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Chegou a hora dos pêssegos

Algumas variedades já estão sendo colidas na propriedade de André Mussoi, em Mato Perso

Rico em vitaminas, a partir desta época do ano já é possível encontrar nas fruteiras o pêssego. A área plantada da fruta em Flores da Cunha está crescendo a cada ano. Em 2018, conforme os dados da Produção Agrícola Municipal, do IBGE, eram 145 hectares de área plantada, o que representa em quantidade produzida 2.280 toneladas. 
De acordo com a secretária de Agricultura, Stela Pradella, a safra do pêssego esse ano sofreu principalmente com as geadas que ocorreram em agosto e setembro. “As variedades mais precoces tiveram prejuízos grandes. Já as variedades mais tardias a quantidade da fruta está muito boa”, relata.
Conforme o informativo conjuntural da Emater/RS-Ascar, na regional de Caxias do Sul, que abrange Flores da Cunha, as condições climáticas de secura das últimas semanas também afetavam o desenvolvimento da cultura, principalmente o calibre das variedades de ciclo médio, mas foram amenizadas parcialmente com a chuva da segunda-feira, dia 16. De acordo com o informativo, as plantas estão com ótima sanidade e frutos de boa coloração e excelente sabor. Stella também enaltece que a chuva seria de grande valia para os frutos se desenvolverem bem. 
Conforme a Emater de Flores da Cunha, na região de Mato Perso, maior produtora de frutas de caroço, estima-se perdas aproximadas de 50%. “Pomares onde não tem irrigação estão sofrendo com a estiagem”, salienta a engenheira agrônoma Clarissa de Quadros. 
Comercialmente, a fruta continua com ótimas cotações e o mercado é fortemente comprador, face ao pouco volume de pêssego ofertado. O preço médio na propriedade para frutas a granel está entre R$ 3/kg (polpa amarela) e R$ 4/kg (polpa branca), conforme o informativo conjuntural da Emater.

 

 

Menos quantidade, mais preço

O agricultor e empresário André Mussoi, 28 anos, morador de Santa Juliana, em Mato Perso, produz uma vasta quantidade de pêssegos, além de maçãs e caquis. 
Trabalhando desde pequeno no ramo de frutas, Mussoi relata que a safra 2020 foi uma safra boa. “A geada afetou alguns hectares, mas a maioria conseguimos salvar”, informa. O produtor que possui 10 hectares de pomares de pêssego, diz que produzirá ao todo em torno de 70 toneladas com preço médio de R$ 5. “É um dos maiores valores que conseguimos, mas trabalhamos bem para isso”. 
Já a maçã, que é líder na produção da família, tem 40 hectares dedicadas a ela e, pela primeira vez, dois hectares cobertos para prevenir das intempéries. 
As frutas da propriedade são vendidas no Ceasa de Porto Alegre. “Nós investimos bastante para ter frutas de qualidade e conseguir um melhor preço. Não adianta usar o adubo mais barato ou a tela mais barata e vender pela metade do preço”, adianta. 
Entre as diversas variedades de pêssego e maçã, a família planta, além de Mato Perso, em áreas na localidade São Francisco de Paula. “Lá o tempo é diferente. Variedades que aqui não conseguimos evoluir, lá andam muito bem. Assim conseguimos também ter mais frutas por mais períodos do ano, além de ter câmaras frias para conservar os frutos”.
 

 

André Mussoi é sócio-proprietário da Futas Mussoi, em Mato Perso.  - Gabriela Fiorio
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