Câmeras registram menor criminalidade em Flores da Cunha
Há seis meses o sistema de videomonitoramento, tão esperado em Flores da Cunha, está em funcionamento
Um pedido esperado e pleiteado pela população de Flores da Cunha desde 2002, a instalação das câmeras de segurança saiu do papel em 2014. Na próxima segunda-feira, dia 28, faz seis meses que elas funcionam oficialmente e, desde então, ajudam a inibir o crime na área urbana. Mais do que equipamentos localizados em seis pontos, as câmeras reduziram as ocorrências policiais na área central. Os furtos reduziram em mais de 45% – de 57 ocorrências no primeiro semestre do ano passado para 31 no mesmo período deste ano, de acordo com dados da Brigada Militar (BM). Nenhum roubo foi registrado depois da instalação das máquinas.
Em contrapartida a essa diminuição dos números de ocorrências de furtos – tanto qualificados como simples –, outro número aumentou depois da presença das câmeras. Segundo o mesmo levantamento da BM feito por solicitação do jornal O Florense, as autuações de trânsito cresceram na área central de 513 em 2013 para 599 em 2014. O mesmo aconteceu com as prisões (veja tabela abaixo).
Os números apurados no primeiro semestre de 2013, sem a existência das câmeras, comparados aos deste primeiro semestre de 2014, quando a área central recebeu os equipamentos, apontam para os benefícios de um sistema de videomonitoramento na segurança da população. O funcionamento iniciou no dia 28 de maio do ano passado, mas em forma de teste. Depois de firmado um convênio com o Departamento de Gestão da Estatística Operacional da Secretaria de Segurança Pública (SSP-RS), em 28 de janeiro as câmeras passaram a gravar o cotidiano da cidade.
De acordo com o comandante da 1ª Companhia do 36º Batalhão de Polícia Militar (36º BPM) de Farroupilha, capitão Márcio Leandro Silva da Silva, que responde interinamente pela 2ª Companhia de Flores da Cunha (o capitão Ângelo Márcio Ferraz está de férias), os números são resultado do papel preventivo das câmeras, além do planejamento que a BM tem adotado no município. “Todos os delitos reduziram, em contrapartida, o trabalho da BM na área central aumentou conforme os números do levantamento. Sempre falamos que o crime anda de carro, o veículo está diretamente ligado ao crime e essa dinâmica adotada pelo capitão Ângelo, de aumentar o policiamento neste sentido, está dando resultado também”, analisa Silva. “As câmeras são, sem dúvida nenhuma, uma ferramenta muito importante para agregar o planejamento de segurança pública em qualquer município. Tanto é que os números estão aí e o resultado é visível”, complementa o oficial.
Para a titular da Delegacia de Polícia (DP) de Flores da Cunha, delegada Aline Martinelli, os equipamentos têm uma função original de prevenir possíveis ocorrências, mais que auxiliar prisões. “Além de termos notado a nítida diminuição de ocorrências, aliás, nos locais das câmeras não tivemos roubos de fato, nesses seis meses o videomonitoramento teve todo o aspecto preventivo de crimes. Se tivéssemos mais câmeras com certeza isso iria reduzir ainda mais os números de ocorrências”, ressalta Aline.
Para a policial, o município já deveria ter acordado para a instalação de mais equipamentos. “Isso poderia ter sido feito no primeiro momento de instalação. São Marcos é um ótimo exemplo, o município tem 26 pontos com câmeras e o número de ocorrências é bem menor do que em Flores. Vejo a necessidade de serem colocadas novas peças em outros pontos de maior movimentação da cidade, até mesmo em bairros com maior índice de criminalidade”, opina.
O sistema
Desde que foi instalado o sistema de câmeras tem as imagens captadas por uma Central de Monitoramento montada junto ao quartel da BM, com brigadianos que foram treinados para operar os equipamentos. As imagens captadas podem ser usadas como prova para crimes, além de reduzir a criminalidade. O aumento nas autuações e prisões são outro ponto que, aliado ao sistema de monitoramento, deram mais segurança ao comércio e moradores da área central. No primeiro semestre de 2013 foram feitas 137 prisões na área central; no mesmo período de 2014 o número aumentou para 169, um acréscimo de quase 25%.
Para o capitão Márcio Leandro, Flores da Cunha está em um contexto onde o dia a dia foi alterado pelo sistema de videomonitoramento, trazendo uma nova realidade. “Isso mostra que o planejamento e programa de trabalho do capitão Ângelo estão dando bons resultados. Tudo é um contexto, é a dinâmica de abordagem policial, de barreiras, a implantação da Patrulha Rural, o projeto onde as guarnições se deslocam por toda a área da Companhia”, valoriza.
Onde estão as câmeras
- Esquina da Avenida 25 de Julho com a Rua Dr. Montaury.
- Esquina das ruas Borges de Medeiros com Júlio de Castilhos.
- Esquina das ruas Frei Eugênio com John Kennedy, próximo ao Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi.
- Esquina das ruas Dr. Montaury com Rio Branco, em frente à Escola São Rafael.
- Pórtico do Acesso Sul, na Avenida 25 de Julho.
- ERS-122, em São Gotardo, próximo à passarela.
Prefeitura prevê mais equipamentos
De acordo com o prefeito Lídio Scortegagna (PMDB), embora as câmeras estejam resultando na diminuição de ocorrências, a prefeitura trabalha na tentativa de diminuir os custos mensais para manter o serviço. Atualmente são gastos R$ 11,5 mil ao mês, pagos para a VSComp, empresa vencedora da licitação. “Estamos respeitando a licitação que foi feita ainda na administração anterior, mas quando o contrato for finalizado (no final deste ano) vamos fazer nova licitação e tentar tornar o serviço mais barato, a exemplo de outros municípios. Assim poderemos investir em novos pontos de monitoramento”, planeja Scortegagna.
Em contrapartida a essa diminuição dos números de ocorrências de furtos – tanto qualificados como simples –, outro número aumentou depois da presença das câmeras. Segundo o mesmo levantamento da BM feito por solicitação do jornal O Florense, as autuações de trânsito cresceram na área central de 513 em 2013 para 599 em 2014. O mesmo aconteceu com as prisões (veja tabela abaixo).
Os números apurados no primeiro semestre de 2013, sem a existência das câmeras, comparados aos deste primeiro semestre de 2014, quando a área central recebeu os equipamentos, apontam para os benefícios de um sistema de videomonitoramento na segurança da população. O funcionamento iniciou no dia 28 de maio do ano passado, mas em forma de teste. Depois de firmado um convênio com o Departamento de Gestão da Estatística Operacional da Secretaria de Segurança Pública (SSP-RS), em 28 de janeiro as câmeras passaram a gravar o cotidiano da cidade.
De acordo com o comandante da 1ª Companhia do 36º Batalhão de Polícia Militar (36º BPM) de Farroupilha, capitão Márcio Leandro Silva da Silva, que responde interinamente pela 2ª Companhia de Flores da Cunha (o capitão Ângelo Márcio Ferraz está de férias), os números são resultado do papel preventivo das câmeras, além do planejamento que a BM tem adotado no município. “Todos os delitos reduziram, em contrapartida, o trabalho da BM na área central aumentou conforme os números do levantamento. Sempre falamos que o crime anda de carro, o veículo está diretamente ligado ao crime e essa dinâmica adotada pelo capitão Ângelo, de aumentar o policiamento neste sentido, está dando resultado também”, analisa Silva. “As câmeras são, sem dúvida nenhuma, uma ferramenta muito importante para agregar o planejamento de segurança pública em qualquer município. Tanto é que os números estão aí e o resultado é visível”, complementa o oficial.
Para a titular da Delegacia de Polícia (DP) de Flores da Cunha, delegada Aline Martinelli, os equipamentos têm uma função original de prevenir possíveis ocorrências, mais que auxiliar prisões. “Além de termos notado a nítida diminuição de ocorrências, aliás, nos locais das câmeras não tivemos roubos de fato, nesses seis meses o videomonitoramento teve todo o aspecto preventivo de crimes. Se tivéssemos mais câmeras com certeza isso iria reduzir ainda mais os números de ocorrências”, ressalta Aline.
Para a policial, o município já deveria ter acordado para a instalação de mais equipamentos. “Isso poderia ter sido feito no primeiro momento de instalação. São Marcos é um ótimo exemplo, o município tem 26 pontos com câmeras e o número de ocorrências é bem menor do que em Flores. Vejo a necessidade de serem colocadas novas peças em outros pontos de maior movimentação da cidade, até mesmo em bairros com maior índice de criminalidade”, opina.
O sistema
Desde que foi instalado o sistema de câmeras tem as imagens captadas por uma Central de Monitoramento montada junto ao quartel da BM, com brigadianos que foram treinados para operar os equipamentos. As imagens captadas podem ser usadas como prova para crimes, além de reduzir a criminalidade. O aumento nas autuações e prisões são outro ponto que, aliado ao sistema de monitoramento, deram mais segurança ao comércio e moradores da área central. No primeiro semestre de 2013 foram feitas 137 prisões na área central; no mesmo período de 2014 o número aumentou para 169, um acréscimo de quase 25%.
Para o capitão Márcio Leandro, Flores da Cunha está em um contexto onde o dia a dia foi alterado pelo sistema de videomonitoramento, trazendo uma nova realidade. “Isso mostra que o planejamento e programa de trabalho do capitão Ângelo estão dando bons resultados. Tudo é um contexto, é a dinâmica de abordagem policial, de barreiras, a implantação da Patrulha Rural, o projeto onde as guarnições se deslocam por toda a área da Companhia”, valoriza.
Onde estão as câmeras
- Esquina da Avenida 25 de Julho com a Rua Dr. Montaury.
- Esquina das ruas Borges de Medeiros com Júlio de Castilhos.
- Esquina das ruas Frei Eugênio com John Kennedy, próximo ao Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi.
- Esquina das ruas Dr. Montaury com Rio Branco, em frente à Escola São Rafael.
- Pórtico do Acesso Sul, na Avenida 25 de Julho.
- ERS-122, em São Gotardo, próximo à passarela.
Prefeitura prevê mais equipamentos
De acordo com o prefeito Lídio Scortegagna (PMDB), embora as câmeras estejam resultando na diminuição de ocorrências, a prefeitura trabalha na tentativa de diminuir os custos mensais para manter o serviço. Atualmente são gastos R$ 11,5 mil ao mês, pagos para a VSComp, empresa vencedora da licitação. “Estamos respeitando a licitação que foi feita ainda na administração anterior, mas quando o contrato for finalizado (no final deste ano) vamos fazer nova licitação e tentar tornar o serviço mais barato, a exemplo de outros municípios. Assim poderemos investir em novos pontos de monitoramento”, planeja Scortegagna.
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