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Os organizadores da 10ª Jornada da Viticultura Gaúcha, que acontece dia 17 de junho, no salão paroquial de São Valentim do Sul, concluíram, esta semana, a formatação do programa do evento. Tendo como tema Desafios e estratégias de organização da produção, a Jornada, com atividades pela manhã e à tarde, terá quatro painéis (confira abaixo). O objetivo do debate será conscientizar o viticultor sobre a “importância da participação social e coletiva para a organização da produção, no conceito de cadeia produtiva”. O coordenador da Comissão Interestadual da Uva – um dos promotores do evento –, Olir Schiavenin, detalha que a intenção é refletir sobre o modelo de produção vitícola vigente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina (onde estão os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais afiliados à Comissão). “Será que a atividade de produção de uva terá futuro? Como será no próximo ano, ou daqui a cinco ou dez anos? Ela terá sustentabilidade?”, indaga ele, reiterando o grande mote do debate. No contexto, assinala, entrarão em pauta assuntos como as incertezas sobre o cumprimento do preço mínimo da uva, na safra recentemente findada, de parte de indústrias vinícolas, a crescente concorrência entre vinho e produtos que o imitam (como sangrias e coquetéis) e a própria crise financeira mundial. Por fim, estarão em discussão as formas de organização para se enfrentar tais problemas: “Será que o caminho é agir de modo isolado, continuando refém das variações de mercado?”, prossegue Schiavenin. Pelo mínimo – O coordenador da Comissão Interestadual da Uva observa que recentemente teve continuidade a agenda em busca de apoio governamental para o estabelecimento de mecanismos que assegurem o pagamento do preço mínimo da uva. Quarta-feira da semana passada, dia 13, a coordenadoria do grupo manteve audiência, em Porto Alegre, com os secretários estaduais chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, e da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, João Carlos Fagundes Machado, e deputados estaduais. De acordo com Schiavenin, os representantes do governo comprometeram-se com levar às Secretarias do Planejamento e Gestão e da Fazenda a proposta de que o Estado mantenha a concessão de crédito presumido no ICMS (de 5%) sobre o vinho vendido no Rio Grande do Sul apenas a indústrias vinícolas que comprovarem o pagamento do preço mínimo da uva. O cumprimento do preço mínimo também foi pauta de encontro, em Brasília, no dia 14, com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Edilson Guimarães. A Comissão abordou o tema, ainda, na mais recente reunião da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados, também no dia 14, na capital federal. 10ª Jornada da Viticultura Gaúcha – Programação 8h30min – Recepção e credenciamento; 9h – Sessão de abertura, com pronunciamentos de autoridades e lideranças do setor; 9h30min – Painel 1: Avaliação da Safra 2009 – Lutas, conquistas e desafios. Painelistas: Olir Schiavenin (coordenador da Comissão Interestadual da Uva), Hermes Zaneti (presidente da Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados) e Denis Debiasi (presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin)); 10h45min– Painel 2: Políticas públicas para garantir o cumprimento do preço mínimo da uva. Painelistas: Edilson Guimarães (secretário de Política Agrícola do Mapa), Adoniram Sanches Peraci (secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário) e Jane Berwanger (da assessoria jurídica da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS)); 12h30min – Almoço; 14h – Painel 3: Aprendendo com a crise. Painelistas: Loraine Slomp Giron, Vânia Beatriz Merlotti Herédia e Moisés Waismann (professores da Universidade de Caxias do Sul (UCS)); 15h – Painel 4: Estratégia de organização da produção. Painelistas: Tarcísio Minetto (economista, consultor da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS)), Helio Marchioro (diretor-executivo da Federação das Cooperativas Vinícolas do RS (Fecovinho)) e José Fernando da Silva Protas (economista, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho); 16h – Conclusões e encaminhamentos das ações; 16h30min – Encerramento.