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De olho nos próximos capítulos

Confira a situação atual de três fatos contados pelo Jornal O Florense

Mais do que informação, os leitores procuram ver contempladas nas páginas do jornal as suas reivindicações. Nas últimas semanas, o Jornal O Florense trouxe uma série delas, que surgiram de sugestões da comunidade e foram temas de reportagens nas últimas edições do impresso. 
Teve de tudo: limpeza de terrenos baldios, desperdício de água, preço da gasolina em alta – assuntos que afetam diretamente a vida dos florenses.
Nesta edição, recuperamos três fatos publicados recentemente e atualizamos sua situação a fim de acompanhar a evolução – ou não – de suas demandas. Algumas delas foram cumpridas, outras viraram pauta em órgãos públicos municipais. Mas todas, sem exceção, ganharam novos capítulos, que você também pode acompanhar na reportagem a seguir. 

O desperdício de água

Há duas semanas, a água escorrendo de um terreno baldio na Rua Professora Maria Dal Conte, esquina com a Rio Branco, era um problema para os moradores do Bairro Aparecida. A proliferação de mosquitos, o desperdício de água limpa e os escorregões na calçada alagada se arrastavam por um bom tempo: “É um rio de água. Tem que resolver, já faz mais de quatro anos. Pensa: é dia e noite, quanta água não vai fora?”, indagou, na ocasião, Marcos Gubert, residente na rua há 40 anos.
A história foi veiculada na edição 1.657 do Jornal O Florense, do dia 19 de março. Na mesma semana, o mistério que cercava a origem do vazamento foi resolvido. E nada tinha a ver com o terreno desocupado, apenas parte do caminho da água, que percorria toda a calçada e ia parar na boca de lobo no fim da rua. Um simples cano furado de um terreno vizinho, de responsabilidade da Corsan, era a fonte de todos os transtornos – e foi restaurado pela empresa, que até então atribuía o conserto ao proprietário. 
Uma das maiores prejudicadas pelo vazamento da água, entrevistada na reportagem passada, Roseli Pilatti confirma o fim do incômodo. “A Corsan veio aqui arrumar com as máquinas. Eles abriram um buraco e consertaram o cano quebrado. No dia seguinte, tinha só um filete de água, aí quando começou a sair o sol, secou tudo. Todo mundo ficou bem feliz”, comemora Roseli, moradora da rua há mais de 50 anos.

Os terrenos baldios

O mato tomou conta da cidade e também da contracapa do Jornal O Florense na edição 1.656, dia 12 de março, cujo um dos destaques era a reclamação dos moradores pela falta de limpeza nas ruas e calçadas da cidade, além do estado de conservação de diversos terrenos baldios. O clima era “de abandono”, como descreveu a matéria e alguns dos moradores ouvidos pela reportagem. 
Uma das situações mais preocupantes era observada no Loteamento Residencial Sonda, mais especificamente na Rua Roberto João Carpegiani, onde um terreno acumulava mato, que competia em altura com as placas de trânsito, além de ter a presença de bichos como cobras e ratos. A quantidade de insetos, juntamente com a água parada, trazia a preocupação com a dengue. Além disso, as bocas de lobo cobertas pelo mato contribuíam para o alagamento das ruas em dias de chuva.
Ouvida pela reportagem, a secretária de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito, Rosiane Machado Pradella, esclareceu que a manutenção dos terrenos é de responsabilidade dos proprietários e que cabe à prefeitura apenas fiscalizar a limpeza – serviço prejudicado pela pandemia, já que a equipe de fiscalização está comprometida com o combate à Covid-19. Quanto à limpeza  de calçadas e meios-fios, o secretário de Obras e Viação, Lucas Daniel Carenhato, se movimentava para aumentar a mão de obra, também desfalcada pelo vírus.
Cerca de três semanas depois, a situação no Loteamento Sonda não se alterou e o mato é cada vez mais alto na Rua Roberto João Carpegiani. “Muita gente comprou aqui para investir, mas não é capaz de pagar uma pessoa para roçar, quem mora aqui que se rale. Não há tanta casa e parece que estamos abandonados”, conta Douglas Cruz da Silva, que mora no endereço há dois anos e frequentemente é surpreendido por cobras e outros bichos. “Tem até tatu aí”, diz. 
A limpeza de terrenos baldios foi pauta na Câmara dos Vereadores, levantada por Diego Tonet, do Progressistas. Na sessão do dia 15 de março, o vereador indicou ao Executivo um projeto que dê autonomia à prefeitura para realizar a roçada nos terrenos onde os proprietários não cumprem o serviço dentro do prazo. Na Sessão seguinte, o progressista sugeriu instituir a Taxa de Limpeza de Terrenos Baldios no Código Tributário do Município, para que se possa fazer a cobrança desses serviços em terrenos não edificados na Zona Urbana.
“Não é um imposto, pois só se torna obrigatório se o proprietário não limpa. O intuito não é instituir uma cobrança, mas acima de tudo promover a conscientização da população, pois já é obrigação do proprietário manter o terreno limpo, livre de lixo e de mato. É uma demanda urgente, que precisa ter uma solução rápida”, explica Tonet, que trabalha na elaboração de um novo Código de Posturas, em substituição ao atual, instituído no longínquo ano de 1969.

O sobe e desce da gasolina

O preço da gasolina chegou ao R$ 5 em fevereiro e aos R$ 6 em março, dois movimentos registrados no Jornal O Florense nas edições 1.651 e 1.657, respectivamente. Depois de seis aumentos consecutivos em 2021, uma boa notícia: a Petrobrás tornou o combustível mais barato ao anunciar reduções nos dias 19 e 25 de março. Com isso, a alta de preços no ano, acumulada em 54,3%, caiu para 40,6%.
No levantamento feito pela reportagem nos postos de combustível da cidade, o preço médio da gasolina comum, que era de R$ 6,09 no dia 16 de março, caiu para R$ 5,94 duas semanas mais tarde – uma economia de R$ 0,15 por litro. O valor, no entanto, continua salgado para o bolso dos consumidores: abastecer um carro com tanque de 50 litros a esse preço custa exatos R$ 297 – 27% do salário mínimo atual, de R$ 1.100.
No Legislativo florense, os recorrentes reajustes motivaram uma Moção de Repúdio de autoria do vereador Ademir Barp (MDB), aprovada por unanimidade, a ser entregue ao presidente da Petrobrás, General Joaquim Silva e Luna, e ao governador do Estado, Eduardo Leite. “A intenção é apresentar o nosso descontentamento ao que somos submetidos com o preço dos combustíveis, que são o que movem nosso município, nosso Estado, nosso país. Os aumentos afetam toda a cadeia produtiva, encarecem os alimentos e todos os serviços que são necessários para as máquinas pública e privada”, justifica Barp.




 

 - Pedro Henrique dos Santos
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