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Aprovado o preço mínimo da uva

Conselho Monetário Nacional homologou no dia 7 o valor de R$ 0,57 ao quilo das variedades híbridas com 15 graus babo

O preço mínimo da uva foi homologado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A decisão confirma acordo firmado entre produtores e indústria e que tinha aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O valor fixado foi de R$ 0,57 ao quilo da uva Isabel com 15 graus babo (quantidade de açúcar na fruta), por ser a variedade mais produzida. A reunião extraordinária do CMN foi realizada na tarde do dia 7 de fevereiro. Uma portaria do Mapa a ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) regulamentará o valor.

O prazo fixado pela legislação, de que o preço mínimo deve ser divulgado 60 dias antes do início da safra, não foi cumprido. Os produtores aguardavam uma definição do CMN sobre o valor que foi obtido por meio de levantamentos feitos pelos produtores da região, levando em conta fatores como a inflação, o salário mínimo e custos dos insumos agrícolas utilizados na produção. Levando em consideração o preço mínimo definido na safra de 2011 (R$ 0,52), a proposta deste ano (R$ 0,57) teve crescimento real de 3,1% mais 6,5% da inflação, após quatros anos sem alteração. O custo de produção da uva definido pela Conab foi de R$ 0,62, inferior ao da Comissão Interestadual da Uva, que ficou em R$ 0,65.

Para receber o reajuste, o viticultor deve entregar uma uva igual ou acima de 15 graus babo (que representa a quantidade de açúcar, em peso, existente em 100g de mosto). De 13 graus para baixo não haverá reajuste no preço. O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto, frisou, no dia 7, o empenho do ministro da Agricultura e do deputado federal Pepe Vargas (PT) para a aprovação do acordo no CMN.

Para as uvas viníferas foi aplicado o mesmo percentual de aumento, também valorizando a qualidade da fruta. Para receber mais, o viticultor deve entregar uvas brancas acima de 17 graus babo e, as tintas, com mínimo de 18 graus. “As novas regras estabelecidas trarão mais qualidade à matéria-prima”, destaca o presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Alceu Dalle Molle.

Entenda
O grau glucométrico da uva é medido em escala de graus babo, que representa a quantidade de açúcar, em peso, existente em 100g de mosto (caldo), ou em escala de graus brix, que representa o teor de sólidos solúveis totais na amostra (porcentagem por volume de mosto), 90% dos quais são açúcares. Esta medida pode ser feita diretamente no vinhedo, com a ajuda de um equipamento de bolso chamado refratômetro, segundo informam os pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho de Bento Gonçalves, Celito Crivellaro Guerra e Mauro Celso Zanus.



Para receber o reajuste, o viticultor deve entregar uma uva igual ou acima de 15 graus glucométricos. - Arquivo O Florense
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