Ano Novo, vida nova
Na primeira semana de 2011, conheça a história de Igor Toigo, um jovem florense que sofreu com a leucemia, se curou e, no final de dezembro, se formou em medicina e agora deseja trabalhar com oncologia
História de vida ou morte. História de sentimentos. História de sonhos. História de fé. Vitória da vida. O florense Igor Barrueco Toigo sabe bem o que é isso. Aos 30 anos, e recém formado médico, ele tem muitos planos para o futuro. Um deles é a especialização em Oncologia clínica. Plano esse que surgiu durante um momento difícil de sua vida.
O filho de Evaristo e Eneida Toigo descobriu num momento de alegria os empecilhos que a vida pode oferecer. Aos 23 anos, quando recém tinha sido aprovado no vestibular de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), descobriu que estava com leucemia aguda. Começava aí uma caminhada pela vida e o início da jornada do sonho de ser oncologista. Com 40 dias nos bancos escolares de Medicina, Igor começou a se sentir mal. Estava cansado, fraco, pálido e com dores na bacia. A príncipio, a família achou que fosse estresse devido a rotina de estudos para os concursos de vestibulares. Igor fez uma série de exames e no teste de hemograma foi detectado o câncer. Em apenas 24 horas, o estudante iniciou o tratamento de quimioterapia. "Fiquei muito tranquilo e mantive a calma. Até aquele momento não sabia da gravidade da doença, fui me dar conta disso durante a faculdade. Na época, a minha preocupação maior era de que eu teria que parar de estudar", conta. A família também encarou de forma positiva a situação. "Estávamos preocupados e com medo, mas tínhamos que manter a tranquilidade para dar força a ele. Sempre com a esperança de melhora", diz a mãe Eneida.
O ano de 2003 foi todo dedicado a quimioterapia. O jovem passou praticamente o período inteiro no hospital em Porto Alegre. Foram feitas muitas transfusões de sangue. "A comunidade de Flores ajudou muito. O Posto de Saúde disponibilizava um veículo e muitos moradores foram doar sangue. Só temos a agradecer por essa colaboração", recorda a mãe. As constantes quimioterapias baixavam a imunidade de Igor e qualquer infecção podia ser fatal. "Eu tinha consciência que corria risco de morte o tempo todo. Até porque a imunidade baixa era mais mortal do que a própria leucemia", afirma.
Em 2004, Igor entrou no leito de espera para um transplante. Os familiares fizeram os exames, mas ninguém foi compatível. O médico começou então a fazer as quimioterapias para a realização de um autotransplante (ou transplante autólogo). Nesse caso, a medula é colhida do próprio doente, tratada e depois recolocada. No dia 20 de abril de 2004 Igor realizou o transplante, que se assemelha a uma transfusão em que o produto transferido é medula óssea e não sangue. Após, o jovem entrou num período de recuperação. "Estava bem, mas estava mal ao mesmo tempo", diz.
Recuperado, em 2005, ele voltou para o curso de Medicina. Dessa vez para concretizar o sonho. Sonho esse que foi realizado em 11 de dezembro de 2010 e que será complementado com a especialização em Oncologia. A opção por essa área surgiu durante o período que estava no hospital. "Fiquei muito tempo internado e comecei a me interessar pela área e como a doença criava um vínculo com o paciente", conta ele, que complementa que a especialização também está ligada a Genética, que seria a área escolhida por ele antes da leucemia. Atualmente, Igor está trabalhando no Hospital Nossa Senhora de Fátima e entra 2011 com mais uma etapa vencida. Em abril ele comemorá o sétimo ano da realização do transplante e sem reincidência. "Estamos muito felizes porque torcemos muito e agora já temos um médico na família", comemora a mãe Eneida.
Na formatura, junto com a irmã Nicole e os pais Evaristo e Eneida.(Foto/Airton Nery)
O filho de Evaristo e Eneida Toigo descobriu num momento de alegria os empecilhos que a vida pode oferecer. Aos 23 anos, quando recém tinha sido aprovado no vestibular de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), descobriu que estava com leucemia aguda. Começava aí uma caminhada pela vida e o início da jornada do sonho de ser oncologista. Com 40 dias nos bancos escolares de Medicina, Igor começou a se sentir mal. Estava cansado, fraco, pálido e com dores na bacia. A príncipio, a família achou que fosse estresse devido a rotina de estudos para os concursos de vestibulares. Igor fez uma série de exames e no teste de hemograma foi detectado o câncer. Em apenas 24 horas, o estudante iniciou o tratamento de quimioterapia. "Fiquei muito tranquilo e mantive a calma. Até aquele momento não sabia da gravidade da doença, fui me dar conta disso durante a faculdade. Na época, a minha preocupação maior era de que eu teria que parar de estudar", conta. A família também encarou de forma positiva a situação. "Estávamos preocupados e com medo, mas tínhamos que manter a tranquilidade para dar força a ele. Sempre com a esperança de melhora", diz a mãe Eneida.
O ano de 2003 foi todo dedicado a quimioterapia. O jovem passou praticamente o período inteiro no hospital em Porto Alegre. Foram feitas muitas transfusões de sangue. "A comunidade de Flores ajudou muito. O Posto de Saúde disponibilizava um veículo e muitos moradores foram doar sangue. Só temos a agradecer por essa colaboração", recorda a mãe. As constantes quimioterapias baixavam a imunidade de Igor e qualquer infecção podia ser fatal. "Eu tinha consciência que corria risco de morte o tempo todo. Até porque a imunidade baixa era mais mortal do que a própria leucemia", afirma.
Em 2004, Igor entrou no leito de espera para um transplante. Os familiares fizeram os exames, mas ninguém foi compatível. O médico começou então a fazer as quimioterapias para a realização de um autotransplante (ou transplante autólogo). Nesse caso, a medula é colhida do próprio doente, tratada e depois recolocada. No dia 20 de abril de 2004 Igor realizou o transplante, que se assemelha a uma transfusão em que o produto transferido é medula óssea e não sangue. Após, o jovem entrou num período de recuperação. "Estava bem, mas estava mal ao mesmo tempo", diz.
Recuperado, em 2005, ele voltou para o curso de Medicina. Dessa vez para concretizar o sonho. Sonho esse que foi realizado em 11 de dezembro de 2010 e que será complementado com a especialização em Oncologia. A opção por essa área surgiu durante o período que estava no hospital. "Fiquei muito tempo internado e comecei a me interessar pela área e como a doença criava um vínculo com o paciente", conta ele, que complementa que a especialização também está ligada a Genética, que seria a área escolhida por ele antes da leucemia. Atualmente, Igor está trabalhando no Hospital Nossa Senhora de Fátima e entra 2011 com mais uma etapa vencida. Em abril ele comemorá o sétimo ano da realização do transplante e sem reincidência. "Estamos muito felizes porque torcemos muito e agora já temos um médico na família", comemora a mãe Eneida.
Na formatura, junto com a irmã Nicole e os pais Evaristo e Eneida.(Foto/Airton Nery)
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