Arte esculpida em cerâmica, gesso e madeira
Obras do florense Valdir Bolzoni estão em exposição no Museu e Arquivo Histórico até o dia 9 de maio
Traços feitos à mão em uma arte autodidata e de livre criação por um despretensioso artista cheio de talento: este é trabalho de Valdir Bolzoni, vitivinicultor de 45 anos. Ele é o expositor deste mês no Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi. A mostra é a primeira individual de Bolzoni – em 2011 ele expôs no Museu em uma ação coletiva. Esta exposição reúne 90 peças, entre esculturas em cerâmica (argila), gesso, madeira e aquarelas.
Natural do distrito de Otávio Rocha, Bolzoni conta que a paixão iniciou ainda na infância, quando ia até o açude localizado na propriedade da família, pegava barro e fazia pecinhas de argila para brincar. Sem esquecer a vontade de lidar com o material, ficou alguns anos se dedicando à agricultura, trabalho que dividia com outros sete irmãos. Sem nenhum estudo ou conhecimento prévio, quando adolescente, com um pouco de argila fez a primeira escultura, alimentando a vontade em continuar produzindo peças. “Encontrei na arte uma terapia, um prazer em produzir algo”, destaca Bolzoni.
Há quase 15 anos ele dedica suas horas de folga, que muitas vezes são somente durante algumas noites, para a arte. Nesse meio tempo, fez um curso de pintura com a professora Dalva Belló (falecida), onde aprendeu técnicas de pintura em telas e também passou a dedicar-se à produção em cores, onde os temas retratados são o cotidiano, a natureza e a religião.
Entre as esculturas, uma produção de mulheres, casais, obras sem rosto com um toque abstrato, e uma série especial da Copa do Mundo podem ser conferidas nesta exposição. “Pelo fato do processo ser todo manual, não existe uma peça igual a outra. Elas são únicas e foram sendo melhoradas com técnicas desenvolvidas ao longo dos anos”, conta o artista.
Conforme Bolzoni, cada peça leva mais de 10 horas para ficar moldada, 15 dias de secagem na sombra para depois passar pelo forno de cozimento especial, que aquece a 800ºC durante cerca de cinco horas. Há pouco mais de um ano o artista recebeu uma doação de um forno especial – antes ele utilizava serviços de uma olaria.
Quanto à inspiração para cada peça, Bolzoni conta que as influências são o cotidiano e referências vistas em observação de imagens. “Acredito que seja um dom, pois tudo aprendi sozinho. Quando vou esculpir, inicio muitas vezes sem saber o que vai sair, e depois a peça surge nas mãos”, enfatiza. Bolzoni defende que a vontade em criar e desenvolver suas ideias deve ser maior que as condições e conhecimento. “O aprendizado vem com o próprio trabalho com o aperfeiçoamento e muita dedicação”, opina.
No museu
- Algumas das peças em exposição podem ser comercializadas diretamente com o artista pelo telefone (54) 9989.7414.
- A mostra segue até o dia 9 de maio, durante o expediente do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi – de segunda à sexta-feira, das 8h às 11h30min, e das 13h às 17h30min. No final de semana de 3 e 4 de maio o local estará aberto das 10h às 17h.
Natural do distrito de Otávio Rocha, Bolzoni conta que a paixão iniciou ainda na infância, quando ia até o açude localizado na propriedade da família, pegava barro e fazia pecinhas de argila para brincar. Sem esquecer a vontade de lidar com o material, ficou alguns anos se dedicando à agricultura, trabalho que dividia com outros sete irmãos. Sem nenhum estudo ou conhecimento prévio, quando adolescente, com um pouco de argila fez a primeira escultura, alimentando a vontade em continuar produzindo peças. “Encontrei na arte uma terapia, um prazer em produzir algo”, destaca Bolzoni.
Há quase 15 anos ele dedica suas horas de folga, que muitas vezes são somente durante algumas noites, para a arte. Nesse meio tempo, fez um curso de pintura com a professora Dalva Belló (falecida), onde aprendeu técnicas de pintura em telas e também passou a dedicar-se à produção em cores, onde os temas retratados são o cotidiano, a natureza e a religião.
Entre as esculturas, uma produção de mulheres, casais, obras sem rosto com um toque abstrato, e uma série especial da Copa do Mundo podem ser conferidas nesta exposição. “Pelo fato do processo ser todo manual, não existe uma peça igual a outra. Elas são únicas e foram sendo melhoradas com técnicas desenvolvidas ao longo dos anos”, conta o artista.
Conforme Bolzoni, cada peça leva mais de 10 horas para ficar moldada, 15 dias de secagem na sombra para depois passar pelo forno de cozimento especial, que aquece a 800ºC durante cerca de cinco horas. Há pouco mais de um ano o artista recebeu uma doação de um forno especial – antes ele utilizava serviços de uma olaria.
Quanto à inspiração para cada peça, Bolzoni conta que as influências são o cotidiano e referências vistas em observação de imagens. “Acredito que seja um dom, pois tudo aprendi sozinho. Quando vou esculpir, inicio muitas vezes sem saber o que vai sair, e depois a peça surge nas mãos”, enfatiza. Bolzoni defende que a vontade em criar e desenvolver suas ideias deve ser maior que as condições e conhecimento. “O aprendizado vem com o próprio trabalho com o aperfeiçoamento e muita dedicação”, opina.
No museu
- Algumas das peças em exposição podem ser comercializadas diretamente com o artista pelo telefone (54) 9989.7414.
- A mostra segue até o dia 9 de maio, durante o expediente do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi – de segunda à sexta-feira, das 8h às 11h30min, e das 13h às 17h30min. No final de semana de 3 e 4 de maio o local estará aberto das 10h às 17h.
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