Bassano del Grappa, simpática e charmosa
Seja para fazer um passeio agradável pelas tantas praças históricas ou para visitar um bar tradicional, a cidade italiana é uma ótima opção para um (ou vários) passeios
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a cidade de Bassano del Grappa não tem esse nome por causa da bebida, mas sim porque está localizada na base do Monte Grappa, na região do Vêneto, ao Norte da Itália. Com casas e praças medievais, Bassano se mostra um dos destinos mais simpáticos oferecendo diversas opções de roteiros. Você pode sentar nas margens do Rio Brenta e observar a natureza, pode provar as inúmeras bebidas tradicionais da região ou ainda fazer uma caminhada por entre a arquitetura medieval, onde não há espaço para carros, mas somente para pedestres. Seja qual for a opção para Bassano del Grappa, será inevitável uma verdadeira aula de história. Atravessar sua famosa ponte de madeira, a ‘Vecchio ou ‘Ponte degli Alpini’, é como entrar em uma máquina do tempo.
Com cerca de 40 mil habitantes, Bassano del Grappa é uma comune da província de Vicenza. Embora seu nome não esteja associado à bebida ‘grappa’, ou graspa no bom português, são de lá as mais tradicionais destilarias da Itália. Empreendimentos que surgiram antes das grandes guerras estão presentes até hoje e são pontos de encontro para bassaneses e visitantes. De 1915 a 1918 a Primeira Guerra Mundial fez das cidades da Itália um teatro mágico, mas que aumentou a popularidade da grappa. Ela, na verdade, foi companheira entre os soldados na linha de batalha, os aqueceu durante as longas noites nas trincheiras e ajudou a não perder a esperança após a derrota da batalha de Kobarid. Encerrado o conflito, a juventude fez da grappa um mito – Bassano representa muito bem isso.
É de Bassano também o grupo de soldados especializados em ações da montanha, os Alpinos. Eles tiveram importante papel na Primeira e Segunda Guerra, por isso é fácil ver a insígnia por toda a cidade, inclusive nas lojas de suvenires. Foram eles que reconstruíram a Ponte Vecchio, após ser destruída pelos alemães em retirada, e por isso ganharam um museu em sua homenagem, localizado ao pé da ponte.
Além das destilarias, Bassano del Grappa tem como tradição a cerâmica. O Palazzo Sturm, onde estão instalados o Museu Remondini (dedicado à renomada gráfica Remondini, do Século 18) e o Museu da Cerâmica. O espaço conta a história dos artefatos que, como a grappa, também são muito associados à cidade – o auge da produção cerâmica foi entre os Séculos 17 e 18.
Chegue a Bassano, aproveite cada detalhe, prove a bebida local (mas sem exageros, porque ela realmente é forte), siga pela Ponte Vecchio e aproveite. Visitar Bassano del Grappa é um convite para admirar sua arquitetura, sua história e suas paisagens.
* A jornalista viajou à Itália com apoio do Vicentini nel Mondo, Circolo Vicentini de Flores da Cunha e Comitato Vêneto do Rio Grande do Sul.
A mais antiga destilaria da Itália
Após visitar Bassano del Grappa é impossível esquecer da Destilaria Bortolo Nardini. A história da cidade e da empresa se fundem nas garrafas de aquavite produzidas desde 1779, tornando-se hoje o empreendimento mais antigo da Itália. Em um dos acessos da Ponte Vecchio está a loja da destilaria, servindo de ponto de encontro para apreciar suas variedades de grappa, licores e drinques feitos somente ali.
Em 1779 o italiano Bortolo Nardini, especialista na destilação, deixou sua terra natal Segonzano, em Vale di Cembra, e desceu até Bassano del Grappa para abrir, na entrada da famosa ponte sobre o Rio Brenta, sua destilaria – ou grapperia. Hoje é praticamente impossível separar a Ponte Vecchio da destilaria. A Nardini pertence à Associação Internacional das Bicentenárias Empresas Familiares Les Henokiens e comercializa 16 produtos. A Aquavite Nardini, como são chamados os destilados, ganhou o mercado da grappa por meio de um processo de dupla destilação e filtração a frio.
Espaço comercializa os inúmeros produtos da empresa fundada em 1779.
Com cerca de 40 mil habitantes, Bassano del Grappa é uma comune da província de Vicenza. Embora seu nome não esteja associado à bebida ‘grappa’, ou graspa no bom português, são de lá as mais tradicionais destilarias da Itália. Empreendimentos que surgiram antes das grandes guerras estão presentes até hoje e são pontos de encontro para bassaneses e visitantes. De 1915 a 1918 a Primeira Guerra Mundial fez das cidades da Itália um teatro mágico, mas que aumentou a popularidade da grappa. Ela, na verdade, foi companheira entre os soldados na linha de batalha, os aqueceu durante as longas noites nas trincheiras e ajudou a não perder a esperança após a derrota da batalha de Kobarid. Encerrado o conflito, a juventude fez da grappa um mito – Bassano representa muito bem isso.
É de Bassano também o grupo de soldados especializados em ações da montanha, os Alpinos. Eles tiveram importante papel na Primeira e Segunda Guerra, por isso é fácil ver a insígnia por toda a cidade, inclusive nas lojas de suvenires. Foram eles que reconstruíram a Ponte Vecchio, após ser destruída pelos alemães em retirada, e por isso ganharam um museu em sua homenagem, localizado ao pé da ponte.
Além das destilarias, Bassano del Grappa tem como tradição a cerâmica. O Palazzo Sturm, onde estão instalados o Museu Remondini (dedicado à renomada gráfica Remondini, do Século 18) e o Museu da Cerâmica. O espaço conta a história dos artefatos que, como a grappa, também são muito associados à cidade – o auge da produção cerâmica foi entre os Séculos 17 e 18.
Chegue a Bassano, aproveite cada detalhe, prove a bebida local (mas sem exageros, porque ela realmente é forte), siga pela Ponte Vecchio e aproveite. Visitar Bassano del Grappa é um convite para admirar sua arquitetura, sua história e suas paisagens.
* A jornalista viajou à Itália com apoio do Vicentini nel Mondo, Circolo Vicentini de Flores da Cunha e Comitato Vêneto do Rio Grande do Sul.
A mais antiga destilaria da Itália
Após visitar Bassano del Grappa é impossível esquecer da Destilaria Bortolo Nardini. A história da cidade e da empresa se fundem nas garrafas de aquavite produzidas desde 1779, tornando-se hoje o empreendimento mais antigo da Itália. Em um dos acessos da Ponte Vecchio está a loja da destilaria, servindo de ponto de encontro para apreciar suas variedades de grappa, licores e drinques feitos somente ali.
Em 1779 o italiano Bortolo Nardini, especialista na destilação, deixou sua terra natal Segonzano, em Vale di Cembra, e desceu até Bassano del Grappa para abrir, na entrada da famosa ponte sobre o Rio Brenta, sua destilaria – ou grapperia. Hoje é praticamente impossível separar a Ponte Vecchio da destilaria. A Nardini pertence à Associação Internacional das Bicentenárias Empresas Familiares Les Henokiens e comercializa 16 produtos. A Aquavite Nardini, como são chamados os destilados, ganhou o mercado da grappa por meio de um processo de dupla destilação e filtração a frio.
Espaço comercializa os inúmeros produtos da empresa fundada em 1779.
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