Endereço: ginásio poliesportivo
Prefeitura garante que fez tudo o que podia para encaminhar andarilhos novamente à sociedade, porém, faltaria ‘empenho’ dos moradores de rua
O jornal O Florense divulgou em maio deste ano que três moradores de rua habitavam o inacabado ginásio poliesportivo de Flores da Cunha. Neste período, as estruturas de carros alegóricos da Festa Nacional da Vindima (Fenavindima) serviam de camas e cômodos aos andarilhos. Na data, a Secretaria de Desenvolvimento Social havia informado que o trio recebera atendimento médico, documentos, uma moradia provisória, roupas, alimentos e fora encaminhado para vagas de emprego junto ao Sine do município. Porém, as propostas foram rejeitadas. Os moradores receberam apoio financeiro do poder público para voltar às suas cidades de origem, contudo, pouco tempo depois, retornaram para Flores da Cunha e se alojaram novamente no poliesportivo, onde permanecem até hoje.
Passados seis meses, a estrutura do ginásio ainda serve de abrigo aos sem-teto, e o endereço ganhou mais inquilinos – agora são quatro: Clair Antônio Barreto, 39 anos, natural do Paraná; Maria Marelise Gonçalves da Rosa, 51 anos, natural de Jaquirana; e há pouco tempo dois irmãos, um com 42 anos e outro de 36 anos. O mais novo sofre de transtornos mentais e depende do mais velho.
Eles vivem com a ajuda da Secretaria de Desenvolvimento Social e vendem pequenos quadros católicos confeccionados por Barreto para ganhar algum dinheiro. Debaixo da lona que serve de abrigo para dormir, Maria mostrou três quadrinhos de metal que entornavam a imagem de santos, todos feitos pelo companheiro, que chegou a trabalhar como soldador. “Não roubamos nada, só queremos uma casinha”, menciona Maria, a exemplo do que disse há seis meses. Ela conta que vive em Flores da Cunha há mais de dois anos com o companheiro.
No momento em que a reportagem do O Florense procurou pelos moradores, na manhã desta quinta-feira, dia 3, somente Maria e Barreto estavam no ginásio.
Auxílio constante
De acordo com a coordenadora do Centro de Referência e Assistência Social (Cras), Taíse Girotto, o caso dos andarilhos chegou à unidade em setembro. Desde então foram feitos diversos encaminhamentos para a confecção de documentos, contatos com familiares e com antigos empregadores para a possibilidade de vagas de trabalho. “Eles receberam orientações, atendimentos de saúde e fizemos o possível”, conta Taíse. Além de todas essas medidas, o grupo não apresenta interesse em retribuir e se empenhar. “Seria muito importante, um desejo deles de mudar de vida. Não temos como obrigá-los”, lamenta a coordenadora.
Outro ponto que dificulta o trabalho do poder público é o auxilio que a comunidade florense vem dando aos moradores. Roupas e comida doados fazem com que eles, de certa forma, “se acomodem” com esse modo de vida. De acordo com informações obtidas com os andarilhos, há seis anos eles vivem na rua, em cidades e locais diferentes. “Parece que a vida deles já está estabelecida assim, mas sempre terão ajuda, o que está ao nosso alcance está sendo feito”, conta Taíse.
Há duas semanas, sem qualquer auxílio da prefeitura, o casal Maria da Rosa e Clair Barreto deixaram Flores da Cunha. Passaram duas semanas fora e agora estão de volta. O futuro dos habitantes do poliesportivo é desconhecido, pois as obras de conclusão do prédio devem se iniciar ainda em novembro.
Passados seis meses, a estrutura do ginásio ainda serve de abrigo aos sem-teto, e o endereço ganhou mais inquilinos – agora são quatro: Clair Antônio Barreto, 39 anos, natural do Paraná; Maria Marelise Gonçalves da Rosa, 51 anos, natural de Jaquirana; e há pouco tempo dois irmãos, um com 42 anos e outro de 36 anos. O mais novo sofre de transtornos mentais e depende do mais velho.
Eles vivem com a ajuda da Secretaria de Desenvolvimento Social e vendem pequenos quadros católicos confeccionados por Barreto para ganhar algum dinheiro. Debaixo da lona que serve de abrigo para dormir, Maria mostrou três quadrinhos de metal que entornavam a imagem de santos, todos feitos pelo companheiro, que chegou a trabalhar como soldador. “Não roubamos nada, só queremos uma casinha”, menciona Maria, a exemplo do que disse há seis meses. Ela conta que vive em Flores da Cunha há mais de dois anos com o companheiro.
No momento em que a reportagem do O Florense procurou pelos moradores, na manhã desta quinta-feira, dia 3, somente Maria e Barreto estavam no ginásio.
Auxílio constante
De acordo com a coordenadora do Centro de Referência e Assistência Social (Cras), Taíse Girotto, o caso dos andarilhos chegou à unidade em setembro. Desde então foram feitos diversos encaminhamentos para a confecção de documentos, contatos com familiares e com antigos empregadores para a possibilidade de vagas de trabalho. “Eles receberam orientações, atendimentos de saúde e fizemos o possível”, conta Taíse. Além de todas essas medidas, o grupo não apresenta interesse em retribuir e se empenhar. “Seria muito importante, um desejo deles de mudar de vida. Não temos como obrigá-los”, lamenta a coordenadora.
Outro ponto que dificulta o trabalho do poder público é o auxilio que a comunidade florense vem dando aos moradores. Roupas e comida doados fazem com que eles, de certa forma, “se acomodem” com esse modo de vida. De acordo com informações obtidas com os andarilhos, há seis anos eles vivem na rua, em cidades e locais diferentes. “Parece que a vida deles já está estabelecida assim, mas sempre terão ajuda, o que está ao nosso alcance está sendo feito”, conta Taíse.
Há duas semanas, sem qualquer auxílio da prefeitura, o casal Maria da Rosa e Clair Barreto deixaram Flores da Cunha. Passaram duas semanas fora e agora estão de volta. O futuro dos habitantes do poliesportivo é desconhecido, pois as obras de conclusão do prédio devem se iniciar ainda em novembro.
0 Comentários