Época para a desbrota
Etapas da poda verde são fundamentais para uma colheita de qualidade, já que é possível prevenir doenças e deixar o cacho exposto ao sol
Os dois meses que antecedem o início da colheita da safra 2012 são fundamentais para que o agricultor colha uvas de qualidade. É que neste período o agricultor deve realizar a poda verde nos vinhedos, uma operação efetuada durante o período vegetativo da videira (remoção de gemas, desbrota, desponta, desfolha, raleio de bagas e de cachos) e que visa direcionar o crescimento vegetativo, diminuir os estragos causados pelo vento, abrir o dossel vegetativo - sobreposição de ramos e folhas das plantas - de forma a melhorar a aeração e a entrada de luz nas videiras.
Isso possibilita a diminuição de doenças fúngicas, maior eficiência nos tratamentos fitossanitários e colheitas mais equilibradas, segundo informa o pesquisador em Fitotecnia da Embrapa Uva e Vinho, Dr. Samar Velho da Silveira. O manejo do dossel vegetativo efetuado na poda verde visa complementar a poda seca da videira, melhorando o equilíbrio entre a vegetação e os órgãos de produção. Entretanto, seus efeitos serão prejudiciais se realizada fora da época ou de forma abusiva, pois se estará reduzindo a capacidade fotossintética da videira.
Nesta época do ano as práticas de poda verde empregadas são a desbrota e a sistematização dos brotos. “A desbrota consiste em suprimir os brotos herbáceos que se desenvolvem no tronco e nos braços e os ladrões que se desenvolvem no porta-enxerto (esladroamento).
Essas práticas têm como principais objetivos eliminar órgãos frutíferos ou não; reduzir os riscos de infecção do míldio; reduzir os riscos da fitotoxicidade de herbicidas sistêmicos; auxiliar no estabelecimento das plantas como complemento da formação de inverno, além de melhorar a distribuição e o desenvolvimento dos ramos não eliminados”, explica o pesquisador da Embrapa.
De acordo com ele, a remoção dos brotos deve ser executada no início da brotação, brotos com até 15 a 20 cm, em uma ou mais vezes se necessário. Quanto mais cedo for realizada a desbrota melhor a cicatrização das lesões.
“Não devem ser eliminados os brotos inférteis que sirvam para renovar ramos comprometidos ou ocupar espaços vazios no vinhedo”, completa da Silveira. A eliminação dos netos da região do cacho será útil em videiras vigorosas para o melhor arejamento dos cachos, redução do excessivo sombreamento e facilidade de penetração dos tratamentos fitossanitários.
A sistematização dos brotos é uma operação indispensável para a condução da videira. O objetivo geral, além de manter a arquitetura do sistema de condução, é reorientar os brotos, através de amarrações, para a correta ocupação dos espaços do dossel vegetativo e com isso uniformizar as condições microclimáticas da planta. O que é necessário (equipamentos) para executar este processo? “Este processo pode ser realizado manualmente, com presilha de plástico, também denominada ‘gavinha’, com vime, com arame de ferro recapado de PVC ou com máquina, denominada alceador, na qual se acopla fita plástica e grampo, obtendo-se maior rendimento operacional”, explica Samar Velho da Silveira.
O gestor agrícola da Vinícola Luiz Argenta, de Flores da Cunha, Zair Molon, destaca a importância da realização destes processos para a uma safra de qualidade. “No processo para obtenção uva com sanidade e própria para elaboração de excelentes vinhos há várias etapas a serem cumpridas e a desbrota nos vinhedos é uma delas, pois, com isso, juntando-se a retirada do excesso de galhos, os cachos ficam expostos a insolação, traduzindo em qualidade da uva. Além disso, a condução dos galhos verticalmente também é fundamental para controlar doenças fúngicas”, pontua o gestor agrícola. Mais adiante, cerca de 30 dias antes do início da colheita, também é essencial fazer a desfolha no vinhedo e, depois do enchimento do cacho, a desponta dos galhos.
Matéria originalmente publicada no jornal A Vindima
Isso possibilita a diminuição de doenças fúngicas, maior eficiência nos tratamentos fitossanitários e colheitas mais equilibradas, segundo informa o pesquisador em Fitotecnia da Embrapa Uva e Vinho, Dr. Samar Velho da Silveira. O manejo do dossel vegetativo efetuado na poda verde visa complementar a poda seca da videira, melhorando o equilíbrio entre a vegetação e os órgãos de produção. Entretanto, seus efeitos serão prejudiciais se realizada fora da época ou de forma abusiva, pois se estará reduzindo a capacidade fotossintética da videira.
Nesta época do ano as práticas de poda verde empregadas são a desbrota e a sistematização dos brotos. “A desbrota consiste em suprimir os brotos herbáceos que se desenvolvem no tronco e nos braços e os ladrões que se desenvolvem no porta-enxerto (esladroamento).
Essas práticas têm como principais objetivos eliminar órgãos frutíferos ou não; reduzir os riscos de infecção do míldio; reduzir os riscos da fitotoxicidade de herbicidas sistêmicos; auxiliar no estabelecimento das plantas como complemento da formação de inverno, além de melhorar a distribuição e o desenvolvimento dos ramos não eliminados”, explica o pesquisador da Embrapa.
De acordo com ele, a remoção dos brotos deve ser executada no início da brotação, brotos com até 15 a 20 cm, em uma ou mais vezes se necessário. Quanto mais cedo for realizada a desbrota melhor a cicatrização das lesões.
“Não devem ser eliminados os brotos inférteis que sirvam para renovar ramos comprometidos ou ocupar espaços vazios no vinhedo”, completa da Silveira. A eliminação dos netos da região do cacho será útil em videiras vigorosas para o melhor arejamento dos cachos, redução do excessivo sombreamento e facilidade de penetração dos tratamentos fitossanitários.
A sistematização dos brotos é uma operação indispensável para a condução da videira. O objetivo geral, além de manter a arquitetura do sistema de condução, é reorientar os brotos, através de amarrações, para a correta ocupação dos espaços do dossel vegetativo e com isso uniformizar as condições microclimáticas da planta. O que é necessário (equipamentos) para executar este processo? “Este processo pode ser realizado manualmente, com presilha de plástico, também denominada ‘gavinha’, com vime, com arame de ferro recapado de PVC ou com máquina, denominada alceador, na qual se acopla fita plástica e grampo, obtendo-se maior rendimento operacional”, explica Samar Velho da Silveira.
O gestor agrícola da Vinícola Luiz Argenta, de Flores da Cunha, Zair Molon, destaca a importância da realização destes processos para a uma safra de qualidade. “No processo para obtenção uva com sanidade e própria para elaboração de excelentes vinhos há várias etapas a serem cumpridas e a desbrota nos vinhedos é uma delas, pois, com isso, juntando-se a retirada do excesso de galhos, os cachos ficam expostos a insolação, traduzindo em qualidade da uva. Além disso, a condução dos galhos verticalmente também é fundamental para controlar doenças fúngicas”, pontua o gestor agrícola. Mais adiante, cerca de 30 dias antes do início da colheita, também é essencial fazer a desfolha no vinhedo e, depois do enchimento do cacho, a desponta dos galhos.
Matéria originalmente publicada no jornal A Vindima
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