Câmeras de monitoramento funcionarão até junho
Após série de crimes em Flores da Cunha na última semana, prefeito Ernani Heberle garante a instalação de equipamentos com investimento público. Sistema deve entrar em funcionamento neste primeiro semestre. Discussão se arrasta há quase 10 anos
O prefeito de Flores da Cunha, Ernani Heberle (PDT), anunciou que a administração não vai esperar mais e irá instalar pelo menos cinco câmeras de monitoramento na área central do município. O assunto é debatido desde 2002, chegou a sair do papel de forma experimental, entretanto, nunca se tornou realidade. O investimento inicial ainda não foi divulgado, porém, sabe-se que o custo de manutenção mensal de cada câmera será de R$ 2 mil (R$ 120 mil/ano). “Depois de definirmos as áreas, abriremos o processo licitatório, que deve durar no mínimo dois meses. Nosso plano é implantar o sistema no primeiro semestre de 2012. Quero deixar bem claro que estamos assumindo mais uma responsabilidade que, constitucionalmente, é do Estado”, disse Heberle, em seu gabinete, na manhã do dia 18.
Os locais onde os equipamentos serão instalados foram inicialmente definidos pelo poder público e levam em consideração questões técnicas, como fluxo de pessoas e de veículos. Uma discussão com a delegada Aline Martinelli e com representantes da Brigada Militar (BM) local será feita no máximo até a próxima semana para escolher onde haverá vigilância digital. As áreas avaliadas são Avenida 25 de Julho (duas, na rotatória com a Rua São José e na esquina com a Dr. Montaury); na Montaury, nas proximidades da Escola São Rafael; na esquina da Borges de Medeiros com Júlio de Castilhos; e na esquina das ruas Frei Eugênio com John Kennedy (onde fica o Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi). “Sabemos que essa medida não irá solucionar o problema da insegurança, mas irá inibir”, projeta Heberle.
O anúncio da prefeitura foi feito após a série de crimes – principalmente assaltos e arrombamentos – registrados em Flores da Cunha na segunda semana de janeiro de 2012. Na manhã do dia 18, o prefeito recebeu em seu gabinete a presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Sandra Camargo de Lima, e do secretário-executivo da entidade, Josué Valandro. Ambos levaram ao chefe do Executivo a preocupação dos comerciantes florenses com a segurança. “Nossos associados estão pedindo as câmeras”, repassou Sandra.
Entretanto, um levantamento da CDL aponta que inicialmente os empresários do setor comercial não contribuiriam para que o projeto do videomonitoramento saia do papel. “A sensação de segurança que existe na sociedade não é de agora, mas sim um problema de décadas. Infelizmente, combatemos os efeitos, e não as causas dos problemas. Precisamos envolver a sociedade. Acredito que depois disso o projeto será ampliado com apoio da iniciativa privada”, contextualizou Heberle. Além dos equipamentos, será preciso instalar uma central para operacionalizar o sistema – a sala provavelmente funcionará no quartel da Brigada Militar (BM).
Projeto maior
Participaram da reunião, além dos representantes da CDL, o responsável pelo policiamento da BM em Flores da Cunha e Nova Pádua, tenente Luiz Carlos da Luz Rodrigues, e o secretário de Administração e Governo da prefeitura, Paulo Couto. Este explicou que a instalação das câmeras está inserida em um projeto maior, que prevê a interligação dos prédios públicos por meio de uma rede de fibra ótica (chamada de infovia) que permitirá a troca de dados e mensagens de voz. O custo total aproximado do investimento é de R$ 150 mil. No mesmo contexto será reformulado o quase extinto projeto ‘Internet para Todos’, com fornecimento de sinal wi-fi para acessar a web em pontos estratégicos, como praças e outros espaços públicos. “Para a população será cobrada uma taxa subsidiada. A implantação da infovia, com acesso por rádio a pontos remotos, irá permitir a comunicação entre 23 prédios públicos, como escolas e subprefeituras com a sede da prefeitura”, complementa Couto. O secretário citou ainda que a atual administração ampliou, entre outras medidas na área da segurança, o fornecimento de combustível para a Brigada (de 200 para 500 litros mensais) e em 50% os repasses ao Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro).
Em seguida ao encontro com a CDL, o prefeito e o secretário reuniram-se com o tenente da BM e com a titular da Delegacia de Polícia, delegada Aline Martinelli. Na ocasião, Heberle comunicou a decisão de a prefeitura assumir o custeio de pelo menos cinco câmeras na área central.
Ocorrências
- Desde o dia 13, ocorreram três furtos a residências (bairros Aparecida, Centro e São Gotardo), um assalto a residência (bairro São José), um furto em um estabelecimento comercial (Centro), um furto de materiais em uma construção (Travessão Esmeralda) e a prisão de um foragido, entre outras ocorrências registradas pela Polícia Civil e pela Brigada Militar (BM).
Comentários de leitores
Por e-mail
“É preciso que a população em geral tenha vergonha e também mais respeito. De nada vai adiantar ter um milhão de policiais se não houver empatia e respeito entre a população. Acredito que a educação é a base para um ser humano idôneo, sem preconceitos e íntegro.” Caroline Ines Duarte
“Medidas contra a insegurança têm que ser mais objetivas. Não basta simplesmente aumentar o número de policiais nas ruas. É preciso investir na educação para que a próxima geração tenha pensamento na mudança e não a mudança no pensamento. Temos que parar de arranjar culpados e encontrar soluções.” Anderson Toscano
“Não é possível que soluções e atitudes não sejam tomadas. Não precisa ser um gênio para saber o que fazer: precisamos é de atitude. Nos últimos cinco anos a gravidade e frequência dos crimes é assustadora. A grande maioria dos crimes é cometida para a compra e consumo de drogas, principalmente o crack. Quanto a nós, cidadãos florenses, cabe comunicar toda e qualquer atitude suspeita à Brigada Militar.” Elpídio Júlio Cardoso Moutinho
No Facebook
Patrícia Brum: Acho que essas câmeras não vão adiantar muita coisa se não houver policiamento também.
Anderson Maróstica: Em vez de a BM se preocupar com o que realmente importa fica abordando carro rebaixado com película e som. E os criminosos ficam vagando por aí.
Luciano Catafesta: A polícia tem que pegar todo mundo que anda fora da lei, desde bandido a baderneiros de final de semana.
Marilei da Silva: A equação não é tão simples como parece. Segurança pública refere-se à máxima “para se ter mais segurança é preciso ter mais policiais nas ruas”.
Dayane Menegussi: Por que aqui em Flores da Cunha não vejo policiais nas ruas? Aonde estão?
Denise Kichel Gallina: Policiais nas ruas ajudam a inibir o delinquente. Não vemos isso em Flores. Vemos pessoas estranhas rondando nossas residências.
Ronaldo Bortolotto: A falta de policiais ocorre em todo o Estado, não somente em Flores.
Alessandro Espíndola Bueno: A pressão política para trazer uma delegada titular funcionou. Agora está na hora de trazer agentes, pois, na Civil, somos somente em sete, sendo que dois estão se aposentando, ou seja, ficará mais difícil ainda propiciar o atendimento que a população merece e tem direito.
Daniela Cavagnolli Venz: Concordo que as câmeras não vão resolver os problemas, mas elas podem auxiliar nas investigações. Flores da Cunha está crescendo muito.
Abaixo um video dos locais onde as câmeras serão instaladas.
Os locais onde os equipamentos serão instalados foram inicialmente definidos pelo poder público e levam em consideração questões técnicas, como fluxo de pessoas e de veículos. Uma discussão com a delegada Aline Martinelli e com representantes da Brigada Militar (BM) local será feita no máximo até a próxima semana para escolher onde haverá vigilância digital. As áreas avaliadas são Avenida 25 de Julho (duas, na rotatória com a Rua São José e na esquina com a Dr. Montaury); na Montaury, nas proximidades da Escola São Rafael; na esquina da Borges de Medeiros com Júlio de Castilhos; e na esquina das ruas Frei Eugênio com John Kennedy (onde fica o Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi). “Sabemos que essa medida não irá solucionar o problema da insegurança, mas irá inibir”, projeta Heberle.
O anúncio da prefeitura foi feito após a série de crimes – principalmente assaltos e arrombamentos – registrados em Flores da Cunha na segunda semana de janeiro de 2012. Na manhã do dia 18, o prefeito recebeu em seu gabinete a presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Sandra Camargo de Lima, e do secretário-executivo da entidade, Josué Valandro. Ambos levaram ao chefe do Executivo a preocupação dos comerciantes florenses com a segurança. “Nossos associados estão pedindo as câmeras”, repassou Sandra.
Entretanto, um levantamento da CDL aponta que inicialmente os empresários do setor comercial não contribuiriam para que o projeto do videomonitoramento saia do papel. “A sensação de segurança que existe na sociedade não é de agora, mas sim um problema de décadas. Infelizmente, combatemos os efeitos, e não as causas dos problemas. Precisamos envolver a sociedade. Acredito que depois disso o projeto será ampliado com apoio da iniciativa privada”, contextualizou Heberle. Além dos equipamentos, será preciso instalar uma central para operacionalizar o sistema – a sala provavelmente funcionará no quartel da Brigada Militar (BM).
Projeto maior
Participaram da reunião, além dos representantes da CDL, o responsável pelo policiamento da BM em Flores da Cunha e Nova Pádua, tenente Luiz Carlos da Luz Rodrigues, e o secretário de Administração e Governo da prefeitura, Paulo Couto. Este explicou que a instalação das câmeras está inserida em um projeto maior, que prevê a interligação dos prédios públicos por meio de uma rede de fibra ótica (chamada de infovia) que permitirá a troca de dados e mensagens de voz. O custo total aproximado do investimento é de R$ 150 mil. No mesmo contexto será reformulado o quase extinto projeto ‘Internet para Todos’, com fornecimento de sinal wi-fi para acessar a web em pontos estratégicos, como praças e outros espaços públicos. “Para a população será cobrada uma taxa subsidiada. A implantação da infovia, com acesso por rádio a pontos remotos, irá permitir a comunicação entre 23 prédios públicos, como escolas e subprefeituras com a sede da prefeitura”, complementa Couto. O secretário citou ainda que a atual administração ampliou, entre outras medidas na área da segurança, o fornecimento de combustível para a Brigada (de 200 para 500 litros mensais) e em 50% os repasses ao Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro).
Em seguida ao encontro com a CDL, o prefeito e o secretário reuniram-se com o tenente da BM e com a titular da Delegacia de Polícia, delegada Aline Martinelli. Na ocasião, Heberle comunicou a decisão de a prefeitura assumir o custeio de pelo menos cinco câmeras na área central.
Ocorrências
- Desde o dia 13, ocorreram três furtos a residências (bairros Aparecida, Centro e São Gotardo), um assalto a residência (bairro São José), um furto em um estabelecimento comercial (Centro), um furto de materiais em uma construção (Travessão Esmeralda) e a prisão de um foragido, entre outras ocorrências registradas pela Polícia Civil e pela Brigada Militar (BM).
Comentários de leitores
Por e-mail
“É preciso que a população em geral tenha vergonha e também mais respeito. De nada vai adiantar ter um milhão de policiais se não houver empatia e respeito entre a população. Acredito que a educação é a base para um ser humano idôneo, sem preconceitos e íntegro.” Caroline Ines Duarte
“Medidas contra a insegurança têm que ser mais objetivas. Não basta simplesmente aumentar o número de policiais nas ruas. É preciso investir na educação para que a próxima geração tenha pensamento na mudança e não a mudança no pensamento. Temos que parar de arranjar culpados e encontrar soluções.” Anderson Toscano
“Não é possível que soluções e atitudes não sejam tomadas. Não precisa ser um gênio para saber o que fazer: precisamos é de atitude. Nos últimos cinco anos a gravidade e frequência dos crimes é assustadora. A grande maioria dos crimes é cometida para a compra e consumo de drogas, principalmente o crack. Quanto a nós, cidadãos florenses, cabe comunicar toda e qualquer atitude suspeita à Brigada Militar.” Elpídio Júlio Cardoso Moutinho
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Patrícia Brum: Acho que essas câmeras não vão adiantar muita coisa se não houver policiamento também.
Anderson Maróstica: Em vez de a BM se preocupar com o que realmente importa fica abordando carro rebaixado com película e som. E os criminosos ficam vagando por aí.
Luciano Catafesta: A polícia tem que pegar todo mundo que anda fora da lei, desde bandido a baderneiros de final de semana.
Marilei da Silva: A equação não é tão simples como parece. Segurança pública refere-se à máxima “para se ter mais segurança é preciso ter mais policiais nas ruas”.
Dayane Menegussi: Por que aqui em Flores da Cunha não vejo policiais nas ruas? Aonde estão?
Denise Kichel Gallina: Policiais nas ruas ajudam a inibir o delinquente. Não vemos isso em Flores. Vemos pessoas estranhas rondando nossas residências.
Ronaldo Bortolotto: A falta de policiais ocorre em todo o Estado, não somente em Flores.
Alessandro Espíndola Bueno: A pressão política para trazer uma delegada titular funcionou. Agora está na hora de trazer agentes, pois, na Civil, somos somente em sete, sendo que dois estão se aposentando, ou seja, ficará mais difícil ainda propiciar o atendimento que a população merece e tem direito.
Daniela Cavagnolli Venz: Concordo que as câmeras não vão resolver os problemas, mas elas podem auxiliar nas investigações. Flores da Cunha está crescendo muito.
Abaixo um video dos locais onde as câmeras serão instaladas.
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