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Encerrando 2020, de olho em 2021

Escolas estaduais ainda não terminaram o ano letivo, mas já têm volta programada no modelo híbrido de ensino

Para as escolas estaduais, 2020 ainda não acabou. Mas, mesmo sem o término do ano letivo, marcado para 31 de janeiro, os preparativos para a volta às aulas 2021 já estão começando. O calendário divulgado pela Secretaria Estadual de Educação (SEDUC-RS) tem início no dia 15 de março, quando os alunos da rede estadual regressam às aulas, e o término está marcado para 21 de dezembro. O recesso acontece entre os dias 28 de julho e 3 de agosto.
Conforme o secretário estadual da Educação, Faisal Karam, em função da pandemia, e de possíveis decretos de restriçôes de atividades que poderão ocorrer em determinados municípios, eventuais ajustes no calendário ao longo do ano não estão descartados. “Esse é o nosso calendário inicial. Caso tenhamos que realizar ajustes pelo bem-estar dos estudantes, nós iremos analisar e ajustar conforme a necessidade”, detalha.
A princípio, o retorno às aulas será no modelo híbrido, com o ensino ministrado, ao mesmo tempo, de forma presencial (ocupação de 50% da capacidade das salas de aula) e online para preservar a segurança de estudantes, professores e comunidade escolar. “Provavelmente, uma parte dos alunos virá à escola em uma semana e os demais na semana seguinte. Quem fica em casa, utiliza a plataforma para realizar as atividades que o professor postar”, diz a diretora da Escola São Rafael, Ana Paula Citolin Rigotto.
Segundo ela, as aulas presenciais seguem com todos os protocolos exigidos para que ocorram da forma mais segura possível, como o uso de máscaras, álcool gel e aferição da temperatura: “Nós vamos aprimorar o distanciamento dentro das salas, colocar adesivos no chão. Não serão realizados recreios e nem atividades na quadra de esportes. O refeitório também vai funcionar com a capacidade reduzida”.
Além da pandemia, uma preocupação constante das escolas estaduais é a falta de professores. Segundo Ana Paula, isso não tende a ser um problema na escola, pelo menos para o ano de 2021 – o reajuste no salário de professores contratados e a impossibilidade da realização de concursos por parte das secretarias municipais contribuiu para a queda nos desligamentos. “Fazia um tempo que não terminávamos um ano e começávamos outro com praticamente todos os professores. A princípio, nós estamos com o quadro completo”, conta a diretora.
Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Targa, a prioridade é a renovação da sala de informática para disponibilizar internet de melhor qualidade aos alunos que não têm acesso em casa. Conforme a diretora, Andreia Pegoraro, a expectativa é por um ano letivo mais tranquilo: “O ano passado foi uma novidade para todos nós, professores, alunos, famílias. Nos adequamos para que todos tivessem o acesso necessário a fim de não prejudicar o aprendizado. A gente acredita que, para este novo ano, com essa pequena experiência, as coisas facilitem”.
A volta ao ambiente escolar também é vista como um aspecto positivo, especialmente em relação à aprendizagem. “O retorno é algo que auxilia, pois os alunos conseguem tirar as dúvidas presencialmente com os professores e dar continuidade aos estudos em casa. É muito importante a possibilidade de ter esse contato presencial”, afirma Andreia.

Escolas estão se preparando para um retorno seguro, mesmo que em modelo híbrido. - Pedro Henrique dos Santos
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