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Casa da Cultura está sendo usada como abrigo de mendigo

Dependente de drogas está utilizando a estrutura em obras como moradia. Secretaria de Desenvolvimento Social tenta auxiliar o homem

As obras da Casa da Cultura de Flores da Cunha viraram abrigo para um cidadão florense que é dependente químico. O local foi habitado pelo homem há cerca de 10 dias e, conforme o secretário de Desenvolvimento Social, Ricardo Espíndola, a prefeitura está tentando auxiliar o jovem a se internar. “Ele já é conhecido nosso. Conhecemos a família, a história dele, já auxiliamos em uma internação, mas ele fugiu. Agora é nosso vizinho, mas já estamos entrando em contato para procurar novamente um auxílio juntamente com a Secretaria da Saúde. Mas essa situação é bem difícil. Ele também tem que querer colaborar”, afirma o secretário. 
De acordo com o secretário, as assistentes sociais do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) tentam conversar com o dependente, explicando a situação para que ele busque ajuda.  “Estamos tendo um diálogo com ele para incentivar essa vontade dele de querer se tratar. É uma questão de saúde”, afirma Espíndola, que já solicitou se o homem necessita de alimentos ou roupas. “É uma opção dele de estar na rua. Como ele está em um imóvel público, podemos obrigar ele a sair, mas se ele deitar em uma rua qualquer, não temos esse direito”, explica. 
Caso o jovem tenha interesse de se internar, com o intermédio da prefeitura e do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece vagas gratuitas. Conforme informações da Secretaria da Saúde, o rapaz possui um auxílio mensal. O local habitado pelo homem fica nos fundos da Casa da Cultura – o auditório – e, no momento, ele não estaria atrapalhando o andamento da construção.

A obra

A Casa da Cultura Flávio Luis Ferrarini iniciou em dezembro de 2018 a sua segunda etapa de obras. A fase, que ainda está em andamento, contempla a implantação do Complexo de Educação e Cultura – localizada na parte da frente do prédio – e se divide em duas partes. A primeira corresponde à execução de telhado, de alvenarias, revestimentos e instalações hidrossanitárias no prédio. O investimento, com recursos próprios do município, é de R$ 424,7 mil e a previsão de conclusão é final de julho.
 A segunda parte consiste na execução das alvenarias e divisórias, contrapisos e pisos, escadas e shafts, cobertura e forros, acabamentos, pinturas, esquadrias e vidros, instalações elétricas, louças e metais. O investimento é superior a R$ 1,2 milhão, sendo R$ 319 mil provenientes do município e R$ 989 mil, solicitados por meio do Sistema Pró-Cultura RS/LIC.
A Casa da Cultura terá três pavimentos, sendo que o primeiro abrigará um hall com espaço para exposições e recepção e a Biblioteca Pública. A parte de trás do andar térreo contará com um auditório com capacidade para 330 pessoas, além de camarins, copa, banheiros e bilheteria. No segundo piso ficarão as salas multiuso e o último pavimento será destinado a salas para ensaios e encontros de entidades. O projeto contempla ainda a construção de um estacionamento e de uma praça. 

Homem utiliza espaço em obras da Casa da Cultura para se abrigar.  - Gabriela Fiorio
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