Chuva em excesso expõe problemas estruturais
Temporal que desabou sobre a Serra Gaúcha no dia 25 teve como consequência mais grave a morte de uma pessoa em Flores da Cunha. Prefeitura prevê a realização de obras emergenciais para evitar alagamentos em pontos considerados problemáticos
O temporal que desabou sobre a Serra Gaúcha no final da tarde do dia 25 de fevereiro causou danos que ainda estão sendo contabilizados. Em Flores da Cunha foi registrado o caso mais grave da enxurrada: a morte do taxista Olásio Minetto, 57 anos, que teve o carro levado pelas águas do Arroio Curuzu, o qual corta a localidade de São Cristóvão, na área sul do município. Especificamente em Flores, o excesso de chuva (em determinadas regiões chegou a ser contabilizada uma precipitação de 190mm, sendo que a média mensal é de 142mm) expôs problemas estruturais que merecem – e têm recebido, segundo o prefeito Ernani Heberle (PDT) – atenção do poder público.
A maioria dos chamados atendidos pelo Corpo de Bombeiros foi originada nas regiões das comunidades de São Cristóvão, Pérola e prolongamento da Avenida 25 de Julho. Na manhã do dia 27 o prefeito convocou uma reunião para pontuar algumas ações. “Num primeiro momento as equipes da administração atuaram na limpeza de ruas e avenidas, bem como nas margens de rios e arroios e nas proximidades de pontes. “Estamos fazendo um levantamento de custos para novas obras. Iniciamos a colocação de tubos com 1,5m de diâmetro nas proximidades da empresa Ditrento, porém, a chuva acabou prejudicando o trabalho”, explica Heberle.
Num primeiro momento, o prefeito conta que a água oriunda do loteamento Parque dos Pinheiros será escoada em paralelo à Avenida 25 de Julho, pela faixa de domínio, até depois da Fábrica de Móveis Florense, para depois desaguar no Arroio Curuzu. “Dessa forma acreditamos solucionar o problema de vazão nas proximidades da Ditrento”, pontua. A estimativa é investir R$ 600 mil nessa ação, que teria o projeto “praticamente pronto”.
Em São Cristóvão, o prefeito lembra que será inevitável alargar o leito do arroio e da galeria existente. Será verificado junto à comunidade uma solução. “Talvez alguns muros devam ser recuados, mas reforço que essa é uma decisão a ser tomada em conjunto com os moradores”, complementa o chefe do Executivo. Um projeto semelhante ao desenvolvido em Caxias do Sul no Arroio Tega, no bairro São José, com o alargamento do leito com placas de concreto, foi descartada devido ao custo muito elevado.
Em São Valentin (Parada Cristal) também foram registrados problemas. Dois canos colocados na ponte não suportaram a vazão da água junto à ponte. Resultado: a via recentemente pavimentada está interditada – ocorreram danos no asfalto e na ponte. A estrutura será avaliada por técnicos até que uma ação seja desenvolvida. No loteamento Pérola, a solução aguarda pelo reassentamento de famílias. O novo loteamento com 82 casas no bairro União ainda depende de licitação. “Ainda na Avenida, pretendemos licitar a contratação de uma empresa para fazer o projeto do novo Acesso Sul, o que contempla o Plano de Escoamento Viário, alargando a 25 de Julho, deixando-a com duas pistas em cada sentido, com ajardinamento e demais obras de infraestrutura”, prevê o prefeito.
Corpo de taxista foi resgatado na manhã de domingo
Além dos inúmeros danos materiais, a chuva forte do último final de semana causou uma morte e deixou uma pessoa ferida em Flores da Cunha. O taxista Olásio Minetto, 57 anos, foi levado pela correnteza do Arroio Curuzu com seu veículo, o Prisma placas ISJ-1149, na localidade de São Cristóvão. O taxista levava a namorada para socorrer a irmã, que teve a casa invadida pelas águas da chuva. O arroio passa pela comunidade e cruza a Avenida 25 de Julho, ao lado da Fábrica de Móveis Florense, transbordou no trecho da Rua do Português e arrastou o veículo.
A costureira Líbera Silveira Sgarioni, 45 anos, conseguiu sair do carro, foi levada pelas águas por dentro de uma galeria por mais de 300 metros e foi resgatada por populares. Ela sofreu ferimentos na cabeça e medicada no Hospital Fátima. O corpo do taxista só foi resgatado 14 horas depois do acidente, às 9h30min de domingo, distante 350 metros de onde caiu. Ele estava dentro do carro, preso ao cinto de segurança. Cerca de mil pessoas acompanharam o trabalho dos bombeiros de Flores e de Porto Alegre às margens do arroio.
O corpo de Minetto foi velado na comunidade de São Gotardo, onde residia, e sepultado no cemitério da localidade na manhã de segunda-feira, dia 27. Ele deixa uma filha, Sabrina, de 25 anos, e trabalhava como taxista em São Gotardo havia cinco anos. Procurados pela reportagem do O Florense, familiares de Líbera informaram que ela não falaria sobre o caso.
Problema conhecido há 20 anos em São Cristóvão
As chuvas do último sábado, dia 25, assustaram a população florense, que até então não viu tamanha quantidade de água. Entre os locais mais afetados está a comunidade de São Cristóvão. Nas proximidades do Arroio Curuzu os moradores da comunidade sofrem há anos com inundações.
Além de moradores, o local próximo ao Estádio Tio Hugo, do São Cristóvão, conta com diversas empresas que tentaram de diversas maneiras driblar a água e diminuir os prejuízos. Na Metalúrgica Salvador, parte da parede de tijolos foi quebrada para que a água saísse do pavilhão. “A água chegou muito rápido, como eu nunca havia visto”, conta a proprietária da empresa, Justina Salvador. Ela conta que as máquinas foram erguidas para evitar danos, mesmo assim, o local ficou ilhado, como os moradores da antiga Estrada Santa Bárbara. “Toda rua estava inundada. Eu, como outros moradores, fiquei ilhada em casa sem ter como sair nem de um lado nem do outro”, conta.
Segundo Justina, a promessa de melhorar a canalização do local é antiga. Pequenas obras foram realizadas, porém, não dão conta de uma quantidade maior de água. Foram colocados novos canos e uma tubulação mais extensa. “Nas primeiras vezes que entrava água na minha casa eu chorava, não dormia. Agora já vejo que não adianta, não vai melhorar. Não parece, mas a situação é rotineira”, desabafa a moradora.
Justina conta que há anos, na tentativa de acabar com os alagamentos, a família elevou o nível do terreno deixando-o mais alto para tentar evitar a entrada da água. Os pavilhões e a residência, assim como o pátio, foram erguidos. “O pavilhão nunca encheu tanto de água. Além do Arroio Curuzu, recentemente desce água do Monte Belo. É uma cachoeira que para tudo aqui”, relata Justina.
Perdas com a enxurrada ainda estão sendo contabilizadas
Havia anos que moradores de Flores da Cunha, entre outras cidades da Serra, não se deparava com tanta chuva em tão pouco tempo, como a ocorrida no dia 25 de fevereiro. Em algumas partes do município choveu mais do que a média do mês. De acordo com o empresário Luiz Gilioli, o pluviômetro instalado em sua propriedade, na região de Sete de Setembro, apontou um volume de 200 milímetros em pouco mais de três horas de chuva. Conforme o chefe de Escritório da Emater de Nova Pádua, Leonildo Sperotto, no município vizinho o equipamento apontou 160 milímetros no sábado, enquanto o verificado em todo o mês de fevereiro do ano passado foi de 228 milímetros.
Segundo Sperotto, até o meio-dia de terça-feira havia chovido 310 mm no segundo mês de 2012 em Nova Pádua. O secretário Municipal da Agricultura e Abastecimento de Flores da Cunha, Jair Carlin, destaca que as localidades mais atingidas, Travessão Sete de Setembro, São Cristóvão e a área urbana, receberam um volume de água de 180mm a 190mm. “Muitos bueiros não suportaram a vazão e acabaram destruídos devido ao grande volume de água num pequeno espaço de tempo”, aponta.
Durante a chuva torrencial de sábado o Corpo de Bombeiros e a Brigada Militar receberam inúmeros chamados. Os pedidos de ajuda chegaram de todas as partes do município. Na região da localidade de Lagoa Bela, os moradores ficaram praticamente ilhados por causa do alagamento de parte do trecho da estrada secundária no desvio do pedágio e do acesso principal próximo ao loteamento Granja União. Ainda naquela região, o córrego que corta a cidade transbordou e a água avançou sobre um parreiral, alcançando a altura das uvas. “Nunca tinha visto coisa igual em mais de 50 anos de vida”, declarou o agricultor Gabriel Gilioli.
A chuva também castigou moradores do loteamento Pérola, São Cristóvão e do acesso Sul da cidade. No prolongamento da Avenida 25 de Julho, três casas e um pavilhão de uma mesma família foram invadidas pela água. Conforme o fotógrafo Sérgio Dal Alba, 52 anos, o prejuízo deve ultrapassar os R$ 300 mil. Foram atingidas as moradias dele, da filha, um salão de festas da família e o porão onde funciona uma pequena fábrica de móveis.
Além disso, sete automóveis e duas motos sofreram danos. De acordo com a esposa do fotógrafo, Neiva Dal Alba, dos móveis e eletrodomésticos das duas casas apenas um balcão da cozinha foi salvo. “Foi muito forte. A água veio rápido e não deu para salvar nada”, descreveu Sérgio. No porão do pavilhão a água atingiu três metros de altura. Ele destaca que somente retomará as atividades normais depois que o problema de canalização às margens da Avenida 25 de Julho for solucionado. “A gente vai dormir pensando quando será a próxima vez”, lamentou. Apesar dos prejuízos, Dal Alba destaca que o apoio dos amigos foi essencial, o que dá animo para começar novamente. “Graças a Deus tenho a família viva e os amigos, é isso que importa”, sentenciou.
Bombeiros receberam mais de 30 chamados
No final da tarde do dia 25 o Corpo de Bombeiros de Flores da Cunha atendeu diversos chamados. Segundo o tenente Vanderlei da Silva, foram registradas mais de 30 ocorrências durante e após a forte chuva. Os locais com maior número de chamados foram o loteamento Pérola e as comunidades de São Cristóvão e Nova Roma. “Além desses locais, tivemos também telefonemas do Centro, onde alguns prédios tiveram suas garagens alagadas. No interior o Rio Tega transbordou, no caminho que vai até o distrito de Mato Perso”, acrescenta o tenente.
Clique aqui e confira uma galeria de fotos da enxurrada que atingiu Flores da Cunha no final de semana passado.
A maioria dos chamados atendidos pelo Corpo de Bombeiros foi originada nas regiões das comunidades de São Cristóvão, Pérola e prolongamento da Avenida 25 de Julho. Na manhã do dia 27 o prefeito convocou uma reunião para pontuar algumas ações. “Num primeiro momento as equipes da administração atuaram na limpeza de ruas e avenidas, bem como nas margens de rios e arroios e nas proximidades de pontes. “Estamos fazendo um levantamento de custos para novas obras. Iniciamos a colocação de tubos com 1,5m de diâmetro nas proximidades da empresa Ditrento, porém, a chuva acabou prejudicando o trabalho”, explica Heberle.
Num primeiro momento, o prefeito conta que a água oriunda do loteamento Parque dos Pinheiros será escoada em paralelo à Avenida 25 de Julho, pela faixa de domínio, até depois da Fábrica de Móveis Florense, para depois desaguar no Arroio Curuzu. “Dessa forma acreditamos solucionar o problema de vazão nas proximidades da Ditrento”, pontua. A estimativa é investir R$ 600 mil nessa ação, que teria o projeto “praticamente pronto”.
Em São Cristóvão, o prefeito lembra que será inevitável alargar o leito do arroio e da galeria existente. Será verificado junto à comunidade uma solução. “Talvez alguns muros devam ser recuados, mas reforço que essa é uma decisão a ser tomada em conjunto com os moradores”, complementa o chefe do Executivo. Um projeto semelhante ao desenvolvido em Caxias do Sul no Arroio Tega, no bairro São José, com o alargamento do leito com placas de concreto, foi descartada devido ao custo muito elevado.
Em São Valentin (Parada Cristal) também foram registrados problemas. Dois canos colocados na ponte não suportaram a vazão da água junto à ponte. Resultado: a via recentemente pavimentada está interditada – ocorreram danos no asfalto e na ponte. A estrutura será avaliada por técnicos até que uma ação seja desenvolvida. No loteamento Pérola, a solução aguarda pelo reassentamento de famílias. O novo loteamento com 82 casas no bairro União ainda depende de licitação. “Ainda na Avenida, pretendemos licitar a contratação de uma empresa para fazer o projeto do novo Acesso Sul, o que contempla o Plano de Escoamento Viário, alargando a 25 de Julho, deixando-a com duas pistas em cada sentido, com ajardinamento e demais obras de infraestrutura”, prevê o prefeito.
Corpo de taxista foi resgatado na manhã de domingo
Além dos inúmeros danos materiais, a chuva forte do último final de semana causou uma morte e deixou uma pessoa ferida em Flores da Cunha. O taxista Olásio Minetto, 57 anos, foi levado pela correnteza do Arroio Curuzu com seu veículo, o Prisma placas ISJ-1149, na localidade de São Cristóvão. O taxista levava a namorada para socorrer a irmã, que teve a casa invadida pelas águas da chuva. O arroio passa pela comunidade e cruza a Avenida 25 de Julho, ao lado da Fábrica de Móveis Florense, transbordou no trecho da Rua do Português e arrastou o veículo.
A costureira Líbera Silveira Sgarioni, 45 anos, conseguiu sair do carro, foi levada pelas águas por dentro de uma galeria por mais de 300 metros e foi resgatada por populares. Ela sofreu ferimentos na cabeça e medicada no Hospital Fátima. O corpo do taxista só foi resgatado 14 horas depois do acidente, às 9h30min de domingo, distante 350 metros de onde caiu. Ele estava dentro do carro, preso ao cinto de segurança. Cerca de mil pessoas acompanharam o trabalho dos bombeiros de Flores e de Porto Alegre às margens do arroio.
O corpo de Minetto foi velado na comunidade de São Gotardo, onde residia, e sepultado no cemitério da localidade na manhã de segunda-feira, dia 27. Ele deixa uma filha, Sabrina, de 25 anos, e trabalhava como taxista em São Gotardo havia cinco anos. Procurados pela reportagem do O Florense, familiares de Líbera informaram que ela não falaria sobre o caso.
Problema conhecido há 20 anos em São Cristóvão
As chuvas do último sábado, dia 25, assustaram a população florense, que até então não viu tamanha quantidade de água. Entre os locais mais afetados está a comunidade de São Cristóvão. Nas proximidades do Arroio Curuzu os moradores da comunidade sofrem há anos com inundações.
Além de moradores, o local próximo ao Estádio Tio Hugo, do São Cristóvão, conta com diversas empresas que tentaram de diversas maneiras driblar a água e diminuir os prejuízos. Na Metalúrgica Salvador, parte da parede de tijolos foi quebrada para que a água saísse do pavilhão. “A água chegou muito rápido, como eu nunca havia visto”, conta a proprietária da empresa, Justina Salvador. Ela conta que as máquinas foram erguidas para evitar danos, mesmo assim, o local ficou ilhado, como os moradores da antiga Estrada Santa Bárbara. “Toda rua estava inundada. Eu, como outros moradores, fiquei ilhada em casa sem ter como sair nem de um lado nem do outro”, conta.
Segundo Justina, a promessa de melhorar a canalização do local é antiga. Pequenas obras foram realizadas, porém, não dão conta de uma quantidade maior de água. Foram colocados novos canos e uma tubulação mais extensa. “Nas primeiras vezes que entrava água na minha casa eu chorava, não dormia. Agora já vejo que não adianta, não vai melhorar. Não parece, mas a situação é rotineira”, desabafa a moradora.
Justina conta que há anos, na tentativa de acabar com os alagamentos, a família elevou o nível do terreno deixando-o mais alto para tentar evitar a entrada da água. Os pavilhões e a residência, assim como o pátio, foram erguidos. “O pavilhão nunca encheu tanto de água. Além do Arroio Curuzu, recentemente desce água do Monte Belo. É uma cachoeira que para tudo aqui”, relata Justina.
Perdas com a enxurrada ainda estão sendo contabilizadas
Havia anos que moradores de Flores da Cunha, entre outras cidades da Serra, não se deparava com tanta chuva em tão pouco tempo, como a ocorrida no dia 25 de fevereiro. Em algumas partes do município choveu mais do que a média do mês. De acordo com o empresário Luiz Gilioli, o pluviômetro instalado em sua propriedade, na região de Sete de Setembro, apontou um volume de 200 milímetros em pouco mais de três horas de chuva. Conforme o chefe de Escritório da Emater de Nova Pádua, Leonildo Sperotto, no município vizinho o equipamento apontou 160 milímetros no sábado, enquanto o verificado em todo o mês de fevereiro do ano passado foi de 228 milímetros.
Segundo Sperotto, até o meio-dia de terça-feira havia chovido 310 mm no segundo mês de 2012 em Nova Pádua. O secretário Municipal da Agricultura e Abastecimento de Flores da Cunha, Jair Carlin, destaca que as localidades mais atingidas, Travessão Sete de Setembro, São Cristóvão e a área urbana, receberam um volume de água de 180mm a 190mm. “Muitos bueiros não suportaram a vazão e acabaram destruídos devido ao grande volume de água num pequeno espaço de tempo”, aponta.
Durante a chuva torrencial de sábado o Corpo de Bombeiros e a Brigada Militar receberam inúmeros chamados. Os pedidos de ajuda chegaram de todas as partes do município. Na região da localidade de Lagoa Bela, os moradores ficaram praticamente ilhados por causa do alagamento de parte do trecho da estrada secundária no desvio do pedágio e do acesso principal próximo ao loteamento Granja União. Ainda naquela região, o córrego que corta a cidade transbordou e a água avançou sobre um parreiral, alcançando a altura das uvas. “Nunca tinha visto coisa igual em mais de 50 anos de vida”, declarou o agricultor Gabriel Gilioli.
A chuva também castigou moradores do loteamento Pérola, São Cristóvão e do acesso Sul da cidade. No prolongamento da Avenida 25 de Julho, três casas e um pavilhão de uma mesma família foram invadidas pela água. Conforme o fotógrafo Sérgio Dal Alba, 52 anos, o prejuízo deve ultrapassar os R$ 300 mil. Foram atingidas as moradias dele, da filha, um salão de festas da família e o porão onde funciona uma pequena fábrica de móveis.
Além disso, sete automóveis e duas motos sofreram danos. De acordo com a esposa do fotógrafo, Neiva Dal Alba, dos móveis e eletrodomésticos das duas casas apenas um balcão da cozinha foi salvo. “Foi muito forte. A água veio rápido e não deu para salvar nada”, descreveu Sérgio. No porão do pavilhão a água atingiu três metros de altura. Ele destaca que somente retomará as atividades normais depois que o problema de canalização às margens da Avenida 25 de Julho for solucionado. “A gente vai dormir pensando quando será a próxima vez”, lamentou. Apesar dos prejuízos, Dal Alba destaca que o apoio dos amigos foi essencial, o que dá animo para começar novamente. “Graças a Deus tenho a família viva e os amigos, é isso que importa”, sentenciou.
Bombeiros receberam mais de 30 chamados
No final da tarde do dia 25 o Corpo de Bombeiros de Flores da Cunha atendeu diversos chamados. Segundo o tenente Vanderlei da Silva, foram registradas mais de 30 ocorrências durante e após a forte chuva. Os locais com maior número de chamados foram o loteamento Pérola e as comunidades de São Cristóvão e Nova Roma. “Além desses locais, tivemos também telefonemas do Centro, onde alguns prédios tiveram suas garagens alagadas. No interior o Rio Tega transbordou, no caminho que vai até o distrito de Mato Perso”, acrescenta o tenente.
Clique aqui e confira uma galeria de fotos da enxurrada que atingiu Flores da Cunha no final de semana passado.
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