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Após confusão, Câmara paduense elege Mesa Diretora

Chapa única que teve como presidente Léo Sonda (PMDB) recebeu cinco votos. Vereadores do PP, que contestam na Justiça votação de dezembro do ano passado, não compareceram

Os vereadores da Situação em Nova Pádua (PMDB e PSDB) elegeram hoje, dia 27 de janeiro, a Mesa Diretora para o biênio 2015-2016 após a confusão ocorrida na votação de 22 de dezembro do ano passado (relembre aqui o caso). A única chapa inscrita antes da sessão extraordinária desta terça-feira teve Léo Sonda (PMDB) como presidente, Elói Marin (PMDB) de vice, Nestor Tonello (PSDB) como 1º secretário e Silvino Maróstica (PSDB) como 2º secretário. Detalhe: os vereadores da Oposição, todos do PP (Claudiomiro Tonet, Ildo Stangherlin, Maria Marta Sonda e Jovani Gizéria), não compareceram.

Sem muita conversa, a partir das 19h foi lida a convocação dos parlamentares e informado que os vereadores do Partido Progressista não estariam presentes após a apresentação de um documento 45 minutos antes da sessão. O encontro durou 21 minutos, quando foi eleita a chapa única e definidos os membros das comissões da Casa. A urna de votação tinha uma trava metálica e até um cadeado, diferentemente da votação de dezembro de 2014, que foi feita em uma caixa de papelão.

Na votação do ano passado o vereador Marin teria manipulado um voto em branco. Marin nega a fraude. Léo Sonda, presidente da Chapa 1 eleito na ocasião (que exerceu a função pelo fato de todos os vereadores terem assinado a ata da sessão), esteve em Porto Alegre com o procurador jurídico da Câmara, André De Miranda Vizzotto. Eles solicitaram ao Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos (Igam) um parecer sobre o caso.

O documento orientou Sonda a anular a eleição e a convocar uma sessão extraordinária para um novo pleito. Léo fez as convocações porque, segundo o Regimento Interno, é o vereador mais votado que deve conduzir casos como esse – Léo recebeu 163 votos na eleição municipal de 2012. 

Porém, a continuidade do conflito se deve ao encaminhamento, por parte do PP de Nova Pádua, de uma ação judicial solicitando quais medidas se aplicam perante a fraude ocorrida na eleição da Mesa Diretora em dezembro. No dia 20 de janeiro os vereadores do PP também procuraram o Ministério Público (MP) para fazer a denúncia. Tal medida aconteceu em função da demora por parte da Câmara em responder documentos protocolados pelos vereadores da Oposição. Além disso, o vereador Stangherlin fez uma ocorrência na Delegacia de Polícia (DP) de Flores da Cunha para registrar o caso.

O vereador Miro Tonet diz que os progressistas tentaram uma conciliação, contudo, sem sucesso. “As responsabilidades não foram apuradas após o ocorrido. Nossos eleitores estão nos cobrando. Acionamos a Justiça pedindo a manutenção do resultado da eleição de dezembro, ou a nulidade da eleição, e que as responsabilidades sejam apuradas. A Justiça vai determinar os caminhos corretos”, argumenta Tonet. A votação de 2014 teria dado empate de 4 x 4 (além da Chapa 1 foi inscrita uma pelos edis do PP) devido ao voto em branco que fora manipulado. Com o empate, Miro, que presidia a Chapa 2, seria presidente (segundo o Regimento Interno, em caso de igualdade vence o parlamentar com mais idade).

Após a sessão extraordinária de hoje o presidente Léo Sonda, ao ser solicitado pela reportagem do O Florense, não quis que os vereadores da Mesa Diretora eleita fossem fotografados.

Câmara de Vereadores de NP/Divulgação

Na votação do dia 22 de dezembro, da esquerda para a direita, Cesar Menegat, Nestor Tonello, Léo Sonda e Elói Marin. Hoje os vereadores não quiseram tirar foto ‘posada‘.



Progressistas, que ocupam as cadeiras do lado esquerdo do plenário, não participaram do encontro. - Fabiano Provin
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