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Dia da Mulher – Prós e contras da utilização de espuma no tratamento de varizes

Confira a entrevista com o especialista em cirurgia vascular e endovascular Luís Filipe Zenatto

As novidades para os tratamentos médicos estão sempre aparecendo. Porém, nem todas são indicadas a todos os casos. Na área da cirurgia vascular a divulgação é para a espuma densa para o tratamento de varizes, apesar de a técnica existir há mais de 30 anos. “É fundamental selecionar o paciente que se beneficiará com tal procedimento uma vez que nem todas as pessoas são candidatas a tal técnica”, afirma o especialista Luiz Filipe Zenatto.

Formada por um medicamento esclerosante associado a gás carbônico/oxigênio, a técnica da espuma é indicada para tratar pacientes com hipertensão venosa, varizes calibrosas, úlceras de perna ou quem têm risco aumentado para realizar a cirurgia convencional. “O tratamento é uma excelente opção, mas é preciso respeitar quando ele é aplicável e não simplesmente indicar para todos os pacientes”, destaca o médico.

O único profissional capacitado plenamente para avaliar e indicar as diversas opções de tratamento na doença varicosa, as ‘varizes’, é o cirurgião vascular/angiologista. Confira os prós e os contras para o procedimento.

Prós

– Tem bom resultado em portadores de úlceras venosas e varizes de médio e grosso calibre.

– A técnica facilita a cicatrização das feridas em casos de úlceras venosas.

– Pode ser aplicada no consultório do médico angiologista e não requer anestesia.

Contras

– As chances de a espuma deixar manchas na pele são altas, que elas podem levar meses para sair e, em alguns casos, é preciso fazer um tratamento com peeling e ácidos.

– A durabilidade é bem menor em relação à cirurgia convencional de varizes, com ‘prazo de validade’ de cerca dois a três anos. Por conta disso, é preciso fazer acompanhamento médico contínuo e novas aplicações são comumente necessárias.

– Em estudo publicado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), foram percebidas reações adversas além das manchas na pele, como a ocorrência de tromboflebite, trombose venosa e reação alérgica local em alguns casos.

– De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, apesar de ser considerado seguro, o método da espuma tem um alto índice de recorrência. Em seis anos, as varizes podem voltar em até 90% dos casos.

– A espuma não é recomendada para as microvarizes devido ao seu alto potencial em manchar a pele.

 

Luís Filipe Zenatto é especialista em cirurgia vascular e endovascular pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição. - Arquivo O Florense
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