Geral

No ano em que comemora 70 anos, o campanário de Flores da Cunha, um dos maiores símbolos da cidade, deverá ser tombado como patrimônio histórico municipal. O Conselho Municipal de Cultura aprovou na semana passada o tombamento da torre da Igreja Matriz. O ato deve ocorrer em outubro quando o gigante de Flores completa sete décadas. A partir da decisão do Conselho, será encaminhado o decreto pelo poder executivo.

Este será o terceiro tombamento municipal do patrimônio histórico cultural de Flores da Cunha, o primeiro ocorreu no mês de agosto de 2018, onde o antigo cemitério da Capela São Martinho, no Travessão Martins, passou a ser denominado Campo Santo dos Imigrantes. Já o segundo ato ocorreu em novembro de 2018, quando foi assinado pelo executivo municipal o tombamento do prédio do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi, que já está recebendo o projeto de restauração, para posteriormente serem captados os recursos para iniciar as obras.

História

O campanário começou a ser construído em 6 de outubro de 1946, com a bênção da pedra fundamental. A obra foi idealizada e concretizada por Frei Eugênio Brugalli. A torre projetada pelo Dr. Vitório Zani e a execução ficou com a responsabilidade de João de Bastiani, de Nova Pádua. Trabalharam na construção Beijamim Vezzaro, Fausto Vezzaro, João de Bastiani, José Marin e Umberto Menegat. O engenheiro responsável foi Luis Lesseigner de Farias e as pedras vieram da pedreira de José Golin. O campanário possui quatros relógios, fabricados em 1948 e instalados em 1950, com mostradores de 3 metros de diâmetro. Um martelo de 22 quilos bate as horas do sino maior. Atualmente o toque dos sinos é programado e executado eletronicamente. No alto da torre estão instalados alto-falantes, que são usados para estimular a participação nas missas através de músicas e convites. Uma peculiaridade ainda preservada pela Paróquia Nossa Senhora de Lourdes é o anúncio de falecimentos, com informações sobre velórios e celebrações de encomendação.

O campanário foi inaugurado em outubro de 1949. Possui 55 metros de altura e é composto por 11.122 pedras. “Sua imponência e beleza o tornam o principal símbolo religioso e turístico de nossa cidade. Sua importância transcende qualquer definição e descrevê-lo é como se descrevêssemos sentimentos, pois ele é parte da vida e história  do povo florense. Por isso, preservá-lo é preservar nossa história, nossa cultura e a valorização de nossa gente”, cita a professora Lorete Calza Paludo.