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Energias renováveis para contribuir com o meio ambiente

Brasileiros estão investindo cada vez mais em alternativas que proporcionam economia e sustentabilidade em casa e na empresa. Em Flores, exemplos também crescem

A energia solar está recebendo milhares de adeptos. Desde 2016, os brasileiros estão investindo cada vez mais e a incidência de novas placas solares cresce constantemente.  Exemplo disso é que, neste ano, o país atingiu o registro histórico de 250 megawatts de potência de energia solar fotovoltaica com instalações de sistemas de microgeração e minigeração compartilhada em locais como casas, empresas, comércios, prédios públicos e até mesmo em zonas rurais, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Em Flores da Cunha, essa energia limpa também é um negócio que, felizmente, está crescendo. Algumas empresas locais de materiais elétricos disponibilizam o serviço e investem na busca por novidades tecnológicas na área. Isso porque os florenses estão se conscientizando. É o que acredita o engenheiro eletricista Marlon Renosto, da Trento Comercial Elétrica e Hidráulica. “As pessoas estão percebendo que o custo da energia elétrica está muito alto, além de ser uma despesa fixa embutida mensalmente na residência ou indústria. Na contrapartida, um dos principais benefícios da energia fotovoltaica é a economia financeira, que pode chegar a 95% do valor da fatura”, destaca o engenheiro.

De olho nessa tendência, a Cooperativa Sicredi Serrana promove na próxima terça-feira, dia 20, a primeira edição do evento Gerando Energias Renováveis. O objetivo é trocar informações sobre alternativas em energias que proporcionam soluções que levam economia e sustentabilidade para as residências ou empresas. O encontro ocorre a partir das 19h15min, no salão paroquial, e é destinado para associados e convidados.

Um futuro sustentável
Buscando fomentar a procura por energias renováveis, a Cooperativa Sicredi também é parceira no financiamento para a instalação dos sistemas, como é o caso do empresário e enólogo Ederson Galiotto, 35 anos, que está investindo em sua vinícola no Travessão Martins. “A energia fotovoltaica só vem para agregar valor à empresa, diminuindo os gastos com a conta de luz. Quando me apresentaram o sistema, fui pesquisar se de fato o investimento se tornava vantajoso e tive todo um subsídio do banco. Em dois meses pretendo zerar as contas de luz”, avalia Galiotto, satisfeito.

O empresário possui em sua propriedade três pontos de energia: a da vinícola, além de duas residências, sendo que o maior pico de consumo elétrico acontece durante a colheita das uvas. “Pensamos em uma estrutura para ter energia de sobra. Em curto prazo, se fizermos alguma aquisição em equipamentos, teremos energia suficiente”, planeja Galiotto, que adianta que os vizinhos estão esperando os primeiros resultados para também buscarem a tecnologia.

Segundo o engenheiro eletricista Marlon Renosto, o tempo de retorno do investimento está aliado ao tamanho da instalação – quanto maior for o projeto, mais rápido ele apresentará resultados. “Está variando entre quatro e sete anos o retorno da energia, dependendo de cada instalação. Mas, num primeiro momento, o processo de redução da conta de energia pode levar até 60 dias, dependendo da situação cadastral de cada cliente junto à concessionária. Porém, a instalação no cliente é relativamente rápida e o resultado é imediato, já se pode começar a gerar a própria energia a partir do momento da homologação do sistema pela concessionária”, explica Renosto.

O que é energia fotovoltaica?
É a energia elétrica gerada a partir de luz solar, e pode ser produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos. Quanto maior for a radiação solar, maior será a quantidade de eletricidade produzida. A energia fotovoltaica é uma tecnologia 100% comprovada, limpa e renovável que valoriza a propriedade e abate valores da conta de energia elétrica.

O processo de conversão da energia solar utiliza células fotovoltaicas. Quando a luz solar incide sobre uma célula fotovoltaica, os elétrons do material semicondutor são postos em movimento gerando, desta forma, eletricidade. Os painéis solares são instalados sobre o telhado e conectados uns aos outros no inversor solar. Este aparelho converte a energia solar dos seus painéis fotovoltaicos em energia elétrica que pode ser usada para qualquer equipamento elétrico e assim reduz a quantidade de energia comprada da distribuidora. Caso os painéis solares fabriquem mais energia do que o utilizado, o excesso vai para a distribuidora da rede elétrica, gerando créditos de energia.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Rio Grande do Sul ocupa a terceira colocação entre os Estados brasileiros com as maiores potências instaladas: 19.285,79 kilowatt. Até junho de 2018, os dados mostraram que o setor de energia solar no Brasil possuía mais de 30 mil sistemas fotovoltaicos instalados que, junto às usinas solares, totalizavam 1,5 gigawatt de capacidade instalada. As estatísticas da Agência Nacional de Energia Elétrica apontam que até o ano de 2024, mais de 1 milhão de consumidores devem passar a gerar a própria energia.

Os benefícios
– Capacidade de renovação
– Redução das emissões de gases de efeito estufa
– Energia limpa, renovável e sustentável
– Baixo impacto ambiental
– Não faz barulho
– É uma energia inesgotável
– Tem pouca manutenção
– Ocupa pouco espaço

Ederson Galiotto investiu em sua vinícola. - Gabriela Fiorio
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