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Divergência política impede a contratação de novos servidores

Projeto da prefeitura que prevê a ampliação do número de vagas no poder público está parado na Câmara de Vereadores há mais de um mês. Reunião entre parlamentares e o prefeito Ernani Heberle será feita hoje para tentar solucionar impasse

O projeto que amplia o número de vagas em cargos públicos na prefeitura de Flores da Cunha aguarda a aprovação da Câmara de Vereadores há 45 dias. Os 30 novos postos de trabalho estão distribuídos em diferentes setores, e a contratação – ou não – dos aprovados no concurso público depende dessa votação. Uma reunião entre o prefeito Ernani Heberle (PDT) e todos os vereadores deve ser realizada hoje, dia 21, às 18h, para tentar resolver o impasse.

Na última sessão da Casa Legislativa Raymundo Paviani, no dia 17, o vereador Osmar Doro (PDT) reclamou que o projeto está parado e informou ao peemedebista Moacir Ascari que a prefeitura tem atualmente 610 cargos, sendo 490 ocupados. Ou seja, 120 estão abertos. "O projeto foi enviado por necessidade. O prefeito pede a consideração de todos", disse Doro.

O presidente do Poder Legislativo, Alexandre Scortegagna (PP), ressalta que a reunião a ser realizada hoje deverá sanar dúvidas dos parlamentares. “Vamos sentar, os poderes legislativo e executivo, traçar objetivos e nortear o projeto”, destaca Scortegagna. Ele explica que o projeto está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJ), a qual solicitou um levantamento de gastos e o impacto financeiro que a contratação desses 30 novos cargos geraria aos cofres públicos. E, por isso, foi protelado mais 20 dias para a realização do levantamento. Depois, o projeto seguirá para a Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) e, por último para a Comissão de Educação.

Para Scortegagna, os vereadores têm o direito de pedir o tempo que julgarem necessário para analisar um projeto, mas a reunião será importante para resolver questões políticas. “Eu sinto que alguns vereadores estão levando mais para o lado político. Não pode ser assim”, salienta o presidente.

De acordo com o secretário de Administração e Governo, Paulo Couto, os novos servidores irão completar o quadro deficiente do Poder Executivo. “A carência de pessoas é uma realidade de todas as secretarias. Esses novos servidores irão proporcionar um melhor serviço à comunidade”, afirma. Quanto ao último concurso público, Couto destaca que alguns concursados foram chamados para a Secretaria de Obras e Viação, como motoristas e operadores de máquinas, e na Secretaria de Saúde. “Realizamos o concurso para termos um cadastro de reserva. Precisávamos ter uma noção de quantas pessoas iríamos precisar”, explica o secretário.

Couto complementa que as 120 vagas disponíveis não serão preenchidas, pois elas existem em áreas onde não é necessária a contratação. As 30 novas vagas do projeto que está na Câmara foram criadas em funções onde existe necessidade. Sobre a demora da aprovação do projeto pela Câmara, o secretário pede compreensão: “Depende única e exclusivamente dos vereadores. Pedimos o bom senso para a melhora do serviço público”.

As vagas que a prefeitura necessita
- Técnico em contabilidade (1), fiscais de posturas, obras e meio ambiente (2), engenheiro civil (1), arquiteto (1), assistente social (1), psicólogo (1) e técnico em enfermagem (5) e agente administrativo (18).

Aprovados no concurso público aguardam
Danielle Valentin, 34 anos, foi aprovada em primeiro lugar no concurso público de Flores para o cargo de assistente social. Apesar da ótima colocação para a vaga de 20h, ela ainda não foi chamada, e um Cargo de Comissão (CC) de 40h foi chamado. “O edital dizia que era cadastro de reserva. Agora corro o risco de não ser chamada. Em contato com a prefeitura, me garantiram que seria chamada até agosto. Mas até agora, nada”, lamenta Danielle.

Com o projeto parado na Câmara de Vereadores, existe o risco de que Danielle não seja chamada. Em função das eleições no próximo ano, ela deveria ser contratada até o início do próximo ano. Para isso acontecer, o projeto deveria ser votado na Câmara até novembro de 2011. “Criamos uma expectativa, pesquisei casas para morar e pretendia me mudar para Flores. Agora já desisti da vaga, mas não quero ficar quieta”, desabafa Danielle.




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