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Casarão dos Veronese tem nova previsão de inauguração

Alterações no projeto fizeram com que inauguração prevista para dezembro de 2016 fosse transferida para março de 2017

Único bem histórico tombado de Flores da Cunha, o Casarão dos Veronese está em fase de finalização da obra de restauração. O prazo para a reforma e o vencimento do contrato com a construtora é abril de 2017, mas a previsão é inaugurá-lo em março do próximo ano, contrariando a expectativa inicial de que a solenidade ocorresse no dia 27 de dezembro de 2016, data em que o tombamento histórico completa exatamente 30 anos. “A ideia inicial era inaugurar no final de 2016, porém, por questões de adequação do projeto vamos esticar um pouco a obra, já que temos esse prazo disponível”, declara a arquiteta do Departamento de Projetos e Planejamento Urbano da Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito da Prefeitura de Flores da Cunha, Sayonara Guarese.

O casarão centenário foi tombado em 1986 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), mas somente 26 anos depois a obra de restauro se iniciou. O prédio está localizado no entroncamento das estradas que ligam as localidades da Linha 60 e Santa Justina. A reforma é feita pela empresa Arquium Construções e Restauro, com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e patrocínio da Fábrica de Móveis Florense e da Keko Acessórios. O valor estimado é de R$ 2,5 milhões. A Prefeitura de Flores da Cunha fiscaliza, mas não é responsável pela execução da obra.

Conforme a arquiteta, até agora o trabalho maior foi de estabilização da parte de pedra, de modo a manter as características originais da construção. “A estrutura estava bastante comprometida, por isso nos exigiu pesquisa e diversas tentativas para termos o melhor resultado”, destaca. Também foi feita uma nova cobertura com estrutura metálica, barroteamento do piso (colocação de vigas de madeira), além da construção de uma parte anexa – que abrigará a administração do local. O próximo passo, conforme Sayonara, é a instalação das esquadrias e aberturas para posterior finalização do piso. “Ainda tem toda a parte elétrica e hidráulica por fazer, assim como a drenagem de água e esgoto. Dependemos também do tempo para a obra andar mais depressa, mas estamos dentro do cronograma”, frisa.

O projeto

O Casarão restaurado, com a preservação das características originais, irá se transformar em um centro de cultura. O projeto contempla a valorização de aspectos da imigração italiana, como a religiosidade, o trabalho, o cotidiano, a gastronomia e o divertimento. Haverá também um museu com salas temáticas sobre uva, vinho, milho, polenta, trigo e pão; recriação do quarto de colônia, da moenda (retratando como era extraído o mosto da cana de açúcar), do forno à lenha e do alambique (para preparação da graspa) e aspectos da família Veronese. A casa centenária, que será a sede do roteiro turístico Caminhos da Colônia, terá ainda espaços culturais multiusos que servirão para a realização de reuniões, cursos e apresentações artísticas e também um local de difusão gastronômica.

 

Projeto financiado pela Lei de Incentivo à Cultura do RS está orçado em mais de R$ 2,5 milhões e tem patrocínio das empresas Florense e Keko. - Antonio Coloda/O Florense Projeto financiado pela Lei de Incentivo à Cultura do RS está orçado em mais de R$ 2,5 milhões e tem patrocínio das empresas Florense e Keko. - Antonio Coloda/O Florense Projeto financiado pela Lei de Incentivo à Cultura do RS está orçado em mais de R$ 2,5 milhões e tem patrocínio das empresas Florense e Keko. - Antonio Coloda/O Florense
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