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Consepro ganhará plano de gestão

Centro Empresarial de Flores da Cunha encaminhará projeto com prazo de conclusão de três meses. Proposta vem de encontro ao que planeja a prefeitura

Após alguns meses de negociações, nesta semana a direção do Centro Empresarial (CE) de Flores da Cunha avaliou a possibilidade de assumir a administração do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro). Conforme o presidente do CE, empresário Vanderlei Dondé, ficou decidido que nos próximos 90 dias a entidade desenvolverá um planejamento estratégico para o Consepro e que somente assumirá a direção se o prefeito Lídio Scortegagna (PMDB) concordar com o conteúdo do material. “Esse será um projeto de gestão do Conselho e não de gestão sobre a segurança pública do município”, frisa Dondé.

Segundo ele, a intenção é envolver no projeto pessoas e entidades que tenham uma relação próxima com a questão da segurança, ou seja, criar um conselho composto pela Brigada Militar (BM), Polícia Civil, Ministério Público (MP), Poder Judiciário, prefeitura, entidades, clubes de serviços e representantes da comunidade. “A missão do Centro Empresarial não é administrar o Consepro. A nossa atividade é empresarial. Não entendemos de segurança pública. Então, vamos pedir a colaboração de quem entende do assunto para nos auxiliar. Quem assumirá o Consepro será o Conselho e cada representante terá uma função”, explica.

Para Dondé, o Consepro precisa deixar de ser apenas um ‘pagador de contas’, como vem ocorrendo. “Nós gostaríamos que esse Conselho dialogasse e representasse mais a comunidade. Temos que prestar contas do que é feito dentro da entidade, bem como buscar apoio da sociedade e do governo para as muitas ações. Precisamos juntar forças para termos mais representatividade. Se tivermos uma entidade consolidada, tenho certeza que teremos apoio de diversos segmentos”, opina o empresário, destacando que a ideia é promover reuniões periódicas do Conselho para discutir ações e buscar soluções. Pelos próximos três meses, o atual presidente do Consepro, Daniel Gavazzoni, continua à frente da entidade.

O plano de Dondé vem ao encontro da proposta do prefeito Lídio, já explanada em um encontro em abril e reforçada na noite de 14 de maio: centralizar uma série de ações no município por meio do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), incluindo os órgãos e entidades já citados pelo empresário. A equipe de Lídio pretende formatar a lei que cria o GGI.

Pesquisa revela necessidades do empresariado florense
Uma pesquisa realizada pelo Centro Empresarial (CE) e divulgada nesta semana mostra que a segurança pública está entre as principais preocupações do empresariado florense. Em segundo lugar surge a questão da falta de mão de obra qualificada nas empresas e a necessidade de investimentos para possibilitar a capacitação. O terceiro ponto mostra que a criação de um loteamento industrial não é uma reivindicação da maioria.

Conforme o questionário aplicado aos associados, os empresários demonstraram interesse em um loteamento, porém, quando perguntados se comprariam uma área, a resposta da grande maioria foi negativa. “O importante seria que o nosso Plano Diretor destinasse áreas onde fosse possível a construção de fábricas, áreas que cumpram com todas as legislações ambientais. Porém, acreditamos que esse não seja o momento para isso. Talvez, no futuro, pode ser que haja a necessidade de realizar uma pesquisa mais aprofundada com o grupo que tem interesse em adquirir um terreno”, pontua o presidente do CE, Vanderlei Dondé.

Mediante os resultados da pesquisa, o Centro entende que o próximo passo é conversar com a administração pública para que o recurso do Fundo Municipal do Turismo, Indústria, Comércio e Serviços (cerca de R$ 1 milhão), que inicialmente seria destinado para a criação de um loteamento industrial, seja aplicado na construção de uma escola profissionalizante do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Flores da Cunha. “A pesquisa não deixa dúvida de que necessitamos formar mão de obra. Então, a nossa sugestão é que esse dinheiro, ou parte dele, seja aplicado nisso. Na próxima semana contataremos o Senai, que já demonstrou interesse em se instalar na cidade. Depois iremos criar um projeto dos cursos e apresentar ao prefeito”, afirma.

A ideia do CE é que a estrutura da unidade florense contemple uma escola âncora, possivelmente do setor moveleiro, além de cursos de treinamentos para os demais setores. O Senai seria responsável pela administração da escola, a prefeitura entraria com o aporte financeiro para a construção do prédio e compra da área e o CE encaminharia, com as empresas, os alunos a serem capacitados.

Plano de Dondé (E) vai de encontro ao do já apresentado pelo prefeito Lídio (D). - Arquivo O Florense
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