Dificuldades pedagógicas são enfrentadas no Niae
Núcleo Interdisciplinar de Apoio Educacional de Flores da Cunha completa 25 anos de ajuda a crianças da rede de ensino
Um dilema atual: tempo, rotina e limites. Três fatores que, das mais variadas maneiras, podem interferir no desenvolvimento de crianças que estão em fase de formação de suas personalidades, rendimento escolar e relações interpessoais. A lista de elementos como estes é longa e, na maioria dos casos, é o professor o primeiro a identificar quando a criança está com alguma dificuldade. Há 25 anos professores que se deparam com situações assim contam com o atendimento do Núcleo Interdisciplinar de Apoio Educacional (Niae) de Flores da Cunha. Um órgão municipal que atua principalmente com as séries iniciais, realizando atendimentos especializados para mais de 200 alunos com Necessidades Educacionais Especiais (Nee’s) e também com dificuldades de aprendizagem.
Os atendimentos ocorrem nas áreas psicopedagógica, pedagógica, psicomotora, psicológica e fonoaudiológica. Uma parceria com a Secretaria da Saúde possibilita consultas neurológicas e psiquiátricas quando necessárias. Com atendimento para estudantes do 1º ao 9º ano, o Niae recebe alunos encaminhados pelas próprias escolas que passam por avaliações individuais onde são apontados os atendimentos necessários para cada caso. O trabalho, no turno inverso ao da aula, é realizado em pequenos grupos ou individualmente, de acordo com o estudante. O Núcleo atende a alunos do ensino fundamental de todas as redes de ensino florense. Para a educação infantil oferece ainda atendimento de fonoaudiologia.
Para comemorar os 25 anos, o Niae realizou uma solenidade comemorativa no dia 4, no Espaço Cultural São José. O órgão é ligado à Secretaria de Educação, Cultura e Desporto e a estrutura funciona junto à Escola Municipal São José. O Núcleo conta com sete professoras, um professor na área psicomotora, três na psicológica e uma na fonoaudiológica, além de estagiária e monitor. Atualmente são 219 estudantes atendidos, média mantida nas últimas duas décadas e meia. O Niae foi instituído em 1990 pelo então prefeito Alberto de Oliveira, que tinha como secretária de Educação Eroni Mazzocchi Koppe.
Principal demanda é a psicológica
Detectar quando uma criança tem problemas para processar as informações e a formação que recebe não é somente uma tarefa dos professores e das escolas. Os pais também devem estar atentos e conscientes dos sinais mais frequentes que indicam a presença de um problema no desenvolvimento ou comportamento da criança. Este, no entanto, é um dos fatores que resultam no crescimento dos atendimentos psicológicos do Núcleo Interdisciplinar de Apoio Educacional (Niae).
De acordo com a articuladora e coordenadora pedagógica Silvana Deon Rigo, 90% dos alunos acompanhados pelo Núcleo têm a falta de envolvimento da família na vida e desenvolvimento, o que também dificulta o aprendizado. “É a principal dificuldade que temos hoje. As famílias não se envolvem muito e com isso temos crianças com dificuldades que, se as famílias fossem mais ativas e parceiras, veríamos um resultado mais efetivo”, aponta Silvana, que complementa: “Se em casa as coisas não estão bem, isso reflete diretamente na escola e no pedagógico. Muitas vezes são situações pontuais como, por exemplo, a separação dos pais”, acrescenta.
Para que os atendimentos proporcionem um desenvolvimento integral do estudante, além da parceria para consultas neurológicas e psiquiátricas, o Niae tem auxílio do Conselho Tutelar, que tem maior contato com as famílias por meio de assistentes sociais. “Percebemos muitos alunos bastante desacompanhados pelas famílias, de fato é o maior problema que sentimos no Núcleo. São casos de um pouco de abandono e de estrutura familiar falha. Por isso buscamos envolver sempre a família e a escola”, ressalta a diretora do Niae, Letícia Zin. O Núcleo trabalha na articulação com os colégios, trocando informações com professores e melhorando o trabalho de ambos.
O crescimento nos atendimentos psicológicos mostra que o trabalho deve iniciar nas séries iniciais de ensino, já que alunos da alfabetização são maioria nesses casos. “O Niae tem como missão ajudar essas crianças no seu desenvolvimento, tanto emocional quando pedagógico. O que buscamos é que ela seja feliz acima de tudo, e que se dê bem”, valoriza Letícia. Por muitas dessas crianças estarem em vulnerabilidade social, o trabalho do Núcleo vai além da educação. “Ajudamos conforme as dificuldades. Temos todo um olhar para aquela criança que passa fome, que não tem roupa, que precisa por vezes de um carinho a mais. É um desenvolvimento integral da criança, com o objetivo maior que ela viva bem, que viva melhor”, enfatiza a diretora. “Há coisas que não podemos mudar, mas conseguimos amenizar”, complementa Silvana.
Para casos específicos de necessidades educacionais, o Núcleo aplica a adaptação curricular, passando para o professor a melhor maneira em que o conteúdo pode ser trabalhado com aquele aluno. O direcionamento correto do professor melhora o rendimento das aulas e, por consequência, do aluno.
Os atendimentos ocorrem nas áreas psicopedagógica, pedagógica, psicomotora, psicológica e fonoaudiológica. Uma parceria com a Secretaria da Saúde possibilita consultas neurológicas e psiquiátricas quando necessárias. Com atendimento para estudantes do 1º ao 9º ano, o Niae recebe alunos encaminhados pelas próprias escolas que passam por avaliações individuais onde são apontados os atendimentos necessários para cada caso. O trabalho, no turno inverso ao da aula, é realizado em pequenos grupos ou individualmente, de acordo com o estudante. O Núcleo atende a alunos do ensino fundamental de todas as redes de ensino florense. Para a educação infantil oferece ainda atendimento de fonoaudiologia.
Para comemorar os 25 anos, o Niae realizou uma solenidade comemorativa no dia 4, no Espaço Cultural São José. O órgão é ligado à Secretaria de Educação, Cultura e Desporto e a estrutura funciona junto à Escola Municipal São José. O Núcleo conta com sete professoras, um professor na área psicomotora, três na psicológica e uma na fonoaudiológica, além de estagiária e monitor. Atualmente são 219 estudantes atendidos, média mantida nas últimas duas décadas e meia. O Niae foi instituído em 1990 pelo então prefeito Alberto de Oliveira, que tinha como secretária de Educação Eroni Mazzocchi Koppe.
Principal demanda é a psicológica
Detectar quando uma criança tem problemas para processar as informações e a formação que recebe não é somente uma tarefa dos professores e das escolas. Os pais também devem estar atentos e conscientes dos sinais mais frequentes que indicam a presença de um problema no desenvolvimento ou comportamento da criança. Este, no entanto, é um dos fatores que resultam no crescimento dos atendimentos psicológicos do Núcleo Interdisciplinar de Apoio Educacional (Niae).
De acordo com a articuladora e coordenadora pedagógica Silvana Deon Rigo, 90% dos alunos acompanhados pelo Núcleo têm a falta de envolvimento da família na vida e desenvolvimento, o que também dificulta o aprendizado. “É a principal dificuldade que temos hoje. As famílias não se envolvem muito e com isso temos crianças com dificuldades que, se as famílias fossem mais ativas e parceiras, veríamos um resultado mais efetivo”, aponta Silvana, que complementa: “Se em casa as coisas não estão bem, isso reflete diretamente na escola e no pedagógico. Muitas vezes são situações pontuais como, por exemplo, a separação dos pais”, acrescenta.
Para que os atendimentos proporcionem um desenvolvimento integral do estudante, além da parceria para consultas neurológicas e psiquiátricas, o Niae tem auxílio do Conselho Tutelar, que tem maior contato com as famílias por meio de assistentes sociais. “Percebemos muitos alunos bastante desacompanhados pelas famílias, de fato é o maior problema que sentimos no Núcleo. São casos de um pouco de abandono e de estrutura familiar falha. Por isso buscamos envolver sempre a família e a escola”, ressalta a diretora do Niae, Letícia Zin. O Núcleo trabalha na articulação com os colégios, trocando informações com professores e melhorando o trabalho de ambos.
O crescimento nos atendimentos psicológicos mostra que o trabalho deve iniciar nas séries iniciais de ensino, já que alunos da alfabetização são maioria nesses casos. “O Niae tem como missão ajudar essas crianças no seu desenvolvimento, tanto emocional quando pedagógico. O que buscamos é que ela seja feliz acima de tudo, e que se dê bem”, valoriza Letícia. Por muitas dessas crianças estarem em vulnerabilidade social, o trabalho do Núcleo vai além da educação. “Ajudamos conforme as dificuldades. Temos todo um olhar para aquela criança que passa fome, que não tem roupa, que precisa por vezes de um carinho a mais. É um desenvolvimento integral da criança, com o objetivo maior que ela viva bem, que viva melhor”, enfatiza a diretora. “Há coisas que não podemos mudar, mas conseguimos amenizar”, complementa Silvana.
Para casos específicos de necessidades educacionais, o Núcleo aplica a adaptação curricular, passando para o professor a melhor maneira em que o conteúdo pode ser trabalhado com aquele aluno. O direcionamento correto do professor melhora o rendimento das aulas e, por consequência, do aluno.
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