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Artigo: Arte e Cultura em Flores da Cunha, um ponto de vista

Nos 97 anos de Flores da Cunha, muito evoluiu-se em relação à preservação cultural do passado e podemos ainda mais

Em nossa cidade desfrutamos de diversas formas de manifestações culturais através da arte, seja no presente ou no passado. O amor pelo vinho nas poesias e livros, as festas nas comunidades com os tradicionais bailes, as clássicas músicas italianas interpretadas pelas bandas e coros, os festivais musicais como a Vindima da Canção, que hoje é extinto, entre tantos outros eventos artísticos. Essas e outras manifestações surgiram em tempos difíceis, onde o mais importante, para a grande maioria, era ter o que comer, vestir e onde morar. Talvez por esses motivos a arte foi julgada, por muitos, como algo não essencial. A “sobrevivência” sempre teve que estar à frente de tudo e é com alegria que podemos dizer que o pior já passou. 
Pode-se definir cultura como um conjunto de estruturas que caracterizam uma sociedade. Já a arte, segundo o dicionário Aurélio, é a expressão de um ideal de beleza nas obras humanas. Penso na palavra arte como algo muito difícil de ser explicado, mas fácil de sentir. Banksy certa vez escreveu: “A arte deve confortar os perturbados e perturbar o confortáveis”. 
Hoje, Flores da Cunha é um exemplo em desenvolvimento de patrimônio material, conseguimos vencer as dificuldades, colocar comida nas mesas onde não havia, acolher todos que adentram as nossas fronteiras em busca de emprego e educar quase a totalidade da população. Isso é, e deve ser, motivo de orgulho para a comunidade. 
Porém, não conseguimos solidificar o importante papel que tem a arte para o desenvolvimento da consciência humana. Ela ainda é vista somente como um simples hobby ou passatempo e é preciso enxergá-la como algo engrandecedor, um instrumento de elevação intelectual e moral que contribui na formação de uma sociedade mais civilizada. A cultura, sob todas as formas de arte, de amor e de pensamento, através dos séculos, capacitou o homem a ser menos escravizado (André Malraux). 
Nos 97 anos de Flores da Cunha, muito evoluiu-se em relação à preservação cultural do passado e podemos ainda mais. Precisamos criar mecanismos de fortalecimento da cena artística da cidade, possibilitando que toda a população tenha acesso à arte, para que tenhamos um futuro com cidadãos felizes e orgulhosos em não só morar, mas viver aqui. Parabéns, Flores da Cunha.

 - Gabriela Fiorio
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