021 deverão repetir o mesmo desempenho do ano anterior no comércio local. Segundo a tradicional pesquisa de intenção de compras apurada pelo Núcleo de Informações de Mercado da CDL Caxias do Sul, 46,92% dos moradores do município deverão adquirir produtos para a data comemorativa. Em 2020, o levantamento identificou que 46% das pessoas iriam às compras, contra os 60% em 2019, quando a pandemia não existia. O tíquete médio de investimento também se manteve nos mesmos patamares, com um ligeiro aumento de 3,20%, passando de R$ 130 (2020) para R$ 134,29 (2021). Em 2019, o valor era de R$ 159 por cliente. Neste ano, assim como no anterior, a média de presentes segue sendo de quatro produtos. Quase 50% dos entrevistados disseram que a Covid-19 afeta a celebração da Páscoa. 
“Nesta Páscoa, caso o cenário pandêmico tenha uma estabilização na semana, com boas notícias de evolução na vacinação, redução no número de infectados e de mortalidade e o governo do Estado não suspender as atividades, a tendência é que o resultado possa chegar em até 10% a mais do que foi no ano passado. Não podemos comemorar, porque o resultado do ano de 2020 já foi muito ruim, mas é um alívio porque mostra uma movimentação um pouco maior que na Páscoa anterior”, analisa o gerente Administrativo Financeiro da CDL Caxias, Carlos Alberto Cervieri.
Para 77,32% dos entrevistados, o chocolate será a principal opção nesta Páscoa. “Os ovos de chocolate, que nos anos anteriores vinham diminuindo a sua participação, neste ano voltaram com força, como o grande produto da Páscoa, com 55,62%, enquanto que em 2020 representavam 31% e em 2019 34%”, observa Cervieri.

 - Julio Soares/Divulgação
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