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A empresa Prosul Empreendimentos, vencedora da licitação para executar as obras do Parque Linear em Flores da Cunha, concluiu na semana passada a primeira etapa dos trabalhos na área de preservação permanente (APP), onde residiam de forma irregular 80 famílias e que foram transferidas para as unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida, no bairro União. Em locais às margens do Arroio Curuzu, ocupados pelos antigos moradores, o espaço foi totalmente recuperado, dando lugar a um ambiente alternativo de recreação, com acesso para pedestres e ciclistas por 400 metros ao longo do bairro São Pedro, calçamento com bloquetos de concreto, espaço destinado a recreação infantil, academia ao ar livre e bicicletário, entre outros atrativos.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social, Ricardo Espíndola Silva, a execução completa do projeto depende da remoção de pelo menos mais duas moradias das quatro que permanecem em área de proteção permanente, onde está prevista a instalação de uma passarela metálica sobre o Arroio Curuzu. Além disso, a próxima etapa prevê a conclusão da ciclovia e pista para caminhadas. A primeira etapa, que corresponde a 70% da obra, teve investimento de R$ 600 mil. O projeto tem custo total de R$ 850 mil com recursos do Ministério das Cidades e contrapartida da prefeitura florense.

Segundo o secretário, não há previsão para a conclusão da obra, pois o caso que se arrasta por mais de dois anos depende de decisão da Justiça. “Queremos fazer o quanto antes”, define Espíndola. A finalização depende de acordo com as famílias remanescentes, uma vez que ainda não uma decisão do Judiciário sobre a questão. Conforme o secretário, o impasse deve estar resolvido ainda no primeiro semestre de 2018. A prefeitura pretende apresentar uma proposta de compensação aos proprietários de casas construídas em área de preservação para que deixem o local, em troca por outro imóvel. O lote com casa a ser oferecido fica no loteamento popular no bairro de Nova Roma. De acordo com Espíndola, o valor do imóvel que será oferecido equivale a um apartamento do Residencial Flores da Cunha, no União. “Não podemos ter tratamento diferenciado com os que já se mudaram e os que ainda permanecem no Pérola”, esclarece.