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Do desafio da passarela à recompensa da coroação

Representante da Comunidade do Travessão Carvalho, Doces Silber e Slaviero Uvas, recebeu a faixa e a coroa das mãos da soberana da 13ª edição do evento, Evelyn Visentin Marzarotto

E m meio à alegria contagiante da torcida e uma chuva de papeis picados que coloriu o tapete vermelho, a noite de 30 de outubro de 2021 sempre será lembrada pela jovem Marília Cagnin, de 24 anos. Depois de muito suspense, lágrimas e emoção, pouco antes da meia-noite, o nome da advogada foi anunciado como o escolhido entre os nove jurados para ser a rainha da 14ª Festa Colonial da Uva (Fecouva) e 4ª Festa do Moranguinho do distrito de Otávio Rocha. 
Tendo como cenário o Grêmio Esportivo Otávio Rocha, a representante da Comunidade do Travessão Carvalho, Doces Silber e Slaviero Uvas, recebeu a faixa e a coroa das mãos da soberana da 13ª edição do evento, Evelyn Visentin Marzarotto.
“Foi uma grande emoção, nos dedicamos desde o início, mas ali é o momento que todo o nosso aprendizado e todo o nosso esforço são recompensados. Foi mágico subir na passarela e ver a minha torcida gritando, foi muito especial”, lembrou Marília. 
Recompensa que veio depois de um dia tenso, marcado por diversas atividades com os jurados e preparativos para estar impecável e conseguir se destacar no tão aguardado momento de percorrer a passarela. “O meu maior problema era o desfile, eu não tinha essa desenvoltura com o público, sempre fui mais reservada. Eu sempre preferi passar por três ou quatro júris do que ir para a passarela, mas eu me transformei, era outra Marília, eu estava muito feliz, radiante; até me assistindo agora não parece que sou eu”, conta a rainha que confessa que a irmã, Marina Cagnin, e os pais José Cagnin e Maria Inês Calgaro Cagnin estavam preocupados se ela iria conseguir se sair bem.
No entanto, Marília não só conseguiu desfilar, como encantou a todos quando percorreu à passarela embalada pela música “O Sole Mio” na voz do trio italiano Il Volo. “Eu saí do júri muito leve, com muita vontade de desfilar, na verdade os próprios jurados nos prepararam para fazer o desfile daquela maneira, todas as meninas estavam tranquilas. Foi um momento de agradecer, de felicidade, foi muito especial e mágico, não temos palavras para descrever o que é estar naquela passarela, todas as torcidas gritando, a nossa torcida e a nossa família dando total apoio”, emociona-se Marília que explica que sempre participou da comunidade, mas na parte administrativa, ela achava que não teria coragem de participar de um desfile que envolveria se expor. Contudo, quando as inscrições iniciaram, o grupo de jovens do qual ela faz parte convidou-a para participar, e com o apoio da família, acabou aceitando.
Conhecer a história de Otávio Rocha, poder propagar a cultura italiana, o turismo, a religiosidade, a gastronomia e as bases agrícolas da economia do distrito, a uva e o morango, foram aspectos levados em consideração pelos jurados no momento das perguntas. Mas, de acordo com Marília, o fato de ser uma conversa mais informal e a receptividade deles deixou as candidatas mais tranquilas e animadas para encararem a passarela. “Precisávamos nos destacar para o nosso objetivo, tanto que estamos sendo avaliadas desde abril, desde as inscrições, e eram muitos requisitos. Só a parte da comissão, que eram os 40% antes do júri, valia muito, então era dedicação de início ao fim, mas, claro, o júri é um momento em que ficamos um pouco mais tensas porque não sabemos o que vai ser pedido, quem vão ser as pessoas e o desfile é para fechar com chave de ouro o nosso evento, que foi maravilhoso”, destaca a soberana sobre o processo de avaliação.
“A família é muito importante desde o início, desde o pré-concurso, são eles que nos apoiam nos momentos que não conseguimos deixar tudo organizado, eles estão ali, principalmente para cumprir as tarefas, sempre me auxiliaram em tudo, o que foi muito importante e agora é ainda mais. Afinal, são eles que nos dão ânimo para seguir nessa caminhada”, discorre a rainha sobre o papel da família em todas as etapas.
A escolha de Marília também foi um marco para o Travessão Carvalho, uma vez que a última rainha que representou a comunidade foi Beatriz Molon Andreazza, durante 3ª Fecouva, e no último concurso a localidade não contou com candidatas. “É um peso de muita responsabilidade, eu estou representando a minha comunidade, dois patrocinadores e agora ainda mais a nossa festa maior, ainda não caiu a ficha, mas eu estou recebendo muito carinho e isso me dá forças para seguir fazendo o meu melhor. Temos uma grande responsabilidade, especialmente em razão da pandemia, mas certamente faremos uma grande festa e divulgaremos para atrair muitos turistas”, destaca. 
“Queremos que todos tenham a oportunidade de conhecer o nosso lindo distrito, tudo o que temos, os nossos pontos turísticos, a nossa gastronomia e a nossa cultura. É isso que queremos mostrar para todos”, evidencia Marília, que logo estará sem espaços na agenda em meio a tantas atividades para divulgar a festa. “A Marília da Fecouva vai ser doação, entrega, amor e carisma. Eu quero poder abraçar todos que estiverem aqui na nossa festa e deixo meu recado para que contem comigo para essa jornada”, finaliza a rainha.

A rainha da Fecouva, Marília Cagnin, ao lado do pai José, da mãe Maria Inês, dos irmãos Marina e Jonas, do namorado Sander e do cunhado Fabrício. - Divulgação
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