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Escola Frei Caneca inicia nova fase na próxima semana

Aula inaugural do ensino médio acontecerá na segunda-feira, dia 28. Duas turmas de primeiro ano terão 20 estudantes cada

A próxima segunda-feira, dia 28, será muito especial para 40 estudantes de Flores da Cunha. O motivo: eles fazem parte das duas primeiras turmas de 1º ano do ensino médio da Escola Frei Caneca. O início das atividades da modalidade na instituição será marcado por uma aula inaugural programada para iniciar às 8h30min, no ginásio de esportes. Na solenidade, haverá apresentação do Departamento de Tradições Gaúchas (DTG) Herança da Tradição e animação com a rádio Pop Show. Aos alunos e convidados também será ministrada uma palestra com o tema Ensino Médio Politécnico e Motivacional.

Conforme a diretora da Frei Caneca, Stela Maris Paim Lemos Costa, inicialmente sete professores compõem o quadro docente do ensino médio. Já a grade curricular é composta de aulas na parte da manhã, com mais três aulas da disciplina de Seminário Integral à tarde. “Essa fase inicial será de adaptação, pois os professores estarão apresentando a ideia do ensino politécnico aos alunos e explicando como se realiza uma pesquisa. Depois que o projeto for escolhido pelos alunos, a professora ficará na escola no período da disciplina para orientar os trabalhos”, sintetiza Stela Maris.

Para 2013, a intenção é ampliar o número de turmas e salas de aula. “No ano que vem teremos essas duas turmas que serão de segundo ano e a pretensão é abrir mais três turmas de primeiro ano para suprir a necessidade das nossas duas oitavas séries e também desafogar a Escola Estadual São Rafael”, projeta, destacando que o projeto de construção de cinco novas salas de aula em 2013 está incluso como prioridade no Plano de Obras do Estado. “Inclusive, a escola já foi vistoriada por uma engenheira que fez a medição do espaço para a ampliação”, complementa. Para o ano da Copa do Mundo no Brasil o plano da direção é implantar turmas de terceiro ano.

Novo sistema de ensino
A Frei Caneca, assim como as demais instituições de ensino estaduais, irá implantar o ensino médio politécnico. Conforme a diretora, a nova proposta está mais vinculada à realidade social dos alunos e ao desenvolvimento científico tecnológico, integrando todas as áreas do conhecimento. “As disciplinas serão trabalhadas com cada professor, mas na hora da concepção do projeto elas serão tratadas como área do conhecimento”, explica.

Stela Maris salienta que o novo modelo de ensino abrange as áreas da linguagem, da matemática, das ciências, da natureza e das ciências humanas. Na prática, o estudante terá, além das aulas normais curriculares, o desenvolvimento de projetos com atividades práticas e vivências relacionadas com a vida e com o mundo do trabalho. “Esses projetos serão elaborados a partir de uma pesquisa que demonstre a realidade dos alunos e, a partir de então, serão norteados os eixos transversais que irão dar rumo ao projeto”, expõe.

Um dos objetivos centrais do projeto é fazer com que o aluno dê continuidade aos estudos, pois, conforme pesquisas realizadas anteriormente pelo governo estadual, a evasão escolar e a não continuidade dos estudos até o ingresso e conclusão de um curso superior é muito alta. O novo método também irá incentivar o trabalho e a cidadania, a formação ética, a autonomia e a capacidade de ser crítico, tendo embasamento teórico e científico para poder agir na sociedade. “A concepção pedagógica é centrada nas práticas sociais, focando o conhecimento da realidade vivida na comunidade onde a escola está inserida, no diálogo como mediador de todas as disciplinas, onde o corpo docente terá reuniões periódicas para a realização de relatórios”, sintetiza Stela Maris.

Segundo a diretora, o regimento do ensino médio na escola determina que o processo de avaliação dos alunos seja realizado em conjunto e não de forma isolada como era anteriormente. “Eles serão avaliados por parecer e não mais por notas. Os professores terão de fazer um relatório diário dos seus alunos e nas reuniões trimestrais eles juntarão esses dados, discutindo assim se o aluno está apto ou não para continuar ou se terá que fazer um estudo de recuperação.”
Amanda Venz, 15 anos, retorna à escola na qual cursou o ensino fundamental.  - Mirian Spuldaro
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