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Como está o transporte coletivo em Flores

Reportagem d’O Florense utilizou o serviço e conversou com usuários para conhecer as demandas

Moradores do bairro Nova Roma, Ivo Bach, 73 anos, aposentado, e a esposa Maria Elci Bach, 71, também aposentada, utilizam o transporte coletivo toda a semana. Para o casal, o ônibus é de extrema importância, principalmente em virtude dos horários. “Tem bastante gente reclamando, mas o serviço já melhorou. Sabemos das dificuldades da empresa e precisamos do transporte. Além disso, tem muitos que não pagam”, revela Bach. 
Depois de estudos de viabilidade, contratações e prazos vencidos, em 26 de fevereiro de 2013 Flores da Cunha passou a contar com o transporte público coletivo. Apesar de ter adquirido passageiros nesse período, o serviço prestado pela empresa Expresso Kurz ainda disputa espaço com utilitários que transportam usuários irregularmente. Conforme o proprietário da empresa, Mauro Kurz, essa concorrência interfere diretamente na qualidade do serviço fornecido à população. “O transporte clandestino continua muito forte no município e isso atrapalha demais o nosso movimento. Sem o lucro esperado, não conseguimos renovar a frota e fazer as melhorias necessárias nos ônibus”, aponta. O empresário conta que atende as notificações feitas pela prefeitura, mas, em contrapartida, é preciso fiscalização. “Os horários de maior tráfego de passageiros são das 7h às 8h, das 11h30min às 13h30min e das 17h às 19h. Nesses períodos nós não carregamos praticamente ninguém, porque a nossa passagem é legalizada pelo município a R$ 3,20 e o pessoal sai para a rua e cobra R$ 1,50, R$ 2 ou R$ 3 e isso acaba nos prejudicando”, afirma Kurz. 
O transporte coletivo conta com quatro linhas e 13 itinerários e conduz em torno de cinco mil pessoas por mês. A estimativa prevista na licitação inicial era de 26 mil usuários mensais. Nos últimos dias, reclamações sobre o serviço chegaram até o legislativo e à prefeitura florense. Segundo a secretária de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito, Ana Paula Ropke Cavagnoli, as queixas são referentes ao não cumprimento de horários, atrasos e qualidade dos ônibus. “Já recebemos muitas reclamações e notificamos a empresa, mas isso está recorrente. A gente fiscaliza dento do que é possível (o serviço é de concessão da empresa terceirizada)”, declara Ana Paula.
De acordo com um usuário que prefere não se identificar, alguns veículos da frota não são adequados ao padrão exigido para o transporte urbano. “Eles estão velhos e frequentemente estragam”, diz. Além disso, o passageiro relata que há bastante atraso em relação aos horários. “Já aconteceu de ficar a pé”, conta.   
Na semana passada, a Secretaria de Planejamento solicitou ao Expresso Kurz os documentos dos veículos para que a prefeitura possa realizar a vistoria na frota. Atualmente, a empresa utiliza três ônibus que transportam de 34 até 49 passageiros sentados. 

O que dizem os passageiros
A reportagem d’O Florense utilizou o serviço esta semana na linha Centro-Nova Roma e conversou com alguns passageiros que não quiseram se identificar. Conforme os usuários entrevistados – alguns deles pegam o ônibus diariamente – a mobilidade melhorou muito após a implantação do transporte coletivo. “Antes ficava difícil ir ou voltar da cidade em alguns horários”, contam. Sobre as reclamações, os passageiros afirmam que às vezes há atrasos e que já ocorreu situação em que o veículo estragou durante o trajeto. “No geral o serviço é bom, mas poderia ter mais horários de ônibus”, destacam. 
Outro impasse
Em 2015, a partir de uma denúncia feita à Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), órgão estadual que regulamenta e fiscaliza o transporte no Estado, a Expresso Caxiense deixou de conduzir passageiros entre São Gotardo e Centro pela linha Caxias do Sul-Flores da Cunha. O motivo da notificação é de que a empresa, por ser uma companhia intermunicipal, só poderia transportar pessoas de uma cidade para outra e estaria fazendo o serviço de concessão do Expresso Kurz. 

Serviço

Tarifa única: R$ 3,20
Tarifa estudantil: R$ 1,60
 
1A) Nova Roma – Centro: 13h30min – 16h20min;
1B) Centro – Nova Roma: 13h10min – 16h;
1C) Circular Integração – Lado Direito (Saída de Monte Bérico): 6h20min – 12h20min;
Lado Esquerdo (Saída do terminal): 11h20min – 17h20min;
 
2A) Centro – São Gotardo (Saída da Av. 25 de Julho, pórtico, RS 122 e Rua Milano)
De segunda a sexta-feira:  6h30min– 8h50min – 9h25min – 10h25min – 11h25min – 12h55min – 13h55min – 14h55min – 15h55min – 16h55min – 18h – 19h05min
 Sábados: 7h30min – 9h45min – 11h25min – 12h55min – 14h55min – 17h30min 
2B) São Gotardo – Centro (Saída da Rua Milano, RS 122, pórtico, Av. 25 de Julho, Rua Borges de Medeiros, Av. 25 de Julho). 
De segunda a sexta-feira:  7h30min – 9h – 9h40min – 10h40min – 12h – 13h20min – 14h20min – 15h20min – 16h20min – 17h20min – 18h2min
Sábados: 7h45min – 10h – 11h45min – 13h20min – 15h20min – 17h45min 
 
3A) AABB – Centro, via RS 122 passando pelo bairro União: 7h45min – 14h35min;
3B) Centro – AABB, via RS 122, passando pelo bairro União: 7h20min – 14h;

4A) Centro – Otávio Rocha, passando pelo bairro União (Saída Av 25 de Julho, Rua Dr. Montaury, Rua da Paz, Rua Heitor Curra, Rua Dom Pedro I, Rua João XXIII, Rua Flores da Cunha, Rua Anúncio Curra, RS 122, Pérola – Linha 80, Otávio Rocha, Travessão Carvalho): 6h10min – 11h50min – 17h35min;
4B) Otávio Rocha – Centro, passando pelo bairro União (Saída Travessão Carvalho, Otávio Rocha, Linha 80, Pérola, RS 122, Rua Anúncio Curra, Rua Flores da Cunha, Rua João XXIII, Rua Dom Pedro I, Rua Heitor Curra, Rua da Paz, Rua Dr. Montaury, Rua Borges de Madeiros, Av 25 de Julho): 6h45min – 12h30min – 18h15min;
4C) Alfredo Chaves, próximo à vinícola Terrasul – Centro: 8h30min;
4D) Centro – Alfredo Chaves, próximo à Vinícola Terrasul: 8h10min;
4E) São Roque – Centro, passando pelo Granja União: 7h45min;
4F) Centro – Até São Roque, passando pelo Granja União: 7h35min.

Mais informações com a Empresa Kurz pelo telefone (54) 3292-5461 ou na Rua 14 de Julho, 2234 – Bairro Colina de Flores.
 

Transporte público atende a cinco mil pessoas por mês. - Bruna Marini
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