Geral

Elas sabem lidar com as mais diversas situações ao mesmo tempo. Elas têm jogo de cintura e são ‘multifunções’, todos os dias. Para elas, cada dia é sempre igual e sempre diferente. O Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia 8 de março, em virtude das conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres. A data é marcada desde 1908, onde nos Estados Unidos se tem registro do encontro de mais de 1.500 mulheres unidas em prol da igualdade política e econômica.

Em homenagem à data, o Jornal O Florense publica entrevistas com mulheres iguais e diferentes. Iguais por serem mulheres de destaque por sua atuação, seu trabalho, suas raízes e seus ideais, mas diferentes por cada uma estar vivendo uma fase determinada das suas vidas. Na vida de uma mulher, um ano apresenta grandes mudanças, uma década, então, transformações completas. Confira as entrevistadas que representam mulheres em fases distintas, falando sobre vida, carreira e planos para o futuro.

Nome: Brenda Luísa Dalcero.

Idade: 19 anos.

Naturalidade: Planalto (RS).

Profissão: professora de Língua Inglesa.

Formação: estudante de Jornalismo.

Filiação/família/estado civil: filha de Vitório Francisco Dalcero e Neiva Zanatta. Tenho um irmão mais novo, Vítor Miguel. Namoro há dois anos e sete meses com Henrique Cavagnoli.

Qual é a fase da sua vida atualmente? Acho difícil analisar isso agora. Provavelmente daqui a algum tempo vou poder olhar para trás e separar as diferentes fases da minha vida. Eu diria que agora estou construindo minha vida adulta, meus próprios hábitos. Um bom exemplo seria o fato de que eu pago minhas contas particulares, mas moro com meus pais. Há uma busca pela independência, ainda que de forma limitada. 

No ensino médio, já planejava estudar o que estuda e fazer o que faz? Como foi essa decisão? Planejava parcialmente. Durante o 3º ano do ensino médio, trabalhava na escola onde atuo hoje. A escolha da faculdade foi um pouco mais conturbada. Foi difícil conciliar minhas expectativas com a de todos ao meu redor, escolher entre permanecer morando em Flores ou tentar o ingresso em outras cidades. Ainda assim, não me arrependo da escolha que fiz; estou feliz por ter batido um pouco o pé e ter optado por aquilo em que eu acreditava.

Em sua opinião, qual o papel da mulher na sociedade hoje? Acho que estamos vivendo uma fase de transição do nosso papel. A maioria das mulheres trabalha fora de casa, um fato que era contestado há algumas décadas. Ainda assim, o papel natural de dona de casa sempre para a esposa, e nunca para o marido, ainda é comum. Acredito que um desafio importante para nós é entendermos onde queremos estar. Se eu quiser trabalhar ou estudar, posso; se não quiser, não sou obrigada. O papel da mulher é o de buscar sua própria liberdade.

O que gosta de fazer como atividades paralelas? Ler sempre foi uma das minhas maiores paixões, e costumo dedicar um tempo para isso sempre que posso. Além dos estudos da faculdade, estou aprendendo francês. Para cuidar do corpo, meus principais meios são o pilates e a natação, duas atividades que adoro, e faço a Saudação ao Sol, da ioga, quase todas as manhãs. Também faço parte de um movimento de voluntariado e desenvolvimento de lideranças juvenis.

Qual a sua relação com a vaidade feminina? Relativamente distante, na verdade. Nunca fui muito chegada à maquiagem e essas coisas, e há dois anos decidi que não ia mais usar e pronto. Vou a eventos sociais sem maquiagem ou unhas feitas e normalmente me sinto bem comigo mesma. Tento seguir as etiquetas, mas dentro do meu limite.

Você imaginava se tornar a mulher que se tornou? Não tenho certeza de que cheguei a imaginar como estaria aos 19 anos, mas, independentemente disso, creio que estaria satisfeita com o resultado. Sou uma pessoa muito feliz e não consigo imaginar algo para mudar em minha vida.

O que você projeta para o futuro? De uma forma mais imediata, concluir a faculdade. Planejo continuar sendo professora, pois é uma profissão que me satisfaz cada dia mais. Meu namorado e eu recentemente começamos um projeto que envolve vinhos e gastronomia, que estamos alinhando e provavelmente vai ocupar um espaço das nossas vidas no futuro. Uma viagem para a França também está nos planos. De uma forma geral, o projeto é ir seguindo em frente, aproveitando as oportunidades que surgirem. E, claro, ser feliz!