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Sem autorização para instalar uma nova adutora às margens da ERS-122, num trecho de pouco mais de um quilômetro, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) está impedida de continuar as obras de ampliação do sistema de abastecimento de água em Flores da Cunha. A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) é a responsável pela administração da estrada e por falta do seu aval os trabalhos de ampliação da rede, iniciados em dezembro, estão paralisados há 30 dias.

O trecho requisitado para colocação de canos interligando um poço artesiano a um reservatório no bairro União começa no acesso secundário a Linha 80, no Km 96, e segue até a entrada do bairro, na Rua Anúncio Curra. Conforme o gerente da Corsan de Flores, Bruno Debon, 50% dos trabalhos estão concluídos, restando ainda 1,4km de rede no lado esquerdo da rodovia. O projeto orçado em R$ 1,8 milhão contempla a interligação de um poço com capacidade para levar 45 mil litros/hora ao União. O objetivo da ação é melhorar o abastecimento nos bairros Aparecida e União.

O prazo para conclusão dos trabalhos inicialmente era de seis meses, no entanto, uma nova data depende da liberação da faixa de domínio para colocação da adutora. Debon pretende conversar com o prefeito florense, Lídio Scortegagna, para que interceda junto à diretoria da EGR para a liberação do trecho.

De acordo com Debon, a nova rede irá substituir o fornecimento de água que era feito pelo poço instalado ao lado da VRS-814, na saída para Nova Pádua, e que foi interditado há dois anos por estar contaminado (água imprópria para consumo). O novo sistema irá abastecer aproximadamente 1,2 mil famílias. Segundo o gerente da Corsan, Flores da Cunha conta com 26 poços artesianos em funcionamento que produzem mais de 6 milhões de litros por dia, enquanto que o consumo diário é muito próximo a essa quantidade. Contatada, a assessoria da EGR não enviou respondeu aos questionamentos.