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Apiterapia, a picada de abelha que faz bem à saúde

Reconhecida pelo Ministério da Saúde como Terapia Integrativa em 2018, técnica existe há mais de 100 anos

Picada de abelha pode fazer bem. É o que garantem especialistas que utilizam a apiterapia, um tipo de terapia natural que usa como base do tratamento as toxinas liberadas na picada de abelha e tem substâncias analgésicas e anti-inflamatórias.

 A técnica existe há mais de 100 anos, mas só agora foi reconhecida como tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, a apiterapia passa a integrar as 19 terapias alternativas adotadas pelo Ministério da Saúde. Do total, 19 datam de 2006 e, dez, de 2018. Vale lembrar que o Ministério da Saúde aponta evidências científicas que têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares.

Entre os principais benefícios desta terapia, o baixo custo, assertividade e  resultado, além do equilíbrio ecológico e respeito à natureza. De acordo com Lilian Rosana dos Santos Moraes, coordenadora do curso de Terapias Integrativas da Unicesumar, dentro dos tratamentos desta técnica é verificado o fortalecimento e equilíbrio do sistema imunológico. “A apiterapia tem como objetivo estimular o organismo a produzir substâncias de defesa para fortalecer o sistema Imunológico, orientando-o a superar suas próprias barreiras de defesa, por meio de uma estimulação apropriada”.

 Embora muitos ainda desconheçam a terapia das abelhas, a tendência é que a procura aumente, especialmente no tratamento de dores crônicas e inflamações. Vale lembrar que a apiterapia pretende proporcionar ao médico e ao apiterapeuta um número maior de ferramentas, que venham a completar e ampliar o programa terapêutico do paciente. “A base do trabalho da apiterapia vale-se de vários produtos das abelhas, sendo o principal deles o veneno”, afirma a professora.

 Mas como o veneno pode ser benéfico? Basta saber que um dos componentes do veneno, a Melitina, é 200 vezes superior ao mais potente corticoide sintético, e a Apamina inibe a destruição da Mielina, responsável pelas relações entre as células nervosas. E segundo a coordenadora, o maior poder da apiterapia reside na mistura de vários produtos e na exploração sinérgica entre eles. 

A terapia utiliza produtos naturais, uma forma de Medicina Verde das mais antigas na história da humanidade. “Para se ter uma ideia, é mais antiga que qualquer medicamento industrial. Como um medicamento verde, a apiterapia harmoniza a pessoa em primeiro plano, e então, a enfermidade”, completa Lilian Moraes.

 - Shutterstock/Divulgação
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