Comunidades e Bairros: À espera do desenvolvimento
Região de São João Batista e comunidades vizinhas sofrem com a migração da população local
O oposto de Nova Roma. Os travessões Cavour, Claro e Gavioli, mais conhecidos como as comunidades de São João, Santa Bárbara, São Caetano e São Valentin, são localidades pitorescas, cheias de encanto e belezas naturais. Locais que permaneceram com suas características da imigração italiana, mas que tiveram uma migração de famílias para a região de Caxias do Sul – a localidade não se desenvolveu populacionalmente como Nova Roma. “São João e as comunidades vizinhas não foram tão prósperas economicamente por não ter tido tantas indústrias. Outro problema foi a venda de terras das famílias locais para serem chácaras. Isso enfraqueceu a comunidade, pois diminuiu os moradores de fato daqui”, relata o jovem Alex Eberle, morador da localidade que destaca: “Tudo aqui não foi para frente. Faltou lideranças”.
Conforme Eberle, economicamente a região é forte na agricultura, na avicultura e nas indústrias de bebidas, de madeiras e concretos.
O início
O Travessão Cavour (São João Batista) recebeu os primeiros imigrantes em 1881. A localidade pertencia à 11ª Légua e recebeu o nome em homenagem ao Conde de Cavour, Camillo Benso, estadista italiano e companheiro de Giuseppe Garibaldi na unificação da Itália.
As primeiras famílias a se estabelecerem no Travessão foram: Daroz, Candiago, Cambarlatto, menegon, Zanvetore, Bett, Bordin, Longui, Dal Bó, Bogotto, Folle, Decarli, Soldera, Zim, Rizzo, Colloda, Debórtolli e Rigoni. Mais tarde vieram as famílias Baldissera, Hecher, Peretto, Maurina, Renon, Schiavenin, Perin, Letti, Alessi, Argenta, Mascarello e Libano – informações retiradas do livro ‘Os 110 anos da Capela São João Batista – Travessão Cavour’.
Já no Travessão Claro, Comunidade de São Caetano, os primeiros imigrantes chegaram em 1878, sendo a comunidade fundada em 1895. Anos mais tarde, em 1964, surgiu a comunidade de Santa Bárbara, pertencente ao mesmo travessão, uma das comunidades mais jovens do interior de Flores da Cunha. Seu surgimento se deu pela dificuldade de acesso à comunidade vizinha de São Caetano. Entre os fundadores: Francisco Marcelino Eberle (in memoriam). Com o surgimento da nova comunidade, muitas famílias saíram de São Caetano enfraquecendo o espírito comunitário, que foi reconstruído no início dos anos 2000.
O Travessão Gavioli (São Valentin) é a mais distante das quatro capelas. No início, a comunidade compreendia as localidades de Nossa Senhora da Saúde, Santa Luzia, Nossa Senhora Imaculada e Pedancino. As primeiras famílias a se estabelecerem no local foram Dall’Alba, Rech, Suzin, Trentin, Bertin, Novello, Marcante e Bonatto.
0 Comentários