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Duplica o número de prisões no semestre

Roubo e tráfico de drogas são os crimes que levam a maioria dos delinquentes para trás das grades nos presídios da região

Levantamento do jornal O Florense junto à Polícia Civil de Flores da Cunha aponta que o número de prisões realizadas no município pela instituição e pela Brigada Militar (BM) dobrou nos primeiros seis meses do ano, comparado ao mesmo período de 2012. De acordo com o estudo, de janeiro a junho deste ano foram encarceradas 51 pessoas, contra 26 no primeiro semestre do ano passado, o que representa uma prisão a cada três dias e meio. Destas, apenas 10% permanecem recolhidas. A pesquisa leva em conta as prisões em flagrante por embriaguez ao volante, lesão corporal, furto, ameaça e posse de armas, entre outros crimes mais comuns.

O que chama atenção são as prisões de suspeitos por roubo e tráfico de drogas, que praticamente triplicaram nos primeiros seis meses do ano. A detenção por embriaguez ao volante também teve um crescimento de 150% no semestre em relação ao mesmo período do ano passado. A elevação desses flagrantes pode estar relacionada ao aperto na chamada Lei Seca, em vigor desde o final de 2012, que pune qualquer quantidade de álcool encontrada no sangue do condutor. Nos primeiros meses de 2012 houve quatro casos desta modalidade de flagrante, e de janeiro a junho deste ano foram presos 10 motoristas dirigindo sob o efeito do álcool.

De acordo com a titular da Delegacia de Polícia (DP) de Flores, delegada Aline Martinelli, o aumento das prisões está relacionado à ampliação de ações preventivas no policiamento e conclusão de inquéritos policiais, que resultam em prisão preventiva ou temporária dos suspeitos. “Infelizmente muitas dessas prisões não são mantidas”, frisa a delegada. Conforme o escrivão judicial da Comarca florense, Gilmar José Andrzejewski, a soltura de presos depende de diversos fatores, levando em conta a primariedade do suspeito, habeas corpus e recursos interpostos pelos defensores nos tribunais durante o processo.

No entanto, isso não significa que estão livres do processo. “Após serem julgados, se condenados, voltarão ao presídio para cumprir o restante da pena”, destaca. Segundo o escrivão, dos que foram presos no primeiro semestre de 2013, apenas cinco, todos com envolvimento em roubos, seguem atrás das grades. Neste caso, os suspeitos representam risco à sociedade, por isso, apesar de ainda não terem sido julgados, permanecem detidos preventivamente. A pena para envolvidos com roubo em média varia de seis a 10 anos de reclusão – para o tráfico é de oito a 11 anos.



Brigada e Polícia Civil já mandaram para trás das grades 51 pessoas este ano, porém, apenas cinco continuam detidas. - Arquivo O Florense
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