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Como socializar os cães

Veja algumas dicas sobre educação para os pets

Este assunto é, talvez, o mais relevante de todos na educação do cão de estimação. A socialização é tornar o animal sociável e acostumado com os diversos estímulos a que estamos submetidos em uma vida em sociedade. Vamos imaginar um filhote de três meses saindo de casa pela primeira vez. Tudo é novo e pode ser assustador. Essa idade está inserida no que chamamos de ‘Primeira fase do medo’. Podemos dizer que seria equivalente ao período em que um filhote de lobo sai da toca pelas primeiras vezes. Quanto mais rápido ele aprender o que é perigoso, maiores são as chances de sobreviver.

É necessário termos muita paciência nesse momento para entendermos os medos e trabalharmos para que eles não se desenvolvam. Em situações normais, daquilo que ficar ‘imprintado’ (gravado) como sendo perigoso, o cãozinho poderá fugir ou atacar para o resto da vida. Por isso uma socialização ativa ocorre quando o cão interage de forma saudável e agradável com os estímulos. Confira algumas dicas:

1. O primeiro passo é comprar seu cãozinho apenas depois de sessenta dias de idade. Ele precisa ficar até pelo menos sessenta dias com a mãe e irmãos. Não recomendamos comprar filhotes que não conviveram até esta idade.

Essa primeira fase de socialização é muito importante. O filhote aprenderá a linguagem canina básica (sim, ela existe!) com a mãe e os irmãos. Um filhote que passou bastante tempo nesse ambiente raramente vai ser do tipo que, brincando, morde os braços dos donos até machucar. Costumam ser muito mais equilibrados e fáceis de treinar, cedem com mais facilidade, são menos insistentes e aceitam melhor as propostas de treino.

2. Brincar com cães equilibrados, que gostem de outros cães, que não apresentem agressividade e dos quais seus donos tenham o mínimo controle. Ok, essa tarefa já é um desafio, mas existem cães assim. Opte por filhotes de amigos, ou cães que estão acostumados ao convívio pacífico com outros cães em praças, viagens, etc. Evite aqueles que apenas ‘suportam’ a presença de outros cães, mas na hora de interagir costumam dar aquele aviso ‘Aufff’ para o cãozinho se afastar. Você precisa colocá-los juntos de duas a três vezes por semana.

Escolha um local cercado e sem interferência de outros estímulos (que possam assustar) e de outros cães. Deixe-os brincar bastante, até cansar. Supervisione a brincadeira para que não se machuquem ou um não ‘abuse’ da boa vontade do outro. Nunca grite, brigue ou ameace, ao invés disso, oriente. Se o filhote está se excedendo, vá até ele e o afaste levemente do outro, quantas vezes forem necessárias para que ele se acalme um pouco e descubra que desta forma a brincadeira acaba. Se encontrar outros filhotes, coloque todos juntos e caso isso não seja possível, faça a ‘procissão’ com o seu, de casa em casa, o máximo de vezes que conseguir. Muitas pessoas aconselham a deixarem os cães “se resolverem”. Esta opção é, sem dúvida, uma das piores encontradas. Assim como supervisionamos crianças e não deixamos que briguem entre si, não podemos deixar que isso ocorra com nossos cães. Certamente ele associará a presença de outros cães com apanhar ou bater.

3. Associe positivamente com petiscos (carinho não é suficiente nessa fase) no passeio, a passagem por portões com cães agressivos ou latindo e cães que passem na guia com seus donos. Pare a uma distância segura (que ele não apresente sinais de medo) e ofereça petiscos. Pode também induzir os comandos que ele já está aprendendo (já está, ne?), como ‘senta’, ‘deita’, ‘dá a patinha’. O desempenho, neste momento, é irrelevante. O objetivo é conseguir que se concentre em nós enquanto o outro cachorro do portão se esgoela ou passa na guia. Crie uma lista de estímulos, por exemplo: ônibus, motos, caminhão de lixo/gás, outros animais, pessoas que se aproximam com bolsas, chapéu, guarda-chuva, capa de chuva, etc. Andar 20 minutos no meio de multidões já é um exercício mental imenso, que vai deixá-lo exausto. Sempre faça associações positivas.

4. Além de oferecer petiscos para seu cão na presença das pessoas de diferentes idades, etnias e alturas, peça para essas pessoas oferecerem petiscos para ele.Ter um cãozinho socializado dá trabalho, mas, ao final, você dificilmente terá problemas de agressividade e medo e ainda terá um cãozinho equilibrado por toda a vida. Um cão bem socializado consegue ser seguro o suficiente para resolver suas ‘questões’ sem precisar usar agressividade. Na maioria dos casos, a agressividade é fruto do medo daquilo que o cão não conhece ou possui uma associação ruim e quer repelir.

Socialização é tornar o animal sociável e acostumado com os diversos estímulos a que estamos submetidos em uma vida em sociedade, com pessoas também diferentes. - Tudo de Cão/Divulgação
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