Atenção aos sintomas da síndrome mão-pé-boca
Doença é contagiosa, se espalha em algumas escolinhas e acomete principalmente crianças com menos de cinco anos
A Secretaria da Saúde de Flores da Cunha distribui material informativo e amplia as informações sobre a síndrome mão-pé-boca. A enfermidade, causada por um vírus que normalmente habita nosso sistema digestivo, é contagiosa e mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. No município, repetidos casos foram registrados nos últimos 15 dias, por isso a recomendação é para que pais fiquem atentos aos sintomas dos filhos como febre alta e, posteriormente, o aparecimento de aftas na região da boca e pequenas bolhas nos pés e nas mãos. A doença passa sozinha, mas é fundamental o tratamento dos sintomas.
Podendo ser inicialmente confundida com um resfriado, geralmente a síndrome mão-pé-boca tem um período de incubação que oscila entre um e sete dias. Inicia com febre e um ou dois dias depois aparecem as aftas dolorosas e gânglios no pescoço. Depois surge nos pés e mãos uma infecção moderada em forma de ferinhas ou bolhas, que podem aparecer também nas nádegas e região genital e eventualmente podem coçar. Em geral, essas lesões regridem com a febre, entre cinco e sete dias –, já as bolhas na boca podem permanecer até quatro semanas, mas sem deixarem cicatriz.
A síndrome não tem um tratamento específico – na maior parte dos casos é realizado com antitérmicos e anti-inflamatórios. A desidratação é a complicação mais frequente em virtude da febre e da ingestão inadequada de líquidos, uma vez que a síndrome provoca dor ao engolir. Os cuidados na transmissão da doença são fundamentais, não apenas nas escolinhas, mas também em casa e na rua. “O tratamento deve ser orientado pelo pediatra e é recomendado que, ao iniciarem os sintomas, a criança fique em casa sob os cuidados dos pais. As escolinhas devem desinfetar brinquedos, móveis e outros objetos utilizados pelas crianças. Esse cuidado deve existir também dentro de casa para evitar a transmissão para outras crianças”, explica a fiscal sanitária Fernanda Zim.
Os sintomas
– Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões.
– Aparecimento na boca, amídalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas.
– Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.
– Dor de garganta, mal-estar, dor de cabeça, falta de apetite, vômito e diarreia.
Cuidados
– Como a transmissão da síndrome se dá pela via fecal/oral, pelo contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então por alimentos e objetos contaminados, é importante que a criança fique em casa, em repouso, enquanto durar a infecção.
– Nem sempre a infecção pelo vírus provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões semelhantes com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os mais predominantes.
– Desinfete brinquedos, móveis e outros objetos utilizados pela criança.
– As aftas provocam dor, fazendo a criança evitar qualquer tipo de alimentação, é importante insistir na ingestão de alimentos pastosos como purês e mingaus, assim como gelatina e sorvete; além de bebidas geladas como sucos naturais, chás e água, que são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo.
– Oriente as crianças a lavar bem as mãos após ir ao banheiro e tenha cuidado ao trocar a fralda do bebê, higienizando bem as suas mãos.
– Mesmo depois de recuperada, a criança pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas, por isso o cuidado deve permanecer.
Fonte: Secretaria da Saúde de Flores da Cunha.
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