Centro de Convivência teve investimento de R$ 4,8 milhões
Com um auditório que comporta até 250 pessoas sentadas e diversas salas, o prédio tem 1,2 mil metros quadrados
O investimento para a construção do Centro de Convivência foi de aproximadamente R$ 4,8 milhões. Deste valor, cerca de R$ 4,5 milhões são provenientes de recursos próprios da prefeitura. Os R$ 250 mil restantes foram destinados por meio de emenda parlamentar do deputado federal Pedro Westphalen (PP). O valor destinado pelo Executivo à obra também contempla recursos indicados pelo Fundo Municipal do Idoso e emendas indicadas pela Câmara de Vereadores de Flores da Cunha, por meio da vereadora Silvana De Carli e das bancadas do Progressistas, do Republicanos e do MDB.
Com um auditório que comporta até 250 pessoas sentadas, o prédio tem 1,2 mil metros quadrados e foi construído com acessibilidade, seja pela rampa ou pelo elevador. Os idosos também podem subir escadas, que foram construídas com corrimões reforçados para incentivar o exercício físico.
Também é disponibilizado um ônibus que busca os idosos em suas comunidades e os deixa no Centro. Este acesso também foi planejado para evitar que os participantes se molhem muito em dia de chuva.
— No andar de cima, que é o acesso pela rua João XXIII (aos fundos da prefeitura) tem escada, rampa e o acesso interno ao outro andar. Nessa parte de cima, ficam as salas dos técnicos e da coordenação. Tem também o atendimento individualizado, zelando pela privacidade do idoso, que possui duas salas. Ainda há o ambulatório, que terá um médico geriatra para dar suporte aos idosos, um atendimento especial para eles — descreve Rosiane Machado Pradella, secretária do Planejamento.
O prédio construído para o Centro de Convivência também possui três salas grandes que são multiuso, aonde acontecem as oficinas. É num desses espaços que Brenda Sofia Domingues, 22, atua como educadora social.
— Vim de Caxias do Sul, sou artista e trabalho com os adolescentes na segunda-feira. Nos outros dias, de terça a quinta-feira, trabalho com os idosos nas oficinas de 'Mente em Movimento', 'Vivências em Grupo' e 'Dicas Digitais'. Geralmente, exploro muito a arte e uso muito esse recurso com eles. Tenho essa experiência com os adolescentes, com quem trabalho desde o início do ano, e com os idosos comecei esse mês — comenta.
Para Brenda, ter o espaço próprio para os idosos se reunirem e terem a possibilidade de conviver e trocar experiências é fundamental.
— Eles (idosos) trazem muito a questão do autocuidado.
Já sobre os adolescentes, a educadora social destaca que o espaço é importante para potencializar as expressões artísticas deles.
— É um local seguro para eles (adolescentes e idosos) se abrirem e falar sobre seu dia a dia. O trabalho em grupo é importante.
"Todos podem participar"
Conforme Ananda Toffolo, 27, técnica de Referência do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Conviver e presidente do Conselho Municipal do Idoso, o novo espaço foi inteiramente pensado e construído pensando nos idosos.
— Quando eram feitas atividades nos bairros, não que o espaço fosse ruim, até porque tinha tudo que os idosos precisavam, porém não dava para deixar os trabalhos expostos. As atividades que precisavam de algum recurso tinham que ser montadas e desmontadas a cada encontro. Agora, eles (idosos) podem deixar para outras pessoas verem. Não estamos centralizando tudo aqui. Todos podem participar das atividades do Centro de Convivência, mas também seguem as atividades nos bairros — comenta Ananda.
Outro ponto observado por Ananda é que os bailes dos idosos ocorriam no Salão Paroquial e agora existe o auditório do Centro de Convivência, que também tem como foco zelar pela saúde física e mental das pessoas. Para isso, são oferecidas oficinas que incentivam a movimentação, alongamentos e dança. Além de artesanato, rodas de conversa, jogos de tabuleiro e cartas.
— Uma das salas é para os idosos do bairro União, que participam do Semear, a cada 15 dias. O Semear acontece no interior, a equipe vai até o território deles, mas como o União é pertinho, eles resolveram trazer para cá, pois queriam ocupar o Centro de Convivência. E também tem o grupo do Conviver, que acontece semanalmente, ocupando uma dessas salas todas as tardes, para atender a área central. Então, o Conviver tem cinco grupos, totalizando 146 pessoas — explica Ananda.
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