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Cuidados com a dengue

Flores da Cunha está entre as 387 cidades infestadas pelo Aedes aegypti no Estado

O coronavírus tem sido a manchete nos noticiários, mas uma outra doença também preocupa as autoridades gaúchas. De janeiro a abril, quatro pessoas morreram por dengue no Estado. Conforme o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), que leva em consideração os dados de 3 a 9 de maio, o Rio Grande do Sul tinha 4.492 casos suspeitos de dengue, 2.649 casos confirmados, sendo 2.281 casos autóctones – contraídos dentro do Estado. São 387 cidades infestadas pelo Aedes aegypti, incluindo Flores da Cunha, dentro da 5ª Coordenadoria Regional da Saúde.

Há registros de 10 casos de larvas do mosquito encontrados na área central e nos bairros próximos. O município intensificou as ações de prevenção com atuação de uma equipe que percorreu as residências, comércio e terrenos baldios para alertar sobre os perigos da doença. A Secretaria da Saúde também alerta a comunidade sobre a importância dos cuidados nas residências, já que 80% dos focos estão dentro das residências.

O que é
A dengue é uma doença febril grave causada por um arbovírus. Arbovírus são vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele.
O transmissor (vetor) da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, mesmo tratada.

Transmissão
A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Após picar uma pessoa infectada com um dos quatro sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas. Há registro de transmissão por transfusão sanguínea.
Não há transmissão da mulher grávida para o feto, mas a infecção por dengue pode levar a mãe a abortar ou ter um parto prematuro, além da gestante estar mais exposta para desenvolver o quadro grave da doença, que pode levar à morte. Por isso, é importante combater o mosquito da dengue, fazendo limpeza adequada e não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas, pneus ou outros recipientes que possam servir de reprodução do mosquito Aedes aegypti.
Em populações vulneráveis, como crianças e idosos com mais de 65 anos, o vírus da dengue pode interagir com doenças pré-existentes e levar ao quadro grave ou gerar maiores complicações nas condições clínicas de saúde da pessoa.

Como prevenir
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

Quais são os sintomas
Febre alta acima de 38.5ºC, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. 
A infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. 

Dengue tem cura?
A dengue, na maioria dos casos, tem cura espontânea depois de 10 dias. A principal complicação é o choque hemorrágico, que é quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração perca capacidade de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas graves em vários órgãos e colocando a vida da pessoa em risco. Como toda infecção, pode levar ao desenvolvimento da Síndrome de Gulliain-Barre (doença em que o sistema imunológico ataca os nervos), encefalite e outras complicações neurológicas
Não existe tratamento específico para a dengue. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico.
A assistência em saúde é feita para aliviar os sintomas. Estão entre as formas de tratamento: fazer repouso; ingerir bastante líquido (água); não tomar medicamentos por conta própria; hidratação pode ser por via oral (ingestão de líquidos pela boca) ou por via intravenosa (com uso de soro, por exemplo).

Fontes: Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde.

 - Divulgação  -
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