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Curta-metragem florense é finalista em festival na Itália

O País da Cocanha, dirigido por Juliano Carpeggiani, concorre em dois prêmios

O curta-metragem florense O País da Cocanha (Il Paese Della Cuccagna), integrante da série 'Vindima da Imagem', produzida pelo Núcleo de Produção Audiovisual de Flores da Cunha, é finalista no festival audiovisual europeu sobre migração italiana, Concorso Memorie Migranti VII Edizione, que acontece em Perúgia, na Itália, no próximo sábado, dia 16. O documentário, dirigido por Juliano Carpeggiani, é o representante brasileiro da competição e concorre a dois prêmios. Um na categoria em que foi inscrito (produções profissionais acima de 15 minutos de duração) e outro na categoria principal chamada Vincitore Assoluto.

O concurso, realizado pelo Museo Regionale Dell'emigrazione, em parceria com o Ministero Degli Affari Esteri, Museo Nazionale Emigrazione Italiana e Rai internazionale, lançará uma coleção em DVD compilando as principais produções que retratam o tema no mundo, e O País da Cocanha está entre os filmes. "A maior satisfação da participação do curta no festival é a inclusão neste box. É a oportunidade de mostrarmos na Itália o que se construiu aqui e como as pessoas veem a própria cultura", relata o diretor.

Além de Juliano Carpeggiani, o produtor executivo da Cosmonauta Filmes, Gustavo Giani Toigo também estará presente no evento. Eles serão recebidos pelo interlocutor da União Europeia para a América Latina, Claudio Mammoli.

A história

Realizado em Flores da Cunha, o filme é inspirado no mito do País da Cocanha, difundido na Idade Média. Segundo a lenda, havia um mapa com o caminho para este país onde não havia trabalho e o alimento era abundante. Vivia-se entre rios de vinho grego, colinas de queijo e plantações de frango assado e chuvas de ouro, diamante e ravióli. Mas, a realidade era outra. Na época da imigração, por volta de 1890, camponeses pobres partiram da Itália e chegaram até a Serra Gaúcha, onde se depararam apenas com a mata virgem. A partir desses contornos fabulescos, o curta-metragem remonta, através do testemunho de netos e bisnetos de imigrantes italianos, a construção deste novo mundo alicerçado na fé e no trabalho, mostrando que os descendentes construíram o País da Cocanha que seus antepassados sonhavam encontrar.

O diretor do filme, Juliano Carpeggiani, conta que optou por abordar a síntese da colonização italiana para valorizar a história real ocorrida na Região. “O filme tem uma visão romântica, os próprios testemunhos tratam os imigrantes italianos como heróis, como aqueles que conseguiram prosperar diante das adversidades. Em toda a narrativa se percebe o orgulho das pessoas em serem descendentes", comenta.
O curta tem a participação de Lucas Molon, Domingos e Giacomina Caldart e Marino Baggio. O livreiro e ator de teatro e cinema, Arcângelo Zorzi Neto (o Maneco) é o narrador do filme. O roteiro é de Gissely Lovatto Vailatti, a montagem de Jardel Machado Hermes, a produção de Letícia Friedrich e a direção de fotografia é de Matheus Massochini. A Sona Produtora assina o desenho de som e a música composta em homenagem a Federico Fellini é de Rodrigo Marcon e Ricardo Mabília. A animação ficou por conta de Elias Carpeggiani.

Série 'Vindima da Imagem'

O País da Cocanha é um dos 10 curtas-metragens que integram a série Vindima da Imagem sobre imigração italiana. Os documentários foram financiados por meio do projeto URB-AL da União Européia, que instalou em 2007 na Serra Gaúcha o Núcleo de Produção Audiovisual Flores da Cunha/Brasil. A Cosmonauta Filmes, produtora que tem Carpeggiani entre os sócios, prepara um website do filme para disponibilizar, via streaming, o curta na íntegra, nas versões original e legendado em italiano. O trailer do filme está disponível no site www.cosmonautafilmes.com.br/cocanha.

Abaixo, o cartaz do curta-metragem e o diretor Juliano Carpeggiani (foto / Edson Pereira / Divulgação)

 - Foto Extraída do documentário / Divulgação
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