Apae comemora 40 anos com exposição, palestra e menarosto
Entidade atende atualmente a 90 pessoas portadoras de deficiências física, mental e intelectual de Flores da Cunha e Nova Pádua
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Flores da Cunha completa 40 anos de fundação no dia 30 de agosto. Com serviços de educação, saúde e assistência social, a entidade atende a 90 pessoas de variadas idades, de Flores da Cunha e de Nova Pádua. As comemorações pela passagem da data terá o 3º Entrevero de Gaiteiros, exposição de arte, palestra e menarosto beneficente (veja quadro).
Em quatro décadas, a instituição ocupou três áreas distintas em Flores da Cunha. Primeiramente, começou as atividades no térreo do Seminário dos Freis Capuchinhos. Com o aumento da demanda, em 1977 houve a mudança para um terreno doado pela prefeitura, na Rua Júlio de Castilhos, próximo à Praça do Imigrante, onde hoje fica uma escola de educação infantil. Em seguida, além do atendimento social, psicológico e psicomotor, passou a existir o serviço de fisioterapia, com instituto exclusivo para a modalidade.
Em março de 1987 foi criada a escola que leva o nome do fundador da Associação, Escola de Educação Especial Dr. Henrique Ordovás e, em 1989, foi construído outro prédio e instalada a Oficina de Educação para o Trabalho, com o objetivo de dar condições para os alunos se inserirem no mercado. Em 2005 a Apae instalou-se no endereço em que está hoje, na Rua John Kennedy, no bairro São José, numa área total de 5.500m².
Maria Branchini da Silva é diretora da escola há cinco anos, mas seu envolvimento com a mesma é antigo e vem de família. Com satisfação, ela garante que na ata de fundação da entidade constam o nome de seus pais, João Branchini e Fiorentina Pozzi Branchini. “Isso me emociona muito”, revela. A família se motiva em prol da Aapae porque é ali que um dos membros recebe apoio e atendimento. Conhecido popularmente como Nino, Luizinho Moacir Branchini é portador de síndrome de Down e é irmão de Maria. Com 52 anos ele é o aluno com mais idade atendido pela Associação.
Atualmente a entidade conta com 25 funcionários, entre professores, assistentes sociais, equipe técnica, motoristas e direção, além de 16 voluntários. Os serviços oferecidos podem ser diários, como no caso do ensino, ou em alguns dias da semana. Os usuários contam com fisioterapia, psicopedagogia, pedagia, terapia ocupacional, Oficina de Educação para o Trabalho, fonoaudiologia e psicologia. No dia 28 haverá uma celebração de aniversário na sede da instituição, evento restrito a convidados – no mesmo dia se encerra a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.
As atividades da semana
23/08 – Hoje, sexta-feira
3º Entrevero de Gaiteiros de Flores da Cunha e Jantar Campeiro Beneficente à Apae, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Galpão Serrano, a partir das 19h. Ingressos a R$ 30 pelos telefones 9188.1303 (Cláudio Marcolin), 3279.5059 (Irani Ortigara), 9180.7159 (Agenor Stuani), 9973.9215 (Eugenio Marcolin), 3292.1296 (Rui De Carli) e 3292.1377 (Beto Sandi). O cardápio: feijoada, arroz, salsichão, churrasco, pão, salada verde, vinho e refrigerante).
26/08 – Segunda-feira
Abertura da exposição 40 Anos de Amor, do aluno Jandir Campagnolo, na sede da Apae. Também haverá exposição das oficinas Artesanato de Familiares e Educação para o Trabalho.
27/08 – Terça-feira
Palestra Apae 40 Anos de Amor, com o tema Prevenção de Deficiências, na sede da Apae, e Campanha de Acessibilidade do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) – evento aberto ao público.
28/08 – Quarta-feira
Ato comemorativo aos 40 anos de fundação da Apae, na sede da instituição, à partir das 15h (somente para convidados).
30/08 – Sexta-feira
Menarosto beneficente à Apae, organizado pelo Lions Clube Flores da Cunha, no salão comunitário do distrito de Otávio Rocha – 20h. Ingressos a R$ 40.
Fonte: Apae de Flores da Cunha e Nova Pádua.
Alteração na legislação ameaça escolas especiais
Conhecedora dos cuidados para conviver com pessoas excepcionais, a diretora da Apae de Flores da Cunha e Nova Pádua, Maria Branchini da Silva discorda da alteração no Plano Nacional de Educação (PNE), que poderá obrigar os alunos com deficiência a ingressarem em escolas regulares. Ela acredita que a estrutura do sistema de educação do país não comportaria crianças com necessidades especiais. “Quem está pensando em mudar a lei não tem uma noção do que é uma Apae ou uma pessoa com deficiência”, sustenta. O assunto ganhou força nos últimos dias e divide a opinião de especialistas.
A alteração se refere à Meta 4 do PNE, que tramita como projeto de lei no Congresso Nacional. Se aprovada, esta proposta resultará na diminuição do repasse de verbas dos governos às Apaes, o que seria prejudicial pelo fato de as instituições já terem caráter filantrópico e serem mantidas pelo poder público e por doações.
Ao ano, a Associação florense recebe R$ 220 mil dos cofres municipais, R$ 56,6 mil de Nova Pádua, R$ 36 mil do Estado e R$ 4 mil da União. Maria lembra que, durante os atendimentos, os alunos que podem ser inseridos nas turmas regulares são identificados e encaminhados às escolas, mas em alguns casos a educação especial é a melhor alternativa.
“Alguns têm várias deficiências ao mesmo tempo (física, mental e intelectual). Sabemos que às vezes não tem como atender aos alunos ditos ‘normais’. Como vão cuidar de um deficiente?”, questiona. Manifestações no Rio Grande do Sul e em Brasília desde o início do mês tentam mobilizar senadores e deputados para que a Meta 4 do Plano Nacional de Educação seja vetada do projeto original.
Em quatro décadas, a instituição ocupou três áreas distintas em Flores da Cunha. Primeiramente, começou as atividades no térreo do Seminário dos Freis Capuchinhos. Com o aumento da demanda, em 1977 houve a mudança para um terreno doado pela prefeitura, na Rua Júlio de Castilhos, próximo à Praça do Imigrante, onde hoje fica uma escola de educação infantil. Em seguida, além do atendimento social, psicológico e psicomotor, passou a existir o serviço de fisioterapia, com instituto exclusivo para a modalidade.
Em março de 1987 foi criada a escola que leva o nome do fundador da Associação, Escola de Educação Especial Dr. Henrique Ordovás e, em 1989, foi construído outro prédio e instalada a Oficina de Educação para o Trabalho, com o objetivo de dar condições para os alunos se inserirem no mercado. Em 2005 a Apae instalou-se no endereço em que está hoje, na Rua John Kennedy, no bairro São José, numa área total de 5.500m².
Maria Branchini da Silva é diretora da escola há cinco anos, mas seu envolvimento com a mesma é antigo e vem de família. Com satisfação, ela garante que na ata de fundação da entidade constam o nome de seus pais, João Branchini e Fiorentina Pozzi Branchini. “Isso me emociona muito”, revela. A família se motiva em prol da Aapae porque é ali que um dos membros recebe apoio e atendimento. Conhecido popularmente como Nino, Luizinho Moacir Branchini é portador de síndrome de Down e é irmão de Maria. Com 52 anos ele é o aluno com mais idade atendido pela Associação.
Atualmente a entidade conta com 25 funcionários, entre professores, assistentes sociais, equipe técnica, motoristas e direção, além de 16 voluntários. Os serviços oferecidos podem ser diários, como no caso do ensino, ou em alguns dias da semana. Os usuários contam com fisioterapia, psicopedagogia, pedagia, terapia ocupacional, Oficina de Educação para o Trabalho, fonoaudiologia e psicologia. No dia 28 haverá uma celebração de aniversário na sede da instituição, evento restrito a convidados – no mesmo dia se encerra a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.
As atividades da semana
23/08 – Hoje, sexta-feira
3º Entrevero de Gaiteiros de Flores da Cunha e Jantar Campeiro Beneficente à Apae, no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Galpão Serrano, a partir das 19h. Ingressos a R$ 30 pelos telefones 9188.1303 (Cláudio Marcolin), 3279.5059 (Irani Ortigara), 9180.7159 (Agenor Stuani), 9973.9215 (Eugenio Marcolin), 3292.1296 (Rui De Carli) e 3292.1377 (Beto Sandi). O cardápio: feijoada, arroz, salsichão, churrasco, pão, salada verde, vinho e refrigerante).
26/08 – Segunda-feira
Abertura da exposição 40 Anos de Amor, do aluno Jandir Campagnolo, na sede da Apae. Também haverá exposição das oficinas Artesanato de Familiares e Educação para o Trabalho.
27/08 – Terça-feira
Palestra Apae 40 Anos de Amor, com o tema Prevenção de Deficiências, na sede da Apae, e Campanha de Acessibilidade do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) – evento aberto ao público.
28/08 – Quarta-feira
Ato comemorativo aos 40 anos de fundação da Apae, na sede da instituição, à partir das 15h (somente para convidados).
30/08 – Sexta-feira
Menarosto beneficente à Apae, organizado pelo Lions Clube Flores da Cunha, no salão comunitário do distrito de Otávio Rocha – 20h. Ingressos a R$ 40.
Fonte: Apae de Flores da Cunha e Nova Pádua.
Alteração na legislação ameaça escolas especiais
Conhecedora dos cuidados para conviver com pessoas excepcionais, a diretora da Apae de Flores da Cunha e Nova Pádua, Maria Branchini da Silva discorda da alteração no Plano Nacional de Educação (PNE), que poderá obrigar os alunos com deficiência a ingressarem em escolas regulares. Ela acredita que a estrutura do sistema de educação do país não comportaria crianças com necessidades especiais. “Quem está pensando em mudar a lei não tem uma noção do que é uma Apae ou uma pessoa com deficiência”, sustenta. O assunto ganhou força nos últimos dias e divide a opinião de especialistas.
A alteração se refere à Meta 4 do PNE, que tramita como projeto de lei no Congresso Nacional. Se aprovada, esta proposta resultará na diminuição do repasse de verbas dos governos às Apaes, o que seria prejudicial pelo fato de as instituições já terem caráter filantrópico e serem mantidas pelo poder público e por doações.
Ao ano, a Associação florense recebe R$ 220 mil dos cofres municipais, R$ 56,6 mil de Nova Pádua, R$ 36 mil do Estado e R$ 4 mil da União. Maria lembra que, durante os atendimentos, os alunos que podem ser inseridos nas turmas regulares são identificados e encaminhados às escolas, mas em alguns casos a educação especial é a melhor alternativa.
“Alguns têm várias deficiências ao mesmo tempo (física, mental e intelectual). Sabemos que às vezes não tem como atender aos alunos ditos ‘normais’. Como vão cuidar de um deficiente?”, questiona. Manifestações no Rio Grande do Sul e em Brasília desde o início do mês tentam mobilizar senadores e deputados para que a Meta 4 do Plano Nacional de Educação seja vetada do projeto original.
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