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Bens de traficantes são confiscados pela Justiça

Objetivo do pedido do Ministério Público, que foi acolhido na íntegra pela Justiça, é garantir que o patrimônio avaliado em R$ 700 mil, provavelmente adquirido com o lucro ilícito do tráfico, não fosse vendido ou transferido. Dois apartamentos e dois boxes de garagem, uma casa, dois veículos BMW, um Vectra, um Mercedes-Benz, além de uma motocicleta integram a lista

Menos de uma semana após cumprir nove mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, no início desta semana a Justiça deu mais um duro golpe contra uma quadrilha de traficantes que atuava em Flores da Cunha. Numa ação conjunta entre Ministério Público (MP), Judiciário e Brigada Militar (BM), mais mandados foram cumpridos na noite de segunda-feira, dia 1º de setembro, desta vez acompanhados de medida cautelar de sequestro dos bens dos 12 membros da quadrilha.

Durante cerca de dois anos o MP acompanhou a atuação dos envolvidos, antes de solicitar a indisponibilidades dos bens, que teriam sido adquiridos com dinheiro proveniente da venda de drogas. De acordo com o promotor de Justiça, Stéfano Lobato Kaltbach, neste período foram juntadas dezenas de ocorrências veiculando alguns suspeitos com o tráfico de entorpecentes, que embasam o pedido deferido pelo juiz Roberto Laux Junior. Conforme o magistrado, o trabalho de investigação feito pela Polícia Civil e pelo MP está correto, conforme a lei prevê. De acordo com ele, se as medidas foram deferidas é porque há indícios fortes de atividades ilícitas dos investigados, destaca, sem dar muitos detalhes sobre o andamento do processo que corre em segredo de Justiça.

Segundo o promotor, os envolvidos foram enquadrados nos artigos 125 a 129 do Código Penal, e no artigo 60 da Lei Federal 11.343. O objetivo do Ministério Público, acolhido na íntegra pela Justiça, é garantir que todos os bens adquiridos com o lucro obtido ilicitamente com o tráfico de drogas não fossem vendidos ou transferidos a terceiros.

Entre os bens estão dois apartamentos e dois boxes de garagem localizados no loteamento Sonda, uma casa no bairro União, dois veículos BMW, um Vectra, um Mercedes-Benz, além de uma motocicleta. A maioria dos imóveis pertence a um homem de 38 anos que seria o chefe da quadrilha e que está foragido. Também foram sequestrados bens em nome de duas mulheres, com idades de 48 anos e 40 anos.

Os imóveis localizados no loteamento Sonda foram registrados no final de julho deste ano. O valor dos bens bloqueados, incluindo móveis e outros pertences que estavam nas moradias, ultrapassa R$ 700 mil. “É um golpe bem duro contra o tráfico da maior quadrilha de Flores da Cunha”, define o promotor. “Vão sentir muito, além do processo judicial, mais ainda na parte financeira”, completa Kaltbach.


A ação da semana passada
Sete pessoas, sendo três homens e quatro mulheres, foram detidas no início da noite de 26 de agosto, suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas em Flores da Cunha. Na operação Retomada da Polícia Civil foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva. Três das detenções foram em flagrante por tráfico. As demais ocorreram por tráfico e associação para o tráfico.

Dois homens, um de 38 anos, que seria o chefe do bando, e outro de 24 anos, não foram localizados e continuam foragidos. O grupo composto por 12 pessoas era responsável pelo comércio de drogas em vários pontos da cidade, especialmente no bairro União e no loteamento Sonda, onde ocorreu a maioria das prisões. Num dos locais do União, onde funciona um dos pontos, foram apreendidas 55g de crack, 40g de cocaína, uma pequena quantidade de maconha, dois telefones celulares, material para embalar drogas e R$ 314 em dinheiro.


Objetivo do promotor é garantir que os bens adquiridos com o lucro ilícito do tráfico não sejam vendidos ou transferidos. - Antonio Coloda
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