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Especial Mato Perso: O mato perdido prosperou

Mato Perso evoluiu, mas ainda é preciso mais

Muitos não conhecem. Muitos ouviram falar, mas nunca foram para lá. Um lugar pertencente a Flores da Cunha que possui belezas encantadoras e um povo trabalhador, cheio de boas histórias e lembranças. Um pouco distante. São em torno de 25 quilômetros do Centro de Flores da Cunha, passando por estradas de chão batido, curvas e morros. Lá está Mato Perso. 
Em tradução livre, um mato perdido, já que foi esquecido pelos agrimensores na hora das medições das terras – datada em 1885. Sem uma data precisa da chegada dos primeiros moradores à localidade, algumas famílias que ainda residem por lá, como os Ferronato, os Luvison e os Pandolfi, dizem que os antepassados vindos da Itália desfrutaram das terras ainda pertencentes às famílias. 
O Distrito florense é formado por três comunidades: Santa Juliana, São Vitor e Corona e São Tiago. Atualmente, em torno de 240 famílias residem na localidade – em média 1000 pessoas. “Era tudo mato, tinha poucas casas e poucas estradas”, diz Angelo Luvison, 92 anos, um dos moradores mais idosos da localidade “Tem o meu cunhado que tem 93 anos. Ele é o mais velho”, conta. 
Apesar dos intensos progressos que Mato Perso desempenhava, somente em 1934 foi construída uma ponte que passaria a interligar as três capelas à cidade de Flores da Cunha. A ponte coberta, como ficou conhecida, permitiu a travessia do Arroio Herval – por meio do distrito de Otávio Rocha. A ponte de madeira, já em mau estado de conservação, foi demolida em 1976 para dar lugar a uma de alvenaria. Porém, mesmo após a inauguração da ponte, os moradores não costumavam passar por causa das condições da estrada. Os esforços para integrar a comunidade não deram certo e os moradores quase nunca vinham a Flores da Cunha. Somente em 1977, foi concluída definitivamente a estrada de Mato Perso a Otávio Rocha. O novo percurso aproximou em 50% a localidade da sede, que durante quase um século usufruiu de um caminho que ligava a Caxias do Sul e Farroupilha e depois a Flores. 
Foi em 13 de maio de 1990, que a localidade recebeu o título de 4º Distrito, antes pertencente a Otávio Rocha, o 3º Distrito. A comemoração do acontecido foi realizada junto com uma cerimônia de comemoração do aniversário de Flores da Cunha, onde também foi empossado o primeiro subprefeito: Firmino Conte. De lá até agora, já passaram pela subprefeitura, além de Firmino, Gilmar Casa, Darci Gaio, Elói Zilli, Luiz Alberto Conte, Valdir Luvison, Jair Gaio, Luiz José Arsego, Gelson Dalla Rosa e Elso Ferronato (atual). 

Economia
A economia da localidade gira em torno da fruticultura. O distrito possui mais de 30 câmaras frias, seis vinícolas, sete aviários, além de agroindústrias e criação de ovelhas. Mas, faltam muitas coisas: o distrito não possui farmácia, banco, posto de combustível. A localidade tem um restaurante e uma Unidade Básica de Saúde, que fica junto à subprefeitura, além da escola, agora municipal, Antônio de Souza Neto. 

Perfil de Mato Perso 

Moradores: cerca de 1000 pessoas
Instalação oficial do 4º distrito: 13 de maio de 1990
Composição: 3 capelas – São Tiago, Santa Juliana e São Vitor e Corona
Escola: Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio de Souza Neto
Divisa: Flores da Cunha, Caxias do Sul e Farroupilha
Eventos: a localidade é conhecida pelo Magnar di Polenta
Esporte: Esporte Clube Corinthians é o mais conhecido, fundado em 21 de julho de 1959.

 - Gabriela Fiorio
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