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Comunidades: A união para desenvolver a comunidade

Moradores de Sete de Setembro lutam para manter aceso o engajamento comunitário

O Travessão Sete de Setembro faz parte da 16ª légua do traçado da antiga Colônia de Caxias. Os primeiros moradores tiveram, como ocorreu em toda parte, muitas dificuldades e problemas de toda ordem, mas não faltou para eles dedicação, trabalho e força de vontade e, assim, constituíram comunidades fortes e prósperas, como Sete de Setembro. 
Muitos dos descendentes dos moradores antigos ainda hoje habitam no travessão, como é o caso da família Mascarello e Guaresi. Atualmente a localidade é bastante desenvolvida e, apesar do trabalho contínuo e cansativo, os habitantes podem desfrutar de todos os recursos do meio urbano. “Aqui fica bem perto da cidade, em um instante estamos lá. Temos recolhimento de lixo, luz, água. Não temos queixas. O que reivindicamos nos últimos tempos foi uma academia ao ar livre”, conta a moradora e integrante da comissão administrativa da localidade, Dejanira Andretta Guaresi, 61 anos. 
A sede da comunidade é constituída por um conjunto de edificações. Uma nova e artística igreja cuja padroeira é Nossa Senhora das Dores ocupa a parte central (1985) – a primeira igreja, construída de madeira, é do ano de 1943. Ao lado está situada a antiga Escola Municipal Domingos Sávio que atendia alunos da comunidade e arredores. A comunidade de Sete de Setembro também é servida por um amplo e moderno salão para festas e jogos diversos. 
Há 32 anos morando no Travessão, Dejanira lembra de uma comunidade unida, que perpetua até hoje. “Eu e meu marido sempre fomos engajados com a comunidade. Lembro que no salão, quando tinham festas, tinha só uma pia com uma torneira para as mulheres lavarem a louça. As mulheres sofriam muito, era uma cozinha precária. Depois, a comunidade foi ajeitando”, conta ela, que iniciou sendo catequista e o marido bodegueiro. “Depois eu sai da catequese e nós fomos festeiros, eu entrei para o grupo de canto e meu marido continua sendo bodegueiro. Agora estamos na diretoria. Em praticamente 30 anos eu não parei nenhum minuto, sempre participei da comunidade de uma maneira ou de outra”, diz. 
A construção do salão comunitário iniciou em 1991, com a colaboração de todos os moradores.
“A nossa geração está ficando com mais idade e os jovens relutam em assumir certos compromissos. O único problema que vejo é esse. Teria que começar a assumir gente jovem, não só sempre os mesmos”, finaliza.
A capela e as outras dependências do Travessão ficam situadas no início de Sete de Setembro e termina nos fundos da capela São Liberal – Serra Negra.

 A igreja de Sete de Setembro, cuja padroeira é Nossa Senhora das Dores.

 

 

 

 

 

Ao lado da igreja, a Escola Domingos Sávio desativada.   

 

 

 

 

 

 A igreja de Serra Negra, Capela São Liberal,  foi constituída em 1971.

 

 - Gabriela Fiorio
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