Desfiles pretendem integrar a comunidade florense
Turistas poderão participar do corso alegórico da Fenavindima. Carros distribuirão alimentos típicos italianos
Flores da Cunha já vivencia sua festa maior. Os preparativos para a 13ª Festa Nacional da Vindima (Fenavindima) seguem em ritmo acelerado. É com muita alegria e disposição que as comunidades da Linha 60, Fulina, Martinho, Nova Roma, Alfredo Chaves, São Vitor, Otávio Rocha, Carvalho, Gavioli e São Gotardo estão trabalhando na elaboração de 10 das 15 alegorias que irão compor os desfiles de carros alegóricos. Os trabalhos estão sendo desenvolvidos conforme os temas que foram propostos pela Comissão de Desfiles, por meio de sorteios feitos nas capelas.
Na localidade de Nova Roma, oito pessoas trabalham para dar forma ao carro que apresentará o tema El Formento (O Trigo). Os encontros iniciaram há pelo menos 15 dias e, após muita dedicação, faltam apenas alguns ajustes. A empresária Maricela Bett Schiavenin, uma das responsáveis pela produção, explica que a alegoria irá exaltar elementos como o forno à lenha, o trigo, o pão e a vida simples da colônia. A cada desfile o grupo irá distribuir pequenos pães coloniais para o público.
Para eles, o envolvimento com a festa é motivo de orgulho. “Essa é a segunda vez que ajudamos. Adoro me envolver e fico satisfeita em fazer parte dessa história, que é a história dos nossos antepassados que tanto nos orgulha”, valoriza Maricela. “Cresci vendo minha mãe trabalhar pela comunidade e desenvolvi esse sentimento de colaboração. Por isso, é uma satisfação enorme poder representar minhas origens por meio da Fenavindima”, acrescenta o empresário Mauri Antônio Schiavenin, que também ajuda na produção.
História da imigração italiana será retratada
Os carros serão alusivos à temática principal da festa: Vinho para Brindar, Festa para Celebrar. Dentro desse conceito, o desfile ficará dividido em três momentos. O primeiro quadro, intitulado Sonho, será baseado na ilusão dos imigrantes na busca pelo país da fartura e contará com três alegorias: El paese de la cucagna (O país da fartura), Dal’Italia noi siamo partiti (Da Itália nós partimos) e A L’amèrica noi siamo arrivati (A América chegamos), confeccionados pelo artista plástico caxiense André Gnatta.
O segundo momento, chamado Realidade, irá retratar a chegada e a evolução dos italianos na região. Essa saga será contada por meio de seis diferentes carros: La fede (A Fé), que será feito pela comunidade da Linha 60; El Miglio (O Milho), da capela Fulina; La Graspa (A Graspa), da Capela São Martinho; El Formento (O Trigo), de Nova Roma; La Ua (A Uva), do Travessão Alfredo Chaves; e Le Vendemere (As Vindimeiras), que levará as embaixatrizes da 13ª Fenavindima, feito por Gnatta.
No terceiro bloco, chamado de Celebração, seis carros irão destacar os méritos, as culturas e as conquistas dos imigrantes italianos. São eles: El Vin (O Vinho), que está sendo produzido pelas comunidades de São Vítor (produção) e Alfredo Chaves (transporte), com apoio do artista plástico Gnatta (cenografia). O 11º carro a adentrar a avenida será o La Sagra (A Sagra), uma parceria entre as comunidades de Otávio Rocha (canhão e jogos) e Travessão Carvalho (almoço típico e procissão). O Travessão Gaviolli está responsável pela produção do carro El Filò (O Filó); a comunidade de São Gotardo irá reproduzir a História do Galo, no carro La Storia Del Gal. O 14º carro trará as atrações dos municípios vizinhos. Para fechar o corso alegórico, o tradicional carro La Corte (A Corte) irá levar a rainha e as princesas da 13ª Festa Nacional da Vindima, cuja produção será de Gnatta.
Provérbios, ditos populares ou trechos de músicas em talian anunciarão o que será visto em cada carro. As frases não serão traduzidas. A intenção é que os visitantes questionem os moradores da cidade sobre o significado, promovendo a interação entre o público. “Se o carro é do milho, terá polenta e o provérbio Polenta e late slarga le culate, por exemplo. A explicação também vai estar disponível no site da festa assim que iniciarem os desfiles. Esse é um modo de fazer o visitante integrar, além de divulgar e preservar esses dizeres”, destaca um dos integrantes da comissão dos desfiles, Alex Eberle.
Turistas serão convidados a participar do corso
O secretário de Turismo, Indústria e Comércio de Flores da Cunha, Everton Scarmin, destaca que o objetivo do desfile alegórico é envolver a comunidade e mostrar aos visitantes um pouco da história dos imigrantes italianos que povoaram o município e os costumes trazidos por eles e que ainda hoje fazem parte do cotidiano da população florense. Para essa edição, a organização da festa trará uma novidade que envolverá também os turistas. Eles terão a oportunidade de vivenciar a emoção de fazer parte do corso alegórico. A organização irá disponibilizar o figurino para os interessados, que poderão fazer a inscrição minutos antes do início dos desfiles.
E as novidades não param por aí. Durante o corso, serão distribuídas ao público miniporções de algumas delícias da culinária italiana como polenta, pão e biscoitos, entre outros. Tudo produzido pelas próprias comunidades. Também haverá distribuição de suco de uva, vinho e da estrela maior, a uva. Segundo a prefeitura, cerca de 20 mil quilos da fruta serão distribuídos durante as apresentações e no Parque da Vindima Eloy Kunz. A expectativa da organização é que entre 3 e 4 mil pessoas prestigiem cada um dos seis desfiles. São esperadas em torno de 40 mil pessoas durante os três finais de semana de festa.
Como será dividido o desfile
O Sonho
Carro 1 – El paese de la cucagna (O país da fartura) – criado por André Gnatta – Dito: “Ntel paese de la cucagna chi manco laora depi guadagna”.
Carro 2 – Dal’italia noi siamo partiti (da Itália nós partimos) – criado por André Gnatta – Dito: “Cosa sarala sta Mèrica? Un bel massolino di fior”.
Carro 3 – A L’amèrica noi siamo arrivati (à América chegamos) – criado por André Gnatta – Dito: “Abiam dormito sul nudo terreno, come le bestie abiam riposà”.
A Realidade
Carro 4 – La fede (A Fé) – feito pela comunidade da Linha 60 – Dito: “La giustissia se no la fà el pretor, presto o tardi la fà el Signor”.
Carro 5 – El Miglio (O Milho) – Feito pela comunidade da Capela do Fulina, de Nova Roma, e pelo artista plástico André Gnatta (cenografia) – Dito: “Polenta e late slarga le culate”.
Carro 6 – La Graspa (A Graspa) – Feito pela comunidade da Capela São Martinho – Dito: “La graspa l’e piombo a la matina, argento al mesdi e oro a la sera”.
Carro 7 – El Formento (O Trigo) – Feito pela comunidade de Nova Roma – Dito: “Quando el formento l’e sui campi, l’e de Dio e dei santi; quando l’e sui solari, no se pol gaverlo sensa denari”.
Carro 8 – La Ua (A Uva) – Feito pela comunidade do Travessão Alfredo Chaves – Dito: “Vigna ntel sasso, orto in terren grasso”.
Carro 9 – Le Vendemere (As Vindimeiras - Embaixatrizes) – Feito por André Gnatta – Dito: “La ua ntel cuor, de le vigne i fior”.
A Celebração
Carro 10 – El Vin (O Vinho) – Feito pelas comunidades da Capela São Vítor (produção) e Travessão Alfredo Chaves (transporte) e por André Gnata (cenografia) – Dito: “Val depi un bicier de vin in boca mia che sento medissine in farmissia”.
Carro 11 – La Sagra (A Sagra) – Feito pela comunidade de Otávio Rocha (canhão e jogos) e Travessão Carvalho (almoço típico e procissão) – Dito: “Sant’Antoni dea barba bianca fame catar quel che me manca”.
Carro 12 – El Filò (O Filó) – Feito pela comunidade do Travessão Gavioli – Dito: “Quando canta el ciò ze fenio de dar filò”.
Carro 13 – La Storia Del Gal (A História Do Galo) – feito pela comunidade de São Gotardo – Dito: “Fate vanti che bauchi ghen’e tanti”.
Carro 14 – Municípios Convidados – Dito: “El sol ‘l nasse par tuti”.
Carro 15 – La Corte (A Corte) – feito por André Gnatta – Dito: “Negli occhi tuoi c’è il sole, c’è il colore delle viole”.
Programe-se
21/2, sábado – 19h.
22/2, domingo – 16h.
27/2, sexta-feira – 19h.
01/3, domingo – 16h.
07/3, sábado – 19h.
08/3, domingo – 16h.
Local: Rua Borges de Medeiros, no Centro.
Ingressos da arquibancada: R$ 10, à venda no local.
Na localidade de Nova Roma, oito pessoas trabalham para dar forma ao carro que apresentará o tema El Formento (O Trigo). Os encontros iniciaram há pelo menos 15 dias e, após muita dedicação, faltam apenas alguns ajustes. A empresária Maricela Bett Schiavenin, uma das responsáveis pela produção, explica que a alegoria irá exaltar elementos como o forno à lenha, o trigo, o pão e a vida simples da colônia. A cada desfile o grupo irá distribuir pequenos pães coloniais para o público.
Para eles, o envolvimento com a festa é motivo de orgulho. “Essa é a segunda vez que ajudamos. Adoro me envolver e fico satisfeita em fazer parte dessa história, que é a história dos nossos antepassados que tanto nos orgulha”, valoriza Maricela. “Cresci vendo minha mãe trabalhar pela comunidade e desenvolvi esse sentimento de colaboração. Por isso, é uma satisfação enorme poder representar minhas origens por meio da Fenavindima”, acrescenta o empresário Mauri Antônio Schiavenin, que também ajuda na produção.
História da imigração italiana será retratada
Os carros serão alusivos à temática principal da festa: Vinho para Brindar, Festa para Celebrar. Dentro desse conceito, o desfile ficará dividido em três momentos. O primeiro quadro, intitulado Sonho, será baseado na ilusão dos imigrantes na busca pelo país da fartura e contará com três alegorias: El paese de la cucagna (O país da fartura), Dal’Italia noi siamo partiti (Da Itália nós partimos) e A L’amèrica noi siamo arrivati (A América chegamos), confeccionados pelo artista plástico caxiense André Gnatta.
O segundo momento, chamado Realidade, irá retratar a chegada e a evolução dos italianos na região. Essa saga será contada por meio de seis diferentes carros: La fede (A Fé), que será feito pela comunidade da Linha 60; El Miglio (O Milho), da capela Fulina; La Graspa (A Graspa), da Capela São Martinho; El Formento (O Trigo), de Nova Roma; La Ua (A Uva), do Travessão Alfredo Chaves; e Le Vendemere (As Vindimeiras), que levará as embaixatrizes da 13ª Fenavindima, feito por Gnatta.
No terceiro bloco, chamado de Celebração, seis carros irão destacar os méritos, as culturas e as conquistas dos imigrantes italianos. São eles: El Vin (O Vinho), que está sendo produzido pelas comunidades de São Vítor (produção) e Alfredo Chaves (transporte), com apoio do artista plástico Gnatta (cenografia). O 11º carro a adentrar a avenida será o La Sagra (A Sagra), uma parceria entre as comunidades de Otávio Rocha (canhão e jogos) e Travessão Carvalho (almoço típico e procissão). O Travessão Gaviolli está responsável pela produção do carro El Filò (O Filó); a comunidade de São Gotardo irá reproduzir a História do Galo, no carro La Storia Del Gal. O 14º carro trará as atrações dos municípios vizinhos. Para fechar o corso alegórico, o tradicional carro La Corte (A Corte) irá levar a rainha e as princesas da 13ª Festa Nacional da Vindima, cuja produção será de Gnatta.
Provérbios, ditos populares ou trechos de músicas em talian anunciarão o que será visto em cada carro. As frases não serão traduzidas. A intenção é que os visitantes questionem os moradores da cidade sobre o significado, promovendo a interação entre o público. “Se o carro é do milho, terá polenta e o provérbio Polenta e late slarga le culate, por exemplo. A explicação também vai estar disponível no site da festa assim que iniciarem os desfiles. Esse é um modo de fazer o visitante integrar, além de divulgar e preservar esses dizeres”, destaca um dos integrantes da comissão dos desfiles, Alex Eberle.
Turistas serão convidados a participar do corso
O secretário de Turismo, Indústria e Comércio de Flores da Cunha, Everton Scarmin, destaca que o objetivo do desfile alegórico é envolver a comunidade e mostrar aos visitantes um pouco da história dos imigrantes italianos que povoaram o município e os costumes trazidos por eles e que ainda hoje fazem parte do cotidiano da população florense. Para essa edição, a organização da festa trará uma novidade que envolverá também os turistas. Eles terão a oportunidade de vivenciar a emoção de fazer parte do corso alegórico. A organização irá disponibilizar o figurino para os interessados, que poderão fazer a inscrição minutos antes do início dos desfiles.
E as novidades não param por aí. Durante o corso, serão distribuídas ao público miniporções de algumas delícias da culinária italiana como polenta, pão e biscoitos, entre outros. Tudo produzido pelas próprias comunidades. Também haverá distribuição de suco de uva, vinho e da estrela maior, a uva. Segundo a prefeitura, cerca de 20 mil quilos da fruta serão distribuídos durante as apresentações e no Parque da Vindima Eloy Kunz. A expectativa da organização é que entre 3 e 4 mil pessoas prestigiem cada um dos seis desfiles. São esperadas em torno de 40 mil pessoas durante os três finais de semana de festa.
Como será dividido o desfile
O Sonho
Carro 1 – El paese de la cucagna (O país da fartura) – criado por André Gnatta – Dito: “Ntel paese de la cucagna chi manco laora depi guadagna”.
Carro 2 – Dal’italia noi siamo partiti (da Itália nós partimos) – criado por André Gnatta – Dito: “Cosa sarala sta Mèrica? Un bel massolino di fior”.
Carro 3 – A L’amèrica noi siamo arrivati (à América chegamos) – criado por André Gnatta – Dito: “Abiam dormito sul nudo terreno, come le bestie abiam riposà”.
A Realidade
Carro 4 – La fede (A Fé) – feito pela comunidade da Linha 60 – Dito: “La giustissia se no la fà el pretor, presto o tardi la fà el Signor”.
Carro 5 – El Miglio (O Milho) – Feito pela comunidade da Capela do Fulina, de Nova Roma, e pelo artista plástico André Gnatta (cenografia) – Dito: “Polenta e late slarga le culate”.
Carro 6 – La Graspa (A Graspa) – Feito pela comunidade da Capela São Martinho – Dito: “La graspa l’e piombo a la matina, argento al mesdi e oro a la sera”.
Carro 7 – El Formento (O Trigo) – Feito pela comunidade de Nova Roma – Dito: “Quando el formento l’e sui campi, l’e de Dio e dei santi; quando l’e sui solari, no se pol gaverlo sensa denari”.
Carro 8 – La Ua (A Uva) – Feito pela comunidade do Travessão Alfredo Chaves – Dito: “Vigna ntel sasso, orto in terren grasso”.
Carro 9 – Le Vendemere (As Vindimeiras - Embaixatrizes) – Feito por André Gnatta – Dito: “La ua ntel cuor, de le vigne i fior”.
A Celebração
Carro 10 – El Vin (O Vinho) – Feito pelas comunidades da Capela São Vítor (produção) e Travessão Alfredo Chaves (transporte) e por André Gnata (cenografia) – Dito: “Val depi un bicier de vin in boca mia che sento medissine in farmissia”.
Carro 11 – La Sagra (A Sagra) – Feito pela comunidade de Otávio Rocha (canhão e jogos) e Travessão Carvalho (almoço típico e procissão) – Dito: “Sant’Antoni dea barba bianca fame catar quel che me manca”.
Carro 12 – El Filò (O Filó) – Feito pela comunidade do Travessão Gavioli – Dito: “Quando canta el ciò ze fenio de dar filò”.
Carro 13 – La Storia Del Gal (A História Do Galo) – feito pela comunidade de São Gotardo – Dito: “Fate vanti che bauchi ghen’e tanti”.
Carro 14 – Municípios Convidados – Dito: “El sol ‘l nasse par tuti”.
Carro 15 – La Corte (A Corte) – feito por André Gnatta – Dito: “Negli occhi tuoi c’è il sole, c’è il colore delle viole”.
Programe-se
21/2, sábado – 19h.
22/2, domingo – 16h.
27/2, sexta-feira – 19h.
01/3, domingo – 16h.
07/3, sábado – 19h.
08/3, domingo – 16h.
Local: Rua Borges de Medeiros, no Centro.
Ingressos da arquibancada: R$ 10, à venda no local.
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