Clima propício ao desenvolvimento do borrachudo
Alta incidência do inseto em áreas urbanas e no interior motivou trabalho em comum entre Flores da Cunha e prefeituras da região
A combinação de chuvas contínuas, umidade e um inverno com temperaturas acima da média contribuiu para a proliferação de um inseto pouco querido pelas pessoas – o mosquito borrachudo, que não está dando trégua tanto nas cidades como nas áreas rurais. Essa alta incidência fez com que a Secretaria da Agricultura e Abastecimento de Flores da Cunha, em conjunto com secretarias de Farroupilha, São Marcos, Nova Roma do Sul, Pinto Bandeira, Nova Pádua, Caxias do Sul, Carlos Barbosa e Bento Gonçalves, desenvolvesse um calendário em comum para inibir a proliferação do borrachudo. Aplicações de BTI – um bioinseticida desenvolvido a partir de uma bactéria específica para controlar insetos e que não prejudica a saúde das pessoas, dos animais e das plantas – visam evitar o deslocamento dos borrachudos entre um município e outro.
Ele é inconveniente e seu tamanho não condiz com o incômodo de uma picada. A incidência dos borrachudos desde que as temperaturas começaram a aumentar chamou a atenção não somente de quem mora em áreas mais arborizadas, próximo a arroios ou na colônia – o borrachudo está por toda a parte. “O frio é um dos métodos de controle do mosquito e como o último inverno foi fraco, não houve uma queda populacional expressiva como acontecia em outros anos. Além disso, a chuva acima da média favorece a reprodução desses insetos”, explica o engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura de Flores da Cunha, Marcelo Masiá.
Além disso, diferente do mosquito Aedes aegypti – vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus, e que precisa de água parada para se reproduzir (leia abaixo), o borrachudo se procria em água corrente. “Ele se cria mais no interior em função de ter uma quantidade maior de cursos d’água. Como é um bicho leve, migra com facilidade para as cidades”, complementa Masiá.
Tarefa em conjunto
As aplicações em comum do BTI em diversas cidades por calendários organizados ajudam a evitar o deslocamento do borrachudo entre um município e outro, além de tornar mais eficiente a ação do bioinseticida, já que são cidades próximas e que dividem os mesmos recursos aquíferos. A previsão é que a primeira aplicação do ano seja realizada ainda em fevereiro. Além disso, a Secretaria de Agricultura florense planeja reduzir o intervalo entre as aplicações, antes feitas em média a cada três meses. “Precisamos aumentar as aplicações e torcer para que o inverno seja mais prolongado”, adianta o engenheiro agrônomo. Os municípios de Vale Real, Alto Feliz e São Vendelino também integram a ação coletiva contra o borrachudo.
E para que o mosquito não seja o protagonista de outros verões, a população também deve ajudar. Nas propriedades rurais, onde o inseto é mais encontrado, a orientação é que rios e arroios sejam mantidos sempre limpos, assim como preservar as matas ciliares. “Isso faz com que aves e peixes se alimentem da larva do borrachudo. É um ciclo importante para evitar a proliferação, além de tornar o efeito do BTI mais eficiente”, destaca Masiá.
Saiba mais sobre o borrachudo
– O ciclo de vida do borrachudo ocorre em ambientes diferentes: no terrestre se desenvolve o adulto alado; e no aquático são encontrados ovos e larvas. A duração de cada estágio do ciclo de vida está na dependência de inúmeros fatores, como espécie, temperatura e alimentação disponível. Adultos podem sobreviver até 39 dias.
– Em baixas temperaturas, de 8°C a 10°C, as fêmeas adultas permanecem em letargia. Só a partir de 12°C a 15°C começam a atividade de voo.
– Com a ajuda do vento, a capacidade de voo do adulto pode chegar a até 100 quilômetros, transferindo-se de um local para outro.
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS).
Ele é inconveniente e seu tamanho não condiz com o incômodo de uma picada. A incidência dos borrachudos desde que as temperaturas começaram a aumentar chamou a atenção não somente de quem mora em áreas mais arborizadas, próximo a arroios ou na colônia – o borrachudo está por toda a parte. “O frio é um dos métodos de controle do mosquito e como o último inverno foi fraco, não houve uma queda populacional expressiva como acontecia em outros anos. Além disso, a chuva acima da média favorece a reprodução desses insetos”, explica o engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura de Flores da Cunha, Marcelo Masiá.
Além disso, diferente do mosquito Aedes aegypti – vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus, e que precisa de água parada para se reproduzir (leia abaixo), o borrachudo se procria em água corrente. “Ele se cria mais no interior em função de ter uma quantidade maior de cursos d’água. Como é um bicho leve, migra com facilidade para as cidades”, complementa Masiá.
Tarefa em conjunto
As aplicações em comum do BTI em diversas cidades por calendários organizados ajudam a evitar o deslocamento do borrachudo entre um município e outro, além de tornar mais eficiente a ação do bioinseticida, já que são cidades próximas e que dividem os mesmos recursos aquíferos. A previsão é que a primeira aplicação do ano seja realizada ainda em fevereiro. Além disso, a Secretaria de Agricultura florense planeja reduzir o intervalo entre as aplicações, antes feitas em média a cada três meses. “Precisamos aumentar as aplicações e torcer para que o inverno seja mais prolongado”, adianta o engenheiro agrônomo. Os municípios de Vale Real, Alto Feliz e São Vendelino também integram a ação coletiva contra o borrachudo.
E para que o mosquito não seja o protagonista de outros verões, a população também deve ajudar. Nas propriedades rurais, onde o inseto é mais encontrado, a orientação é que rios e arroios sejam mantidos sempre limpos, assim como preservar as matas ciliares. “Isso faz com que aves e peixes se alimentem da larva do borrachudo. É um ciclo importante para evitar a proliferação, além de tornar o efeito do BTI mais eficiente”, destaca Masiá.
Saiba mais sobre o borrachudo
– O ciclo de vida do borrachudo ocorre em ambientes diferentes: no terrestre se desenvolve o adulto alado; e no aquático são encontrados ovos e larvas. A duração de cada estágio do ciclo de vida está na dependência de inúmeros fatores, como espécie, temperatura e alimentação disponível. Adultos podem sobreviver até 39 dias.
– Em baixas temperaturas, de 8°C a 10°C, as fêmeas adultas permanecem em letargia. Só a partir de 12°C a 15°C começam a atividade de voo.
– Com a ajuda do vento, a capacidade de voo do adulto pode chegar a até 100 quilômetros, transferindo-se de um local para outro.
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS).
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