Capela de São Caetano comemora 120 anos de fundação
Programação deste domingo marca o aniversário de umas das primeiras comunidades do interior de Flores da Cunha
Localizada no Travessão Claro, nome que faz referência às belezas panorâmicas da região, a comunidade de São Caetano tem um papel respeitável na história de Flores da Cunha. Ao alto da porta da capela está escrito o ano de 1895 – 120 anos que garantem ao local o título de uma das primeiras igrejas construídas em alvenaria em Flores da Cunha. Neste domingo, dia 2 de agosto, a comunidade tem missa festiva celebrada pelo padre Tacílio Ferreira Gomes, de São Paulo. O religioso integra a Província Paulo 6º da Ordem dos Clérigos Regulares, congregação fundada por São Caetano. Ao meio-dia haverá almoço no salão da comunidade (os 400 ingressos colocados à venda estão esgotados). A família festeira deste final de semana é a de Arcedinho José Eberle.
Foi no Travessão Claro, na época ainda pertencente à Paróquia Santa Teresa de Caxias do Sul, que em 1878 Giuseppe Durante, imigrante vindo da Itália, se instalou. Ele e a esposa escolheram um lote ao lado do rio e ali recomeçaram a vida. “Ele me contava que ficavam com o fogo aceso dia e noite, pois havia muitos animais selvagens. Eles plantaram parreiras, faziam vinho e construíram as próprias pipas para armazená-lo. Tenho orgulho de ser o neto de um dos fundadores da comunidade”, conta o agricultor e metalúrgico aposentado Angelo Luiz Durante, 80 anos. Ele é o único morador natural da comunidade e que ainda reside lá, na companhia da esposa Agnese Zin e do filho Alexandre.
Além de testemunha da história seu Angelo está sempre disponível para auxiliar a equipe diretiva da comunidade, formada por Sadi Bertin e o irmão Jardelino, que há 15 anos trabalham com uma equipe de voluntários para manter a capela ativa. Neste período a igreja foi reformada e o salão ampliado. “Não moramos mais aqui, mas meu bisavô é fundador da capela e morei aqui até meus 18 anos. Temos que preservar e valorizar nossas raízes”, enaltece Sadi, o atual presidente da equipe. A comunidade de São Caetano é enxuta, tem sete sócios.
História de narrativas
A capela de São Caetano tem pouca história registrada em livros. Muitos contos foram repassados de pai para filho e hoje não passam de memórias distantes. A comunidade integra a 12ª légua da antiga Colônia Caxias. Em 1895 a família de Bortolo e Lucia Zanetti doaram terras para a construção de uma igreja em honra a São Caetano de Thiene. A igreja, edificada naquele mesmo ano, ganhou o alto de uma colina de basalto e impressionou os moradores da então Colônia Caxias quando traçaram os limites das 90 colônias dos travessões Claro, Gavioli e Porto, integrantes da 12ª légua.
O templo foi reformado inúmeras vezes, sendo a reparação mais significativa em 1962, conforme a memória de Angelo Luiz Durante. Conta-se que alguns anos depois da construção um morador da localidade se apossou das terras doadas pelos Zanetti, fazendo com que na década de 1940 a prefeitura de Flores da Cunha abrisse um conturbado processo judicial para reavê-las em favor da comunidade. Depois disso a capela ainda permaneceu fechada por anos, registrando diversos problemas como roubos, incluindo do sino e da imagem de São Caetano. Embora tenha iniciado com várias famílias, com o passar do tempo e os sucessivos problemas, muitos sócios se distanciaram e buscaram religião e lazer nas comunidades vizinhas.
Hoje a realidade da capela de São Caetano é muito diferente. Embora o contingente de sócios seja reduzido, é parte viva da história de Flores da Cunha com causos e lembranças dignos da perseverança dos imigrantes italianos. “Uma andorinha sozinha não faz verão, nos reunimos por amor a essa capela e queremos vê-la sempre ativa. Ela reúne as famílias, inclusive a nossa, que nasceu aqui”, valoriza Sadi Bertin. A igreja, com um imponente altar e cantoria em madeira, recebe cerimônias mensalmente, sendo o destino também de cavalgadas que reúnem pessoas de diversas cidades da região.
Foi no Travessão Claro, na época ainda pertencente à Paróquia Santa Teresa de Caxias do Sul, que em 1878 Giuseppe Durante, imigrante vindo da Itália, se instalou. Ele e a esposa escolheram um lote ao lado do rio e ali recomeçaram a vida. “Ele me contava que ficavam com o fogo aceso dia e noite, pois havia muitos animais selvagens. Eles plantaram parreiras, faziam vinho e construíram as próprias pipas para armazená-lo. Tenho orgulho de ser o neto de um dos fundadores da comunidade”, conta o agricultor e metalúrgico aposentado Angelo Luiz Durante, 80 anos. Ele é o único morador natural da comunidade e que ainda reside lá, na companhia da esposa Agnese Zin e do filho Alexandre.
Além de testemunha da história seu Angelo está sempre disponível para auxiliar a equipe diretiva da comunidade, formada por Sadi Bertin e o irmão Jardelino, que há 15 anos trabalham com uma equipe de voluntários para manter a capela ativa. Neste período a igreja foi reformada e o salão ampliado. “Não moramos mais aqui, mas meu bisavô é fundador da capela e morei aqui até meus 18 anos. Temos que preservar e valorizar nossas raízes”, enaltece Sadi, o atual presidente da equipe. A comunidade de São Caetano é enxuta, tem sete sócios.
História de narrativas
A capela de São Caetano tem pouca história registrada em livros. Muitos contos foram repassados de pai para filho e hoje não passam de memórias distantes. A comunidade integra a 12ª légua da antiga Colônia Caxias. Em 1895 a família de Bortolo e Lucia Zanetti doaram terras para a construção de uma igreja em honra a São Caetano de Thiene. A igreja, edificada naquele mesmo ano, ganhou o alto de uma colina de basalto e impressionou os moradores da então Colônia Caxias quando traçaram os limites das 90 colônias dos travessões Claro, Gavioli e Porto, integrantes da 12ª légua.
O templo foi reformado inúmeras vezes, sendo a reparação mais significativa em 1962, conforme a memória de Angelo Luiz Durante. Conta-se que alguns anos depois da construção um morador da localidade se apossou das terras doadas pelos Zanetti, fazendo com que na década de 1940 a prefeitura de Flores da Cunha abrisse um conturbado processo judicial para reavê-las em favor da comunidade. Depois disso a capela ainda permaneceu fechada por anos, registrando diversos problemas como roubos, incluindo do sino e da imagem de São Caetano. Embora tenha iniciado com várias famílias, com o passar do tempo e os sucessivos problemas, muitos sócios se distanciaram e buscaram religião e lazer nas comunidades vizinhas.
Hoje a realidade da capela de São Caetano é muito diferente. Embora o contingente de sócios seja reduzido, é parte viva da história de Flores da Cunha com causos e lembranças dignos da perseverança dos imigrantes italianos. “Uma andorinha sozinha não faz verão, nos reunimos por amor a essa capela e queremos vê-la sempre ativa. Ela reúne as famílias, inclusive a nossa, que nasceu aqui”, valoriza Sadi Bertin. A igreja, com um imponente altar e cantoria em madeira, recebe cerimônias mensalmente, sendo o destino também de cavalgadas que reúnem pessoas de diversas cidades da região.
Boa noite, Gostaria de saber se existe algum cemitério antigo, dos anos 1880/1900, ligado à essa Capela.