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Dia da Mulher – “O momento é de valorização, atitude, competência e equilíbrio”

Confira entrevistas com mulheres que se destacam por sua atuação e que vivem fases específicas em suas vidas – Lorete Maria Calza Paludo

Elas sabem lidar com as mais diversas situações ao mesmo tempo. Elas têm jogo de cintura e são ‘multifunções’, todos os dias. Para elas, cada dia é sempre igual e sempre diferente. O Dia Internacional da Mulher é comemorado no dia 8 de março, em virtude das conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres. A data é marcada desde 1908, onde nos Estados Unidos se tem registro do encontro de mais de 1.500 mulheres unidas em prol da igualdade política e econômica.

Em homenagem à data, o Jornal O Florense publica entrevistas com mulheres iguais e diferentes. Iguais por serem mulheres de destaque por sua atuação, seu trabalho, suas raízes e seus ideais, mas diferentes por cada uma estar vivendo uma fase determinada das suas vidas. Na vida de uma mulher, um ano apresenta grandes mudanças, uma década, então, transformações completas. Confira as entrevistadas que representam mulheres em fases distintas, falando sobre vida, carreira e planos para o futuro.

 

Nome: Lorete Maria Calza Paludo.

Idade: 64 anos.

Naturalidade: Flores da Cunha (RS).

Profissão: aposentada recentemente.

Formação: graduação em Estudos Sociais e licenciatura em História. Especialização em Gestão Escolar. Pós-graduação em Psicopedagogia.

Filiação/família/estado civil: filha de Jaime Calza e Lourdes Galiotto Calza. Casada com Jairo Francisco Paludo e viúva há 28 anos. Mãe de Cesar Augusto Paludo e Anai Francisca Paludo.

Qual é a fase da sua vida atualmente? Estou curtindo um pouco meu tempo livre. Aposentei-me há alguns meses e ainda não parei de viajar, fiz mudança de casa, etc. Como sempre fui muito ativa, estou aproveitando para curtir essa nova fase. Fui professora de História, OSPB, Moral e Cívica, Geografia, Sociologia e Filosofia. Trabalhei na Escola Estadual São Rafael como professora, vice-diretora e diretora. Trabalhei também como professora no Grupo Educacional Mutirão, no Colégio São Carlos, fui uma das criadoras do Curso pré-vestibular @udaz e integrei o time do pré-vestibular da Escola Question. Até 2017, fiz parte da equipe da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto como diretora de Cultura. 

Em sua opinião, qual o papel da mulher na sociedade hoje? Sou de uma geração de mulheres que foram abrindo caminhos. Sabemos que ao longo da história, durante muitos séculos a mulher  teve seu papel restrito ao lar, dar a luz, criar e educar os filhos e cuidar dos afazeres domésticos, enquanto cabia ao homem o lugar de destaque. Hoje eu vejo a mulher com um papel de protagonista, embora com muitas dificuldades ainda, ela vem conseguindo aumentar seu espaço de atuação. Mas há ainda um caminho longo para percorrer. Séculos de discriminação não acabam rapidamente, porque a situação da mulher não foi linear. Por esse motivo, o momento é de valorização, atitude, competência e equilíbrio para que nossa trajetória seja de vencedoras, não melhores ou piores, mas iguais, independentes e intelectuais, ocupando um espaço que por direito é nosso porque nós o conquistamos.

O que gosta de fazer como atividades paralelas? Eu adoro ler. Sempre li muito e hoje faço as leituras que eu gosto no meu tempo livre. Além disso, amo assistir um bom filme e acompanhar seriados na televisão.

Qual a sua relação com a vaidade feminina? Acredito que a mulher deva manter a vaidade em alta em qualquer fase da vida para se sentir bem. Eu sempre fui vaidosa, e continuo aos 64 anos, principalmente com os cuidados de cabelo, maquiagem e pele. É pela autoestima, por que beleza é questão de espírito e vem de dentro.

Como avalia a passagem dos 50 aos 60 anos? A passagem dos anos te transformou de alguma forma? Talvez por eu sempre trabalhar com educação e cultura, e conviver muito com jovens, eu não sinta o impacto dos anos. Aos 40 me diziam que eu iria sentir, e não senti nem aos 60. Parece que é apenas uma continuidade. Mas sem dúvida, não me trocaria pelos meus 20 anos, os anos nos trazem maturidade e experiência.

O que você projeta para o futuro? Estou amadurecendo  alguns projetos, mas nada definitivo. Não pretendo parar com as atividades, assim continuo à frente dos Amigos do Museu e faço parte do Conselho Municipal de Cultura. Quero também aproveitar meu tempo livre e minha família que eu amo. É preciso ter vontade de continuar a viver, independente da geração, independente da idade. 

 

 - Larissa Verdi/OF
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