Geral

Dona de uma coletânea olímpica

A executiva de vendas Renata Trentin, 40 anos, é colecionadora de moedas nacionais históricas há quase 20 anos. E como a Olimpíada no Brasil é um fato que vai ficar marcado para sempre, as moedas comemorativas dos Jogos Rio 2016 não poderiam faltar na coleção. “Assim que foram lançadas fui guardando, e como eu coleciono, sempre observo as moedas que recebo no comércio”, conta Renata, que já tem a coleção olímpica completa.

As moedas comemorativas são de R$ 1 e surgiram com o objetivo de aproximar o público dos Jogos. Uma forma de todos, mesmo não participando, assistindo ou acompanhando as disputas, terem acesso a um souvenir do evento. As Olimpíadas apresentam edições de moedas comemorativas desde 1951, o que é recente considerando que os Jogos acontecem desde 2.500 a.C. e a primeira moeda que se tem registro data de 480 a.C..

Para os Jogos Rio 2016 estão em circulação 17 modelos, sendo que foram cunhadas 20 milhões de unidades para homenagear as modalidades olímpicas de atletismo, basquete, boxe, futebol, golfe, judô, natação, rúgbi, vela e vôlei; e paraolímpicas atletismo, canoagem, natação e triatlo, além dos mascotes do evento, Tom e Vinicius. O 17º modelo é o mais raro, que representa a entrega da bandeira olímpica de Londres para o Rio de Janeiro. São apenas 2.016 cópias dessa moeda, e Renata, como boa colecionadora, já garantiu a sua. “Fiz uma postagem no Facebook para completar a coleção e foi rapidinho, faço pelo prazer de colecionar algo histórico”, destaca. Os modelos foram desenvolvidos pelo Banco Central e pela Casa da Moeda do Brasil, com o apoio do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos.

Além das moedas em circulação, existem modelos olímpicos específicos para colecionadores, de R$ 5, e que têm em seus versos desenhos que representam a fauna, a flora e cartões postais brasileiros. Estas moedas de prata têm as seguintes representações: Borboleta, Pau-Brasil, Samba, Theatro Municipal, Orquídea, Mico-Leão-Dourado, Forró, Sambódromo, Helicônia (plana tropical), Tucano-de-Bico-Preto, Chorinho (estilo musical carioca), MAC (Museu de Arte Contemporânea de Niterói-RJ), Arcos da Lapa, Toninha (espécie de golfinho encontrada no Brasil), Bromélias e Bossa Nova. Já as moedas de ouro, de R$ 10, têm representação da Tocha, Luta Olímpica, Salto com Vara e Corrida de 100 metros rasos. Elas não têm valor comercial, somente para colecionadores.

 

Numista é quem coleciona moedas

Renata Trentin ‘aprendeu’ o ofício de numismata, nomenclatura dada aos colecionadores de moedas, com Marcelino Finger, com quem trabalhou no comércio em 1997. “Ele colecionava moedas, pois seu pai, Ari Finger, também o fazia. Ele ensinou a observar as moedas, e passei a conhecer mais e aos poucos iniciei a minha própria coleção”, enfatiza ela, que hoje tem mais de mil peças no acervo.

Renata afirma nunca comprou moedas – foi ganhando de pessoas que tinham peças antigas guardadas. “As moedas estão cada vez menos em circulação, mas antigamente tinham maior valor de troca. Por isso, muitas pessoas de idade guardaram moedas e depois não tinham mais o que fazer com elas.”

Para um colecionador, o valor de uma moeda antiga ou de série especial é quanto ela já foi repassada. Quanto menos, melhor. Na linguagem de colecionador, existe o tipo MBC (Muito Bem Cuidada – teve circulação e está em bom estado), Soberba (circulou pouco) e Flor de Cunha (não circulou, saiu direta do banco central). Pela dificuldade de guardar uma moeda Flor de Cunha, estas têm maior valor.

Quando forem moedas históricas, quanto mais antigas e raras, mais valiosa é a peça. Na coleção de Renata, a moeda mais antiga data de 1874 – é uma de 40 réis. Atualmente, valeria cerca de R$ 8. “Não pretendo me desfazer da coleção, cuido delas e catalogo os modelos com muito carinho, é um documento que quero deixar para as próximas gerações”, completa Renata. Ela aceita doações de peças sem valor comercial (contatos pelo facebook.com/renata.trentin).

A compra dos modelos de colecionador pode ser feita no site oficial dos Jogos Olímpicos – www.rio2016.com/moedas. No Estado a compra direta pode ser feita somente em Porto Alegre, na agência do Banco do Brasil da Rua Sete de Setembro, 790, no Centro.

 

A numismata Renata Trentin ganhou todas as peças que compõem seu acervo. - Larissa Verdi/O Florense Mascote Vinicius. - Banco Central/Divulgação Moeda de prata de R$ 5 - para coleção. - Banco Central/Divulgação
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário