Aumenta o uso de cartões de débito e crédito no país
Modalidade de pagamento movimentou R$ 189 bilhões no primeiro semestre. Estimativa de empresária florense é de que transações chegam a 60%
Os primeiros três meses de 2013 somam mais de R$ 189 bilhões em compras com cartões de crédito e débito no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Com a cifra o aumento em relação ao mesmo período de 2012 chega a quase 17%. No primeiro trimestre deste ano o cartão de crédito foi o que mais apresentou crescimento no faturamento por ramos de atividades comerciais. No setor de varejo alimentício, por exemplo, a modalidade débito teve participação de 25%. Já a modalidade crédito tem a maior participação no comércio varejista, com 27,1%.
No mesmo período a região Sul do Brasil aparece em segundo lugar entre as cinco grandes regiões do país, segundo a Abecs. No débito, a região teve um aumento de 19% em relação ao último semestre de 2012, com participação no faturamento de 15%. O cartão de crédito também foi mais usado nos primeiros seis meses de 2012, registrando aumento de 14,8% ao último semestre do ano passado e participação de 12% no faturamento regional.
Em Flores da Cunha, há cinco anos administrando a própria loja, a empresária Taciane Slaviero entende que a tendência é cada mais os pagamentos serem feitos de forma eletrônica, por isso, desde a inauguração, trabalha com todas as bandeiras de cartão de crédito. Sua loja, a Gloss, é especializada em um produto conhecido por atrair o público feminino: sapatos.
A empresária calcula que cerca de 60% de suas vendas sejam pagas no cartão de crédito, sendo grande parte de sua clientela é composta por mulheres que preferem o crédito ao débito, já que é possível parcelar. Taciane acredita que além da facilidade e segurança, o cartão de crédito oferece vantagens porque inclui o consumidor em sorteio de brindes e descontos, como quando uma administradora incentiva o acúmulo de ‘milhas’.
Ela revela que também compra apenas com cartões para usufruir de benefícios exclusivos. Em viagens de avião, por exemplo, ela fica em salas de espera reservadas a cliente de determinada bandeira. O próprio sistema de crediário da Gloss (por boleto) está rumando à extinção, dada a praticidade dos cartões. “O cartão dá 100% de segurança”, opina. Atualmente, Taciane trabalha com uma única máquina, em um sistema que aceita todas as bandeiras, como aqueles existentes na maioria dos supermercados.
Ascensão de classes sociais e segurança
Assim como especialistas de todo o país, a economista e professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS) Maria Carolina Rosa Gullo acredita que o crescimento de operações com cartões se deve também à ascensão das classes sociais. Outro fator é o incentivo dos bancos em que o correntista use também o cartão de crédito, propondo vantagens como descontos na taxa de manutenção da conta. E uma das razões que facilita a realizações de compras com cartão de crédito é o fato de que, enquanto o cartão estiver válido e as faturas forem pagas, o consumidor inadimplente consegue continuar comprando.
Apesar das facilidades, a economista alerta para o uso racional. Maria Carolina aconselha que a data de vencimento da fatura venha logo a seguir do dia de recebimento de salário. O pagamento atrasado ou mínimo da fatura também significa prejuízo, já que além das cobranças adicionais é possível que o valor de outras compras entre na fatura seguinte. “Se não vai ter dinheiro para pagar, não use, não faça isso. Quebre o cartão, porque os juros são altíssimos. Hoje temos taxas de cheque especial muito mais baratas do que de cartões de crédito”, afirma.
Se o uso for planejado, explica a economista, o cartão é uma forma segura de pagamento já que não é mais necessário andar com dinheiro na carteira. O mesmo vale para os comerciantes, que acabam tendo um volume pequeno de cédulas no caixa, desestimulando assaltantes. Além disso, o lojista tem a certeza de que a compra com o cartão será paga, diferentemente daquelas pagas com cheques ou no próprio crediário da loja, quando não há garantia de recebimento.
A professora da UCS analisa que, em nossa região, algumas micro e pequenas empresas, quase sempre administradas por membros da mesma família, ainda apresentam certa resistência ao pagamento eletrônico. Isso ocorre porque as administradoras cobram taxas percentuais – entre 2% e 5% - sobre o valor da compra, volume que pode pesar no balanço final de estabelecimentos desse porte. “Ele não se torna competitivo”, opina. Mas quem não trabalha com cartão deve redobrar a atenção. “Aquele que avisa que não aceita cartão (com placas na porta, por exemplo) restringe o público e corre mais risco do ponto de vista da segurança”, recomenda a economista.
No mesmo período a região Sul do Brasil aparece em segundo lugar entre as cinco grandes regiões do país, segundo a Abecs. No débito, a região teve um aumento de 19% em relação ao último semestre de 2012, com participação no faturamento de 15%. O cartão de crédito também foi mais usado nos primeiros seis meses de 2012, registrando aumento de 14,8% ao último semestre do ano passado e participação de 12% no faturamento regional.
Em Flores da Cunha, há cinco anos administrando a própria loja, a empresária Taciane Slaviero entende que a tendência é cada mais os pagamentos serem feitos de forma eletrônica, por isso, desde a inauguração, trabalha com todas as bandeiras de cartão de crédito. Sua loja, a Gloss, é especializada em um produto conhecido por atrair o público feminino: sapatos.
A empresária calcula que cerca de 60% de suas vendas sejam pagas no cartão de crédito, sendo grande parte de sua clientela é composta por mulheres que preferem o crédito ao débito, já que é possível parcelar. Taciane acredita que além da facilidade e segurança, o cartão de crédito oferece vantagens porque inclui o consumidor em sorteio de brindes e descontos, como quando uma administradora incentiva o acúmulo de ‘milhas’.
Ela revela que também compra apenas com cartões para usufruir de benefícios exclusivos. Em viagens de avião, por exemplo, ela fica em salas de espera reservadas a cliente de determinada bandeira. O próprio sistema de crediário da Gloss (por boleto) está rumando à extinção, dada a praticidade dos cartões. “O cartão dá 100% de segurança”, opina. Atualmente, Taciane trabalha com uma única máquina, em um sistema que aceita todas as bandeiras, como aqueles existentes na maioria dos supermercados.
Ascensão de classes sociais e segurança
Assim como especialistas de todo o país, a economista e professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS) Maria Carolina Rosa Gullo acredita que o crescimento de operações com cartões se deve também à ascensão das classes sociais. Outro fator é o incentivo dos bancos em que o correntista use também o cartão de crédito, propondo vantagens como descontos na taxa de manutenção da conta. E uma das razões que facilita a realizações de compras com cartão de crédito é o fato de que, enquanto o cartão estiver válido e as faturas forem pagas, o consumidor inadimplente consegue continuar comprando.
Apesar das facilidades, a economista alerta para o uso racional. Maria Carolina aconselha que a data de vencimento da fatura venha logo a seguir do dia de recebimento de salário. O pagamento atrasado ou mínimo da fatura também significa prejuízo, já que além das cobranças adicionais é possível que o valor de outras compras entre na fatura seguinte. “Se não vai ter dinheiro para pagar, não use, não faça isso. Quebre o cartão, porque os juros são altíssimos. Hoje temos taxas de cheque especial muito mais baratas do que de cartões de crédito”, afirma.
Se o uso for planejado, explica a economista, o cartão é uma forma segura de pagamento já que não é mais necessário andar com dinheiro na carteira. O mesmo vale para os comerciantes, que acabam tendo um volume pequeno de cédulas no caixa, desestimulando assaltantes. Além disso, o lojista tem a certeza de que a compra com o cartão será paga, diferentemente daquelas pagas com cheques ou no próprio crediário da loja, quando não há garantia de recebimento.
A professora da UCS analisa que, em nossa região, algumas micro e pequenas empresas, quase sempre administradas por membros da mesma família, ainda apresentam certa resistência ao pagamento eletrônico. Isso ocorre porque as administradoras cobram taxas percentuais – entre 2% e 5% - sobre o valor da compra, volume que pode pesar no balanço final de estabelecimentos desse porte. “Ele não se torna competitivo”, opina. Mas quem não trabalha com cartão deve redobrar a atenção. “Aquele que avisa que não aceita cartão (com placas na porta, por exemplo) restringe o público e corre mais risco do ponto de vista da segurança”, recomenda a economista.
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