Época para garantir uma produção com qualidade
Cobertura verde ajuda no controle da erosão de pomares e facilita a reciclagem dos nutrientes
Os vinhedos do produtor Adilson Zulian se destacam de outras áreas de parreirais. Isso porque a família investiu na cobertura verde com o azevém e a cor viva chama atenção nesta época onde as folhas da videira já estão secas. Os benefícios há pouco mais de cinco anos são inúmeros, desde a extinção dos herbicidas até a diminuição da erosão do solo. Nos meses de março a maio quem atua na agricultura – e não só com videiras – volta a atenção para a conservação e preparação do solo visando uma próxima safra de qualidade, afinal, a principal parceira do agricultor é a terra, a qual deve manter a fertilidade e estar sempre protegida de doenças.
Desde 2006 Zulian, 33 anos, acompanhado do pai, Nelson, buscou para a propriedade uma maneira de melhorar o desempenho das videiras visando também uma maior qualidade no produto final. O azevém surgiu de forma espontânea na propriedade da comunidade de São Francisco, no interior de Otávio Rocha. A família fez do problema um fator importante para qualificar o solo. “Quando vimos o azevém, de imediato tentamos eliminá-lo com a ajuda de herbicidas. Alguns meses depois, em uma palestra, descobri que existiam diversas plantas utilizadas para a cobertura verde, entre elas o azevém. Assim começamos com uma área menor e hoje todos os nossos parreirais têm com a cobertura”, conta o produtor.
No primeiro ano, que serviu como um teste, a planta emagreceu as parreiras, mas buscando orientação Zulian aprendeu a deixar o azevém fazer seu ciclo natural, sem o corte ou interferência, apenas com a colocação de adubos. Hoje todos os 10 hectares de parreiras têm a cobertura verde. A distribuição de adubos vai de acordo com uma análise do solo, buscando deficiências a serem sanadas.
Os benefícios da cobertura verde
Para Zulian foram muitas as vantagens que chegaram com a cobertura verde. A primeira foi a diminuição da fusariose, doença que diminui a produção, além de hoje não usar mais herbicidas nos vinhedos. “Hoje a limpeza do solo é praticamente manual. Quanto mais você usar herbicida na parreira mais enfraquecida ela vai ficar, além de fazer mal para nós que lidamos com os venenos, também prejudica o consumidor. Na primeira adubação pensamos no azevém para que ele amadureça o quanto antes. Em outubro, quando a parreira necessita dos nutrientes da terra, ele já não está mais competindo com ela, pois seu ciclo acabou”, explica o agricultor.
A adubação para a parreira ocorre de acordo com a análise do solo, mas ela conta com os nutrientes do azevém – quando ele morre se torna um composto rico em nutrientes para a parreira. “Outra vantagem, além dos nutrientes, está na erosão do solo. Nossas videiras estão em áreas em declive e tínhamos muitos problemas de erosão. Hoje pode chover bastante que não nos preocupamos”, destaca o agricultor.
Os gastos que diminuíram em herbicidas são investidos na adubação. “O custo, na verdade, continua o mesmo. Ganhamos em qualidade, sem dúvida. Nos últimos dois anos tivemos uma produção prejudicada em função do granizo, mas fora isso a safra é normal. É importante ter determinação e insistir, não é de uma safra para a outra que o resultado vai aparecer, ainda temos muito para aprender e melhorar”, complementa. A adubação é feita em dois momentos: algumas semanas depois de concluída a safra, antes do início da dormência da planta; e quando a parreira volta a brotar. Em períodos mais secos a cobertura seca também demonstrou eficiência mantendo o solo mais úmido.
Emater-RS incentiva a conservação do solo
A região serrana corresponde por mais da metade da produção estadual de frutas de mesa. Nesse contexto, a Emater-RS incentiva a cobertura verde com aveia, nabo forrageiro, ervilhaca e trevo branco para proteger o solo e auxiliar no controle da erosão (protegendo da ação das chuvas e evitando o aquecimento excessivo da superfície e a perda de água por evaporação), sendo eficazes também na reciclagem de nutrientes no solo e na recuperação da sua estrutura.
A coordenadora do escritório da Emater-RS de Flores da Cunha, Sandra Dalmina, enfatiza que a instalação da cobertura verde deve ser feita até o final de abril, assim ela tem os meses de frio para se desenvolver, isso para pomares e também para a viticultura. Culturas como o alho e a cebola estão preparando o solo e alguns até em fase de plantio e conclusão das sementeiras e adubação.
A coordenadora do escritório da Emater-RS de Flores da Cunha, Sandra Dalmina, enfatiza que a instalação da cobertura verde deve ser feita até o final de abril, assim ela tem os meses de frio para se desenvolver, isso para pomares e também para a viticultura. Culturas como o alho e a cebola estão preparando o solo e alguns até em fase de plantio e conclusão das sementeiras e adubação.
Entre as vantagens a coordenadora destaca a diminuição no uso dos herbicidas, que em longo prazo acaba prejudicando as plantas produtoras. “O herbicida, além de afetar o solo, faz mal para a planta, que fica debilitada. Muitas doenças de raiz se instalam com mais facilidade”, aponta.
Para iniciar uma cobertura verde o produtor deve primeiramente fazer uma adubação após a semeadura. Quando as plantas começaram a se desenvolver pode-se fazer uma cobertura com uma fonte de nitrogênio ou com matéria orgânica para que ocorra o desenvolvimento.
O objetivo é implantar a cobertura verde para que ela se desenvolva sem prejudicar a parreira quando ela precisar dos nutrientes do solo. “Tudo o que a videira armazenou desde o final da safra até a dormência irá guardar para a brotação. A época é de trabalhar o solo e a cobertura verde é uma ótima alternativa. Lembramos que nos primeiros anos o manejo é mais complicado, mas depois o produtor consegue manejar e estabilizar o sistema, garantindo uma maior qualidade das plantas e dos produtos”, garante a agrônoma.
Orientações e informações sobre a utilização das plantas de cobertura, como implantação, manejo, custo e benefícios das plantas podem ser obtidas com a Emater florense pelo telefone 3292.1247.
Desde 2006 Zulian, 33 anos, acompanhado do pai, Nelson, buscou para a propriedade uma maneira de melhorar o desempenho das videiras visando também uma maior qualidade no produto final. O azevém surgiu de forma espontânea na propriedade da comunidade de São Francisco, no interior de Otávio Rocha. A família fez do problema um fator importante para qualificar o solo. “Quando vimos o azevém, de imediato tentamos eliminá-lo com a ajuda de herbicidas. Alguns meses depois, em uma palestra, descobri que existiam diversas plantas utilizadas para a cobertura verde, entre elas o azevém. Assim começamos com uma área menor e hoje todos os nossos parreirais têm com a cobertura”, conta o produtor.
No primeiro ano, que serviu como um teste, a planta emagreceu as parreiras, mas buscando orientação Zulian aprendeu a deixar o azevém fazer seu ciclo natural, sem o corte ou interferência, apenas com a colocação de adubos. Hoje todos os 10 hectares de parreiras têm a cobertura verde. A distribuição de adubos vai de acordo com uma análise do solo, buscando deficiências a serem sanadas.
Os benefícios da cobertura verde
Para Zulian foram muitas as vantagens que chegaram com a cobertura verde. A primeira foi a diminuição da fusariose, doença que diminui a produção, além de hoje não usar mais herbicidas nos vinhedos. “Hoje a limpeza do solo é praticamente manual. Quanto mais você usar herbicida na parreira mais enfraquecida ela vai ficar, além de fazer mal para nós que lidamos com os venenos, também prejudica o consumidor. Na primeira adubação pensamos no azevém para que ele amadureça o quanto antes. Em outubro, quando a parreira necessita dos nutrientes da terra, ele já não está mais competindo com ela, pois seu ciclo acabou”, explica o agricultor.
A adubação para a parreira ocorre de acordo com a análise do solo, mas ela conta com os nutrientes do azevém – quando ele morre se torna um composto rico em nutrientes para a parreira. “Outra vantagem, além dos nutrientes, está na erosão do solo. Nossas videiras estão em áreas em declive e tínhamos muitos problemas de erosão. Hoje pode chover bastante que não nos preocupamos”, destaca o agricultor.
Os gastos que diminuíram em herbicidas são investidos na adubação. “O custo, na verdade, continua o mesmo. Ganhamos em qualidade, sem dúvida. Nos últimos dois anos tivemos uma produção prejudicada em função do granizo, mas fora isso a safra é normal. É importante ter determinação e insistir, não é de uma safra para a outra que o resultado vai aparecer, ainda temos muito para aprender e melhorar”, complementa. A adubação é feita em dois momentos: algumas semanas depois de concluída a safra, antes do início da dormência da planta; e quando a parreira volta a brotar. Em períodos mais secos a cobertura seca também demonstrou eficiência mantendo o solo mais úmido.
Emater-RS incentiva a conservação do solo
A região serrana corresponde por mais da metade da produção estadual de frutas de mesa. Nesse contexto, a Emater-RS incentiva a cobertura verde com aveia, nabo forrageiro, ervilhaca e trevo branco para proteger o solo e auxiliar no controle da erosão (protegendo da ação das chuvas e evitando o aquecimento excessivo da superfície e a perda de água por evaporação), sendo eficazes também na reciclagem de nutrientes no solo e na recuperação da sua estrutura.
A coordenadora do escritório da Emater-RS de Flores da Cunha, Sandra Dalmina, enfatiza que a instalação da cobertura verde deve ser feita até o final de abril, assim ela tem os meses de frio para se desenvolver, isso para pomares e também para a viticultura. Culturas como o alho e a cebola estão preparando o solo e alguns até em fase de plantio e conclusão das sementeiras e adubação.
A coordenadora do escritório da Emater-RS de Flores da Cunha, Sandra Dalmina, enfatiza que a instalação da cobertura verde deve ser feita até o final de abril, assim ela tem os meses de frio para se desenvolver, isso para pomares e também para a viticultura. Culturas como o alho e a cebola estão preparando o solo e alguns até em fase de plantio e conclusão das sementeiras e adubação.
Entre as vantagens a coordenadora destaca a diminuição no uso dos herbicidas, que em longo prazo acaba prejudicando as plantas produtoras. “O herbicida, além de afetar o solo, faz mal para a planta, que fica debilitada. Muitas doenças de raiz se instalam com mais facilidade”, aponta.
Para iniciar uma cobertura verde o produtor deve primeiramente fazer uma adubação após a semeadura. Quando as plantas começaram a se desenvolver pode-se fazer uma cobertura com uma fonte de nitrogênio ou com matéria orgânica para que ocorra o desenvolvimento.
O objetivo é implantar a cobertura verde para que ela se desenvolva sem prejudicar a parreira quando ela precisar dos nutrientes do solo. “Tudo o que a videira armazenou desde o final da safra até a dormência irá guardar para a brotação. A época é de trabalhar o solo e a cobertura verde é uma ótima alternativa. Lembramos que nos primeiros anos o manejo é mais complicado, mas depois o produtor consegue manejar e estabilizar o sistema, garantindo uma maior qualidade das plantas e dos produtos”, garante a agrônoma.
Orientações e informações sobre a utilização das plantas de cobertura, como implantação, manejo, custo e benefícios das plantas podem ser obtidas com a Emater florense pelo telefone 3292.1247.
0 Comentários