Apesar da crise, emprego segue estável em Flores da Cunha
Ao contrário das estatísticas nacionais, município mantém mais admissões do que desligamentos no primeiro semestre de 2015, no comparativo com o mesmo período do ano passado
De janeiro a maio deste ano, o país reduziu 278.334 mil vagas de empregos formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalhando e Emprego (MTE). Contrariando as estatísticas nacionais, a empregabilidade segue estável em Flores da Cunha. Em meio à crise econômica que afeta grande parte dos segmentos industriais do país, no município, os primeiros cinco meses do ano apresentaram estabilidade entre o número de empregos gerados e os desligamentos.
De acordo com o Caged, entre janeiro e maio Flores da Cunha gerou 1.977 empregos diretos e registrou a demissão de 1.935 pessoas, ficando com um saldo positivo de 42 postos. Embora a diferença seja mínima, o quadro traz certa tranquilidade para os florenses. “O que percebemos com o empresariado é que eles têm preservado muito o emprego devido à boa qualificação da mão de obra existente. Alguns setores estão mais aquecidos, como o das exportações, e eles acabam absorvendo outras áreas, o que cria um equilíbrio. Mas temos que ficar atentos para os próximos meses, pois a perspectiva é de mais demissões”, aponta o diretor de indústria do Centro Empresarial, Gilberto Boscatto.
O mês mais difícil foi março, quando foram registradas 387 admissões, contra 439 demissões. E o mais promissor foi maio, com uma variação positiva de 46 postos. Por segmentos, a indústria de transformação foi a mais prejudicada com 1.095 admissões contra 1.111 desligamentos. A construção civil foi a que mais manteve os empregos, com 146 admissões e 101 demissões, entre janeiro e maio.
O comércio se manteve com 343 contratações e 336 demissões. “No comércio, por exemplo, o índice é de 50,5% de contratações, contra 49,5% de desligamentos, ficando praticamente empatado. Se compararmos a nível estadual, Flores da Cunha está numa média bem melhor”, diz o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Flores da Cunha, Márcio Rech. Ele acredita que nos próximos meses o comércio deverá ser prejudicado pelas demissões do segmento industrial. “O que notamos é que as lojas, normalmente, são as últimas a serem afetadas, o que pode ocasionar cortes no final do ano e início de 2016. Mas essas demissões não serão tão grandes como muitos estão projetando”, afirma.
Sine
De acordo com a coordenadora do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Flores da Cunha, Suzana Crippa, o número de vagas disponíveis na agência diminuiu 50% nos últimos dois meses. Em maio, o Sine oferecia em média 150 postos; em junho eram 59 vagas. “Não é muito animador, porque houve uma queda acentuada nos últimos dias, mas em Flores o cenário está estável”, pontua a coordenadora.
O município tem 9.846 empregos formais para um total de 2.801 estabelecimentos (veja no quadro abaixo). No mesmo período, em 2014, as admissões eram 2.369 e as demissões, 2.037. Num comparativo entre o 1º semestre de 2014 e o mesmo período de 2015, houve uma redução de 392 vagas formais.
No Estado e na Serra o saldo também é positivo. Em cidades como Bento Gonçalves, Garibaldi, São Marcos e Carlos Barbosa as admissões são superiores aos desligamentos. A única exceção fica para Caxias do Sul, que teve 33.473 contratações e 34.839 demissões. A maior perda é na indústria da transformação com quebra de 2.237 mil empregos. De acordo com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs), que abrange Flores da Cunha, de janeiro a maio o setor teve recuo de quase 28% no faturamento das empresas em relação ao mesmo período de 2014.
Construção civil é a que mais contrata
Diferentemente de outros segmentos, a construção civil é a que mais manteve estabilidade entre o número de contratações e demissões em Flores da Cunha. Conforme o Caged, o setor tem uma variação absoluta, de janeiro a maio, de 45 postos. O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Caxias), que abrange o município, divulgou que nos meses de janeiro e fevereiro houve um saldo de 2,24% nas contratações.
A empresa Marchet – Engenharia, Construção e Incorporação é umas das que tem mantido vagas em aberto para a admissão de um engenheiro civil e de serventes de obra para a construção de prédios – uma média de 10 vagas. De acordo com o proprietário, Lucas Marchet, apesar da crise econômica, a empresa realizou desde o ano passado um planejamento de construção e vendas para que pudesse enfrentar os percalços financeiros de 2015.
A construtora tem oito obras em andamento, o que envolve mais de 100 pessoas. “Não diminuímos as vendas e por isso continuamos estáveis e admitindo pessoas. O que modificou foi que há mais mão de obra disponível para contratação e com isso podemos fazer um processo de seleção mais qualificado”, explica Marchet, que em 10 dias vendeu 19 apartamentos num empreendimento novo em Caxias do Sul. “Melhorou também a qualidade das negociações, porque hoje são clientes que têm os recursos para a compra e evitam empréstimos.”
A Marchet tem construções em Flores da Cunha, Caxias do Sul e Arroio do Sal. Nos últimos dois anos, a empresa teve um crescimento de 100%, pulando de quatro empreendimentos para oito. A perspectiva é expandir os negócios de estruturação de obras para todo o Brasil e também para o Exterior.
De acordo com o Caged, entre janeiro e maio Flores da Cunha gerou 1.977 empregos diretos e registrou a demissão de 1.935 pessoas, ficando com um saldo positivo de 42 postos. Embora a diferença seja mínima, o quadro traz certa tranquilidade para os florenses. “O que percebemos com o empresariado é que eles têm preservado muito o emprego devido à boa qualificação da mão de obra existente. Alguns setores estão mais aquecidos, como o das exportações, e eles acabam absorvendo outras áreas, o que cria um equilíbrio. Mas temos que ficar atentos para os próximos meses, pois a perspectiva é de mais demissões”, aponta o diretor de indústria do Centro Empresarial, Gilberto Boscatto.
O mês mais difícil foi março, quando foram registradas 387 admissões, contra 439 demissões. E o mais promissor foi maio, com uma variação positiva de 46 postos. Por segmentos, a indústria de transformação foi a mais prejudicada com 1.095 admissões contra 1.111 desligamentos. A construção civil foi a que mais manteve os empregos, com 146 admissões e 101 demissões, entre janeiro e maio.
O comércio se manteve com 343 contratações e 336 demissões. “No comércio, por exemplo, o índice é de 50,5% de contratações, contra 49,5% de desligamentos, ficando praticamente empatado. Se compararmos a nível estadual, Flores da Cunha está numa média bem melhor”, diz o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Flores da Cunha, Márcio Rech. Ele acredita que nos próximos meses o comércio deverá ser prejudicado pelas demissões do segmento industrial. “O que notamos é que as lojas, normalmente, são as últimas a serem afetadas, o que pode ocasionar cortes no final do ano e início de 2016. Mas essas demissões não serão tão grandes como muitos estão projetando”, afirma.
Sine
De acordo com a coordenadora do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Flores da Cunha, Suzana Crippa, o número de vagas disponíveis na agência diminuiu 50% nos últimos dois meses. Em maio, o Sine oferecia em média 150 postos; em junho eram 59 vagas. “Não é muito animador, porque houve uma queda acentuada nos últimos dias, mas em Flores o cenário está estável”, pontua a coordenadora.
O município tem 9.846 empregos formais para um total de 2.801 estabelecimentos (veja no quadro abaixo). No mesmo período, em 2014, as admissões eram 2.369 e as demissões, 2.037. Num comparativo entre o 1º semestre de 2014 e o mesmo período de 2015, houve uma redução de 392 vagas formais.
No Estado e na Serra o saldo também é positivo. Em cidades como Bento Gonçalves, Garibaldi, São Marcos e Carlos Barbosa as admissões são superiores aos desligamentos. A única exceção fica para Caxias do Sul, que teve 33.473 contratações e 34.839 demissões. A maior perda é na indústria da transformação com quebra de 2.237 mil empregos. De acordo com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs), que abrange Flores da Cunha, de janeiro a maio o setor teve recuo de quase 28% no faturamento das empresas em relação ao mesmo período de 2014.
Construção civil é a que mais contrata
Diferentemente de outros segmentos, a construção civil é a que mais manteve estabilidade entre o número de contratações e demissões em Flores da Cunha. Conforme o Caged, o setor tem uma variação absoluta, de janeiro a maio, de 45 postos. O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Caxias), que abrange o município, divulgou que nos meses de janeiro e fevereiro houve um saldo de 2,24% nas contratações.
A empresa Marchet – Engenharia, Construção e Incorporação é umas das que tem mantido vagas em aberto para a admissão de um engenheiro civil e de serventes de obra para a construção de prédios – uma média de 10 vagas. De acordo com o proprietário, Lucas Marchet, apesar da crise econômica, a empresa realizou desde o ano passado um planejamento de construção e vendas para que pudesse enfrentar os percalços financeiros de 2015.
A construtora tem oito obras em andamento, o que envolve mais de 100 pessoas. “Não diminuímos as vendas e por isso continuamos estáveis e admitindo pessoas. O que modificou foi que há mais mão de obra disponível para contratação e com isso podemos fazer um processo de seleção mais qualificado”, explica Marchet, que em 10 dias vendeu 19 apartamentos num empreendimento novo em Caxias do Sul. “Melhorou também a qualidade das negociações, porque hoje são clientes que têm os recursos para a compra e evitam empréstimos.”
A Marchet tem construções em Flores da Cunha, Caxias do Sul e Arroio do Sal. Nos últimos dois anos, a empresa teve um crescimento de 100%, pulando de quatro empreendimentos para oito. A perspectiva é expandir os negócios de estruturação de obras para todo o Brasil e também para o Exterior.
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